quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Fui para Minas Gerais, um lindo pedacinho do Brasil, essa maravilha de País, e lá, me fartei so de tanto comer doces e salgados.
Uma das cozinhas mais ricas da Terra, é a Mineira, vamos provar?

Arroz doce mineiro


Arroz doce Mineiro

Ingredientes
2 litros de leite 2 copos (americano) de arroz cru 1 copo (requeijão) de açúcar 1 lata de leite condensado 1 lata de creme de leite canela em pó

Modo de Preparo
Ferver todo o leite em uma panela grande. Quando levantar fervura, desligue o fogo e coloque o arroz, já lavado e seco, mexa bem para poder dissolver todo o arroz, tampe e deixe descansar por uma hora. Vá mexendo de vez em quando para que o arroz não empelote.
Em outra panela, faça uma calda com o açúcar, sem deixar queimar, para não amargar o doce. Ligue novamente o fogo da panela de arroz e acrescente a calda, não pare de mexer, acrescente também o leite condensado e mexa sempre, para não grudar no fundo, deixe ficar com uma conscistencia grossa, cremosa, então despeje o creme de leite mexa bem e desligue. Servir, quente ou gelado.

Fonte:bbel.uol.com.br


Creme de arroz doce




Creme de arroz doce: delícia do tempo da vovó Foto: Ormuzd Alves Preparo: Zás-trás (até 15 minutos) Rendimento: 8 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Doce caseiro Calorias: 337 por porção

Ingredientes

· 1 xícara (chá) de arroz lavado e escorrido · 3 xícaras (chá) de água · 1/2 litro de leite · 1 xícara (chá) de açúcar · 2 gemas batidas · 1 lata de leite condensado · Cravo-da-índia e canela em pau a gosto · Raspas de casca de 1 limão

Modo de preparo
Na panela de pressão, misture o arroz, a água, o leite, o açúcar e as gemas. Feche a panela, leve ao fogo alto e quando começar a pressão, abaixe o fogo para brando e cozinhe por 8 minutos. Retire a pressão e abra a panela. Misture o leite condensado, o cravo e a canela. Sem a pressão, cozinhe por mais 5 minutos. Polvilhe as raspas de limão. Sirva quente ou gelado. Dica: Assim que começar a pressão, diminua a chama para o mínimo. Conteúdo do site ANAMARIA


Torta de arroz-doce



Torta de arroz-doce: uma deliciosa surpresa para seus convidados Foto: Ormuzd Alves Preparo: Médio (de 30 a 45 minutos) Rendimento: 8 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Torta doce Calorias: 290 por porção

Ingredientes
· 2 xícaras (chá) de água · 1 xícara (chá) de arroz · 1 pau de canela · 2 cravos · 1/2 xícara (chá) de leite · 1/2 xícara (chá) de leite condensado · 1/2 xícara (chá) de creme de leite sem soro Massa · 350 g de paçoquinha · 2 colheres (sopa) de leite Para salpicar · 1 colher (sopa) de raspas de casca de limão

Modo de preparo
Em uma panela, ponha a água e cozinhe o arroz com a canela e o cravo. Quando estiver quase seco, retire as especiarias. Acrescente o leite, o leite condensado e cozinhe por mais cinco minutos no fogo baixo, mexendo às vezes para não grudar no fundo da panela. Desligue o fogo, misture o creme de leite e deixe esfriar. Massa Em um recipiente, esfarele a paçoquinha, junte o leite e misture bem até formar uma farofa úmida.

Montagem
Forre o fundo e as laterais de uma forma de fundo removível com 22 cm de diâmetro, pressionando bem. Espalhe o arroz-doce, salpique as raspas de casca de limão e leve à geladeira até ficar firme. Dica: Substitua as raspas de casca de limão por raspas de laranja.

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_Doce de abóbora


Doce de abóbora: saboreie com queijo branco...fica uma delícia Preparo: Médio (de 30 a 45 minutos) Rendimento: 10 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Doce caseiro Calorias: 127 por porção

Ingredientes
.1 kg de abóbora cortada em pedaços pequenos .500 g de açúcar .1/2 xícara (chá) de água .3 cravos .1 pau de canela de aproximadamente 5 cm Modo de preparo Ponha em uma panela grande a abóbora, o açúcar, os cravos e a canela. Adicione a água e leve ao fogo baixo. Cozinhe até formar uma calda em ponto de fio e a abóbora ficar macia. Retire do fogo e deixe esfriar. Despreze os cravos e a canela e transfira a abóbora com a calda para o liquidificador. Bata até formar um creme liso. Sirva com queijo branco, como sobremesa ou como geléia para rechear pães. Dica: prefira usar panelas com o fundo grosso para doces em calda.
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__Bolo de abóbora com coco


