De fato, o mundo só melhora com a mudança de nós mesmos. Precisamos mudar os critérios de relacionamento com Deus, conosco mesmos, com os outros e com as coisas. Descendo a escada nós podemos novamente galgá-la. Deus, o homem, os outros e as coisas. As coisas, os outros, o homem e Deus.
Como respeitar a criatura se não respeitamos o Criador? Como respeitar o Criador se não respeitamos a criatura? O homem só será capaz de respeitar as criaturas na medida em que tiver respeito pela vida. Em todos os sentidos e em todos os níveis: vida humana, vida animal, vida mineral, vida vegetal. Caso contrário, será levado a desprezar-se a si mesmo e aquilo que o circunda, a não ter respeito ao ambiente em que vive, respeito pela criação.
Por isso, a primeira ecologia a ser defendida é a “ecologia humana” (cf. Bento XVI, Encíclica Caritas in Veritate, 51). Respeito à vida humana, desde a sua concepção até o seu fim natural. Senão, a defesa da vida em outros níveis será artificial, momentânea, somente enquanto convém. É preciso considerar e observar a hierarquia de valores. Ter, poder e prazer não são fins. Por isso mesmo a Igreja nos propõe os Conselhos Evangélicos: para o ter, a pobreza; para o poder, o serviço; para o prazer, a castidade.
Ser pobre não é não ter; ser pobre é ter e viver como se não tivesse, mesmo porque é possível “ser sem ter”; ser obediente não é ser subserviente, é saber que o nosso poder tem limites; ser casto não é “abrir mão” da sexualidade e, sim, colocá-la como meio e não como fim.
O mundo só melhora se melhorarmos a nós mesmos. Não há pecado social sem o pecado pessoal. Não há conversão social sem conversão pessoal. Sem conversão pessoal não há reforma na sociedade e, muito menos, na Igreja. É o que nos propõe o espírito da Quaresma, como um longo retiro, tempo de mudança e de conversão. Escutar a voz de Deus que nos convida: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc. 1,15).
A terra é a morada dos filhos de Deus. No entanto, o nosso planeta está tão maltratado por aqueles que deveriam ser os seus defensores: os homens. Depredamos o jardim e fizemos dele um deserto, árido, superaquecido, com mudanças climáticas incontroláveis. Mas ainda é tempo de recuperar alguma coisa, de consertar os estragos feitos pela mão humana.
E, novamente o Papa nos exorta e nos lembra que “cuidar do meio ambiente é um imperativo que nasce da consciência de que Deus confia a sua criação ao homem, não para que este exerça sobre ela um domínio arbitrário, mas que a conserve e cuide como um filho cuida da herança de seu pai”.

As 48 Leis do Poder 
O livro As 48 Leis do Poder, escrito por Robert Greene, possui 452 páginas e foi publicado nos EUA pela Editora Viking Penguim em 1998. Para cada uma das 48 Leis de Poder, contidas no livro, é atribuído um capítulo. O livro contém idéias valiosas e informações que podem ser úteis para aqueles que almejam o poder com a finalidade de não caírem vítimas da absoluta demonstração e exercício de autoridade.O autor, neste livro, cuidadosamente detalha os acontecimentos, as teorias e práticas do poder, cobrindo cerca de 300 anos de história, distribuindo explicadamente pelas 48 leis. Este trabalho de pesquisa objetivamente descreve as leis em sua pura essência. Greene também procura sintetizar as filosofias de Maquiavel, Sun-Tzu, Carl von Clausewitz e outros grandes pensadores. O livro enfoca e conscientiza sobre a natureza do poder e como ele é exercido pelas pessoas que detém o poder. Ele argumenta que algumas leis requerem prudência, algumas furtividades e outras total ausência de misericórdia. Todas essencialmente têm implicações em situações da vida real.Ele ilustra isto mais adiante, usando exemplos da Rainha Elizabeth I, Henry Kissinger, P.T. Barnum e outras figuras famosas que usaram o poder no passado ou que foram vítimas do jogo do poder. Sua descrição do poder é compreensível e bem elaborada. Ele considera que o poder é amoral e uma das mais importantes habilidades para, segundo ele, obter poder é a habilidade de ver as circunstâncias em vez de apenas ver lado bom e o lado ruim. Ele vê o poder como um jogo no qual vc não pode julgar seu inimigo pelas suas intenções e sim pelas conseqüências de suas ações. Segundo ele, você deve analisar a estratégia e poder de seu inimigo pelo o que você vê e sente. As leis são extraídas de escritos de homens e mulheres que estudaram e dominaram a arte do poder. Estes escritos, nas palavras do autor, "se estendem a um período de mais de 300 anos atrás e foram feitos por civilizações tão diferentes como a antiga China e a Itália da Renascença, não obstante, elas compartilham histórias e temas semelhantes". É um produto de sabedoria acumulada destilada dos escritos dos mais ilustres estrategistas tais como Sun-Tzu, Bismarck, Castiglione, etc. As 48 Leis do Poder, após serem lidas, podem não ter efeito direto na sua vida, mas certamente terão alguma aplicação. Podem servir de orientação para aqueles que tenham interesse em avaliar a extensão do poder que possuem e sua maestria no jogo do poder. Francamente, uma leitura completa do livro irá inspirar uma reflexão e reavaliação do passado, presente e possivelmente levar a projetar um futuro mais atraente para as pessoas que buscam o poder. O livro, na realidade, não estabelece um limite para o poder absoluto e poderia expor alguém a um algo ato de maldade.As estratégias, para a obtenção do poder que foram salientadas no livro, são passíveis de serem executadas. Portanto, o livro é recomendado para políticos e estudantes de estratégia. 
Fonte: Ciências Humanas