Bolo de abóbora com coco: gostoso como o doce Foto: Ormuzd Alves Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 20 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Bolo Calorias: 362 por porção

Ingredientes
. 4 ovos . 4 colheres (sopa) de margarina . 2 xícaras (chá) de açúcar . 2 xícaras (chá) de abóbora cozida . 1 xícara (chá) de farinha de trigo . 1 xícara (chá) de amido de milho . 1 xícara (chá) de coco ralado . 1 colher (sopa) de fermento em pó

Modo de preparo Aqueça o forno a 180ºC. Bata as claras em neve e reserve. Bata as gemas com a margarina e o açúcar. Misture a abóbora, a farinha de trigo, o amido, o coco ralado e o fermento. Ponha em uma forma com furo central e untada com margarina. Leve para assar durante 40 minutos ou até que, espetando um palito saia seco. Dica: Faça uma cobertura de chocolate. Combina e fica uma delícia!
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Paçoca de biscoito maisena

Paçoca de biscoito maisena: Simples e deliciosa Foto: Ormuzd Alves Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 24 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Docinho e salgadinho Calorias: 202 por porção

Ingredientes:
.500 g de amendoim torrado sem pele .1 pacote de biscoito tipo maisena .1 lata de leite condensado

Modo de preparo: Triture o amendoim e o biscoito maisena no processador ou no liquidificador. Transfira para uma tigela e misture o leite condensado aos poucos até obter uma massa homogênea. Ponha em um refratário untado com margarina. Leve à geladeira por 15 minutos e corte em quadradinhos.
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Quadradinhos de amendoim

Quadradinhos de amendoim: pedacinhos de sabor Foto: Ormuzd Alves Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 25 por porção Dificuldade: Fácil Categoria: Doce caseiro Calorias: 125 por porção

Ingredientes:
.1 lata de leite condensado .200 g de chocolate meio amargo picado .1 xícara (chá) de açúcar .1 colher (sopa) de margarina .1 xícara (chá) de amendoim torrado sem pele ligeiramente picado

Modo de preparo: Em uma panela ponha o leite condensado, o chocolate, o açúcar e a margarina. No fogo baixo, mexa até se desgrudar do fundo da panela. Junte o amendoim, misture bem e desligue o fogo. Bata bem com uma colher até a mistura ficar opaca. Despeje em uma superfície lisa e untada com margarina. Deixe esfriar e corte o doce em quadradinhos médios Dica: Substitua o amendoim por castanha-do-pará picada grosseiramente. Conteúdo do site ANAMARIA

_Fudges de chocolate e amendoim

Fudges de chocolate e amendoim: fácil de fazer e deliciosamente saboroso Foto: Ormuzd Alves Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 24 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Doce caseiro

Ingredientes
. 1/2 xícara (chá) de açúcar . 2 colheres (sopa) de margarina . 1 pitada de sal . 6 colheres (sopa) de leite em pó . 1/4 xícara (chá) de água . 200g de chocolate meio amargo picado . 1/2 xícara (chá) de amendoim torrado e sem pele . Chocolate em pó para polvilhar Modo de preparo Em uma panela, misture o açúcar, a margarina, o sal, o leite em pó dissolvido na água. Leve ao fogo brando e mexa até começar a engrossar. Desligue o fogo, junte o chocolate e o amendoim. Mexa até o chocolate derreter. Despeje em uma assadeira untada com margarina. Alise a superfície e deixe esfriar até firmar. Corte em quadrados e polvilhe o chocolate em pó. Dica: Substitua o amendoim por passas ou damasco picado

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Biscoito de amendoim

Biscoito de amendoim: aproveite essa delícia em sua próxima reunião Foto: Mauro Holanda Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 20 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Biscoito e bolacha

Ingredientes
.500 g de amendoim cru .2 xícaras (chá) de açúcar .2 ovos .1 colher (sopa) de fermento químico em pó

Modo de preparo
Ponha no liquidificador o amendoim com casca e bata rapidamente até moê-lo, porém sem deixar formar uma farinha fina. Transfira para uma tigela e acrescente os ovos, um a um. Misture com uma colher de pau após cada adição, junte o fermento peneirado, o açúcar, e mexa até ficar uma massa bem homogênea. Com as mãos untadas com manteiga ou margarina, modele os biscoitos e disponha-os em uma assadeira também untada. Leve ao forno médio preaquecido até dourar ligeiramente. Desenforme morno e guarde em latas bem fechadas. Dica: uma pitada de canela e cravo em pó dá um toque de sabor.
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_Pé-de-moleque americano

Pé-de-moleque americano: docinho da América Foto: Mauro Holanda Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 10 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Docinho e salgadinho Calorias: 380 por porção