Tarô egípcio - Ciência ou mito? 
No Egito antigo, existiam algumas formas de oráculo, mas nenhuma conhecida que usasse modelos, cartas, lâminas ou qualquer coisas do gênero semelhante ao tarô. Mas então como surgiu a idéia de um jogo de tarô egípcio?
Bem, ao que parece, Court de Gebelin, no seu livro Monde Primitif, editado em 1781, tornou-se o primeiro a registrar uma relação entre o tarô e o Egito antigo.
Na obra, o autor citou um suposto Livro de Thot, que possuía 77 ou 78 folhas (ou imagens) que de certa forma estavam ligadas aos segredos desse tipo de oráculo. Entretanto, nada disso é comprovado cientificamente, mantendo-se assim na esfera da tradição mística.
Logo, tal idéia se espalhou pela Europa e nos séculos 19 e 20 diversos tipos de tarôs egípcios foram produzidos. Isso demonstra, em um certo sentido, a fascinação que o misterioso Egito exercia (e ainda exerce) nas diversas sociedades ao longo do tempo.
Para a egiptologia, isso é conhecido como egiptomania e pode ser traduzido como o reúso de elementos da civilização egípcia em um novo contexto. Com o advento da egiptologia como ciência no século 19, os tarôs passaram a ter uma maior sofisticação nos seus elementos egípcios, provavelmente em função das novas descobertas e publicações científicas. Afinal de contas, nessa época já era possível compreender os hieróglifos e parte da religião egípcia.
Os oráculos, no período dos faraós e ptolomeus, possuíam uma relação com os deuses, que lhes respondiam auxiliados pelos sacerdotes. Tomando por base a pesquisa de uma colega brasileira, oráculos mais populares escreviam a resposta positiva e negativa separadamente em pedaços de papiro. Elas deveriam ser lançadas em um determinado local sobre as paredes do templo. O sacerdote do outro lado devolvia uma delas (teoricamente ao acaso) e esta então se tornava a ?resposta do deus? para aquela situação.
O uso de oráculos parece ser uma saída (e prevenção também) para os dilemas da vida a que os grupos humanos são submetidos. Elas estão presentes em diversas culturas, tanto do passado, cujo exemplo aqui é o Egito dos faraós, quanto do presente. Nisto podemos ver um ponto de contato das várias formas de predição.  
Fonte: Ciências Humanas

O que é o impeachment? 
Processo legal que permite a remoção de pessoas indesejáveis do exercício de uma função pública. Originário da Inglaterra medieval, foi reevocado no século 17 naquele país. Em geral, cabe ao poder legislativo decidir sobre o impedimento de uma autoridade, definido por votação da maioria. É de consenso que deve serve ser empregado como recurso extremo. Os presidentes Nixon e Collor, envolvidos em acusações de corrupção, renunciaram pouco antes da confirmação de seus respectivos processos. 
Fonte: Ciências Humanas 

O coração do negócio

A Veja chegou ao coração do business de consultoria do então deputado Antônio Palocci com uma reportagem (“Sem contrato”, edição 2.221, 15/6) onde se substanciam informações difusas propagadas desde a publicação das reportagens da Folha de S. Paulo que levaram à demissão do primeiro ministro da Casa Civil da presidente Dilma Rousseff.
Segundo o repórter Rodrigo Rangel, documentos mostram que Palocci ajudou a Camargo Corrêa a vender ao fundo de pensão Petros, dos funcionários da Petrobrás, por R$ 3 bilhões, ações da holding do Banco Itaú que estavam em poder da construtora. Palocci e a Camargo Corrêa negaram à revista que ele tenha colaborado na concretização do negócio.
A revista insiste. Em resumo, Palocci teria prometido ajudar a construtora em troca de doação para a campanha de Dilma que teria ocorrido “após julho de 2010”. Rangel entrevistou um executivo não identificado “envolvido na operação”. Usa uma frase entre aspas desse personagem desconhecido (técnica no mínimo discutível, que se generalizou): “O fechamento do negócio dependia do resultado da eleição”.
Conclusão da reportagem:
“A compra das ações foi aprovada por unanimidade pelos conselheiros do fundo em 5 de outubro, dias depois da votação em primeiro turno, e concretizada em 30 de dezembro, a dois dias da posse de Dilma”.
Silêncio intrigante
E o que aconteceu depois da publicação da matéria? Nada. Nenhuma repercussão. Como se a novela Palocci já tivesse chegado ao último capítulo, o que não faz o menor sentido, na chamada ordem das coisas. Porque, como notaram tantos, o então ministro (não) deu as explicações que quis, da maneira que escolheu (ver, abaixo, “Além do bem e do mal”).
Há duas interpretações principais desse silêncio que tanto interessa aos donos do poder. São convergentes. Primeira, Palocci é (ou foi; a conferir) uma figura muito querida também na oposição, nos meios empresariais e entre os dirigentes dos principais meios de comunicação, que teriam acolhido apelos tanto do governo como de empresas para não fazer escarcéu (ver “O protegido dos deuses”). Segunda, ninguém tem interesse em avançar num caminho que se imagina saber onde começa mas não se pode ter ideia de onde termina: escrutinar as doações feitas às campanhas eleitorais de 2010.
Uma terceira possibilidade é que os outros grandes jornais, revistas e portais tenham considerado inconfiáveis as fontes da reportagem da Veja e o tratamento dado à matéria. É pouco plausível. De todo modo, até agora não houve manifestação nem de Palocci, nem da Camargo Corrêa a respeito do texto publicado.
O abraço do atraso
A pior consequência da queda de Palocci (sim, é possível que sem ele seja pior do que com ele; foi o que sinalizaram Lula e Dilma, sem em nenhum momento dizê-lo) é o recuo do governo diante de velhos e poderosos interesses que a nebulosa PMDB encarna. Visto de maneira mais pedestre: se dou mais espaço aos aliados, perco poder.
O preço da comovente defesa de Palocci feita por aliados do governo (e negligenciada por amplos setores do PT) se traduz, por exemplo, no recuo da presidente em face da tramitação da Lei Geral de Acesso às Informações Públicas (manchete do Estadão de 13/6, chamada na capa da Folha de 14/6). Noticia-se que Dilma aceitará a manutenção do sigilo eterno (renovável a cada 25 anos) para documentos classificados como ultrassecretos.
Quem interrompeu o trânsito da lei foram os senadores Fernando Collor e José Sarney. O prazo para abertura dos documentos produzidos durante a passagem deles pela presidência da República já se esgotou ou está próximo do fim.
É uma pauta jornalística no mínimo interessante tentar saber o que está documentado e eles querem esconder do público.
Atrás dos punhos de renda
Outra resistência conhecida à lei partiu do Ministério das Relações Exteriores, que estaria preocupado com a abertura de documentos nos quais se evidencia a participação da instituição na Operação Condor, de repressão, tortura e assassinato de opositores das ditaduras de Argentina, Uruguai, Brasil, Chile e Bolívia, na década de 70.
Outra hipótese para a preferência do Itamaraty pelo sigilo é prosaica: desvios de recursos cometidos por embaixadores e outros funcionários foram objeto de inquéritos administrativos que, ipso facto, estão documentados, mas não vieram a público. Sua exposição à luz, mais do que manchar a memória de antigos itamaratianos, afetaria a imagem da Casa de Rio Branco.
Fonte: Observatório da Imprensa


Polícia Civil fecha oficina de costura irregular no Pari


Uma denúncia levou policiais civis da 3ª Delegacia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente (DIIMA) a encontrarem, às 13h de sexta-feira (17), uma oficina de costura que funcionava de maneira irregular no bairro do Pari, região central da Capital.
Um dos funcionários do local compareceu à delegacia, onde falou que trabalhou, juntamente com sua mulher, sem ter o devido registro em carteira, pois o proprietário alegava que não havia necessidade. Também contou que ganhava por produção, sem receber os valores devidos, acarretando um prejuízo de aproximadamente R$ 10 mil.
Os policiais civis foram até a oficina, onde confirmaram a denúncia e verificaram as más condições de segurança de trabalho e higiene oferecidas aos trabalhadores.
Além do proprietário, estavam no local cinco funcionários, sendo três homens e duas mulheres. Todos, incluindo o proprietário, são bolivianos. O responsável responderá pela acusação em liberdade.
Fonte: Secretária da Segurança Pública de São Paulo

PM suspeito de furtos em caixas eletrônicos é preso em Osasco


A Polícia Civil e a Corregedoria da Polícia Militar prenderam o soldado Celso Ricardo Correia, de 39 anos, na manhã desta segunda-feira (20). Ele é investigado por integrantes da 5ª Patrimônio (Delegacia de Repressão a Roubo a Bancos) do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado).
Correia é apontado como um dos homens responsáveis por arrombamentos e explosões de caixas eletrônicos em diversas cidades da Grande São Paulo. O policial, que trabalhava na 2ª Companhia do 14º Batalhão, foi preso em Osasco. As equipes cumpriram mandado de prisão expedido pela Justiça.

Fonte: Secretária de Segurança Pública de São Paulo

22/06/2011

Hoje farei a abordagem de um dos temas mais tristes, as quais as pessoas que sobreviveram, trazem tristes lembranças em suas memórias.
Imagens que jamais serão esquecidas.
Uma maneira de tentar conscientizar as pessoas a evitarem tantas guerras.
A Guerra, deixo aqui alguns textos, para aqueles que pensam em fazer guerra de alguma forma, pensem antes.

A americana Laura Forman, 29 anos, trabalhou numa organização da Bósnia que prestava serviços médicos a mulheres em clínicas ambulantes nos Bálcãs (ex-Iugoslávia). Após a experiência, que aconteceu em 1996, ela terminou a faculdade de letras e foi estudar medicina

"Eu já tinha passado períodos de férias em campos de refugiados na Bósnia, Croácia, Sérvia e Kosovo, antes dessa minha experiência em 1996. Vi que muitos dos impactos da guerra sobre as mulheres também são sentidos por crianças, homens e idosos. Mas os efeitos são sentidos de forma diferente pelas mulheres que conheci. Pouco instruídas, não sabiam de muitos de seus direitos, achavam que combatentes deviam ter prioridade na assistência médica e humanitária. Assim, usavam os recursos que tinham para proteger seus filhos. O remédio ou a comida que conseguiam iam para as crianças. Nos Bálcãs, a violência sexual era promovida de forma sistemática e planejada. Conheci mulheres que sofreram essa situação. Uma delas já tinha uma filha de 3 anos, cujo pai morreu por causa da guerra, quando um soldado inimigo a engravidou. Ao nascer o bebê, ela o afogou num rio. Ouvi histórias como essa todos os dias, e até hoje não sei como viver com elas."

Jane Mocellin, 52 anos, consultora da ONU para situações de emergência, participou de missões para ajudar sobreviventes em vários países

"Estive na Somália em 1992 e 1993, em regiões onde havia conflitos. Ouvi relatos de mulheres que, depois de estupradas, acabaram trocando sexo por proteção. Era a arma delas para que o agressor não as matasse ou levasse o pouco que tinham. Conheci uma viúva que me contou ter sido estuprada várias vezes e dizia aos soldados: 'Se quiserem sexo, eu dou, mas não me matem'. É um mecanismo de adaptação, porque não há o que fazer. Essa mulher me impressionou muito. Na Tchechênia, que é islâmica, mas moderada, conheci mulheres alfabetizadas, de um nível socioeconômico superior ao das africanas. Muitas eram de Grozni, capital, mas tinham perdido tudo e estavam em campos de refugiados das Nações Unidas. Lá conheci uma moça de 22 anos, que se abraçava em mim e chorava muito. Ela teve de dar o filho, porque o marido foi morto antes de o filho nascer. Não tinha chance nenhuma de casar, se ficasse com a criança. A cultura de lá não permite que uma mulher case novamente, mesmo viúva, se tiver um filho. E, se não casa, é escorraçada da sociedade. A única esperança dessa moça era que outro rapaz se interessasse por ela."

Os combustíveis

As causas das guerras têm sido atribuídas em grande parte à fé e aos conflitos étnicos. Mas nem religião nem identidade étnica têm capacidade de levantar recursos. De onde vem, então, o dinheiro para a manutenção dos conflitos? Tudo indica que venha de recursos naturais e drogas. Segundo o Banco Mundial, dos 30 conflitos em curso, um quarto é travado por causa deles ou financiados pelos mesmos. Nos anos 90, as guerras motivadas por recursos naturais deixaram um saldo de 5 milhões de mortos e outros milhares de refugiados. Entenda por que e como essas guerras acontecem.

DIAMANTES: o valor dessas pedras fala alto em tempos de guerra. Em Angola, estima-se que a extração de diamantes, de 1992 a 2001, tenha gerado receita de US$ 4 bilhões. Grande parte desse comércio acontece de forma ilegal. Também foi desse comércio que viveu a guerra civil de Serra Leoa -os diamantes forneciam entre US$ 25 milhões e US$ 125 milhões ao conflito.

PETRÓLEO: analistas afirmam que seja uma das motivações do desejo dos EUA de atacar o Iraque. Em 1973, os EUA importavam 36% do petróleo que consumiam. Hoje, importam 60%. Os principais fornecedores estão no Golfo Pérsico, e grande parte da matéria-prima está no solo de Arábia Saudita, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Kuait. Antigo aliado dos EUA, o Iraque passou a ser uma pedra no sapato do governo americano após 1990, quando traiu os interesses de Washington ao invadir o Kuait. Nos outros três países, conflitos de interesses político e religiosos colocam o fornecimento do petróleo em risco. O combustível também é o estopim da guerra do Sudão -alimenta com US$ 400 milhões por ano o país. Descoberto numa parte do Sudão, que há décadas é palco de lutas separatistas, o petróleo reacendeu um conflito que parecia superado.

COCA E ÓPIO: as drogas são moeda forte em países como a Colômbia e o Afeganistão. No primeiro, as plantações de coca são controladas pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e rendem cerca de US$ 140 milhões por ano aos guerrilheiros. Ópio e pedras preciosas também patrocinaram conflitos no Afeganistão. Antes da ocupação americana e européia, o grupo extremista islâmico Taleban e seu adversário, Aliança do Norte, lucravam cerca de US$ 100 milhões com o comércio da droga, do lápis-lazúli e de esmeraldas.

ÁGUA: além das disputas por território, a luta pelo controle da água é uma das causas da crise envolvendo israelenses e palestinos. Israel controla o aqueduto que deveria servir aos dois lados. É esse aqueduto que fornece metade da água potável consumida pelos israelenses. Para fazendeiros palestinos, a situação é trágica: os que necessitam de água para irrigar suas terras ficam na dependência da boa vontade de Israel, já que perfurar poços é proibido.Residentes árabes nos territórios ocupados só recebem água duas vezes por semana. Recentemente Israel ameaçou agir contra o Líbano, caso o país concretize planos de bloquear o fluxo do rio Jordão. A importância da água naquela parte do mundo se faz presente também no Egito, que ameaçou bombardear a Etiópia e o Sudão, se fosse construída uma barragem no rio Nilo.

MINERAIS: o coltano é um mineral usado na fabricação de bilhões de aparelhos celulares, computadores e pagers. Foi também uma das principais fontes de financiamento da guerra civil da República Democrática do Congo, África. O país detém 80% das reservas mundiais do mineral, que, além de financiar conflitos sangrentos, é extraído por meio da exploração de crianças. Os US$ 250 milhões gerados pelo coltano acabaram envolvendo na disputa também países vizinhos, como Ruanda e Uganda.
Fonte: Portal das Curiosidades