Ingredientes:
.2 xícaras (chá) de açúcar .2/3 de xícara (chá) de leite .200 g de chocolate meio amargo picado em pedaços pequenos .1/2 colher (café) de cremor tártaro (à venda nos supermercados) .1 colher (sopa) de manteiga .1 lata de cajuzinho pronto

Modo de preparo:
Misture o açúcar, o leite, o chocolate e o cremor tártaro. Leve ao fogo até formar uma calda grossa. Retire do fogo e junte a manteiga. Deixe-a derreter-se sem mexer e espere amornar. Ponha o cajuzinho e leve à batedeira. Bata até ficar cremoso e brilhante. Despeje e espalhe com as costas de uma colher em uma forma untada e deixe descansar até o dia seguinte.
Corte o doce em pedaços com uma faca e disponha-os em um prato. Misture o açúcar, o leite, o chocolate e o cremor tártaro. Leve ao fogo até formar uma calda grossa. Retire do fogo e junte a manteiga. Deixe-a derreter-se sem mexer e espere amornar. Ponha o cajuzinho e leve à batedeira. Bata até ficar cremoso e brilhante. Despeje e espalhe com as costas de uma colher em uma forma untada e deixe descansar até o dia seguinte. Corte o doce em pedaços com uma faca e disponha-os em um prato.
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Crocante de amendoim

Crocante de amendoim: O crocante sabor do campo Foto: Eduardo Pozella Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 60 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Docinho e salgadinho Calorias: 71 por porção

Ingredientes
.2 xícaras (chá) de açúcar .1 xícara (chá) de glucose de milho (Karo) .3 xícaras (chá) de amendoim torrado sem casca .1/2 colher (sopa) de bicarbonato de sódio

Modo de preparo
Unte um pedaço grande de papel-alumínio com manteiga e reserve. Em uma panela média misture o açúcar e a glucose de milho e leve ao fogo médio, mexendo às vezes, por dez minutos ou até obter uma calda escura. Junte o amendoim torrado e misture bem. Retire do fogo, adicione o bicarbonato de sódio e misture rapidamente. Despeje sobre o papel-alumínio e espalhe.
Quando esfriar, retire o papel e ponha o doce sobre uma tábua de madeira. Use um martelinho para quebrá-lo em pedaços irregulares. Unte um pedaço grande de papel-alumínio com manteiga e reserve. Em uma panela média misture o açúcar e a glucose de milho e leve ao fogo médio, mexendo às vezes, por dez minutos ou até obter uma calda escura. Junte o amendoim torrado e misture bem.
Retire do fogo, adicione o bicarbonato de sódio e misture rapidamente. Despeje sobre o papel-alumínio e espalhe. Quando esfriar, retire o papel e ponha o doce sobre uma tábua de madeira. Use um martelinho para quebrá-lo em pedaços irregulares.
Conteúdo do site ANAMARIA

_Doces de chocolate e amendoim

Doces de chocolate e amendoim: quadradinhos de pura gostosura Foto: Ormuzd Alves Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 24 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Docinho e salgadinho Calorias: 112 por porção

Ingredientes
· 1/2 xícara (chá) de açúcar · 2 colheres (sopa) de margarina · 1 pitada de sal · 6 colheres (sopa) de leite em pó · 1/4 xícara (chá) de água · 200 g de chocolate meio amargo picado · 1/2 xícara (chá) de amendoim torrado e sem pele · Chocolate em pó para polvilhar

Modo de preparo Em uma panela, misture o açúcar, a margarina, o sal, o leite em pó dissolvido na água. Leve ao fogo brando e mexa até começar a engrossar. Desligue o fogo, junte o chocolate e o amendoim. Mexa até o chocolate derreter. Despeje em uma assadeira untada com margarina. Alise a superfície e deixe esfriar até firmar. Corte em quadrados e polvilhe o chocolate em pó. Dica: Substitua o amendoim por passas ou damasco picado.
Conteúdo do site ANAMARIA

Quentão

Quentão, a bebida típica das festas de junho, para esquentar as noites frias Foto: Eduardo Delfim Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 16 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Bebidas

Ingredientes
· 4 xícaras (chá) de aguardente · 3 limões cortados em rodelas finas · 3 laranjas cortadas em rodelas · 2 xícaras (chá) de suco de laranja · 1 colher (chá) de cravo-da-índia · 4 pedaços de 3 cm de gengibre · 4 paus de canela · 1 xícara (chá) de açúcar

Modo de preparo:
Numa panela grande, misture todos os ingredientes. Leve ao fogo médio e ferva por dez minutos. Sirva com as rodelas de fruta ou, se desejar, coe antes de servir.
Conteúdo Site Ana Maria

_Vinho quente

Vinho quente (ou vinhão) é receita mais leve que o quentão, mas não menos deliciosa Foto: Jorge Bustem Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 6 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Bebidas

Ingredientes:
· 1 litro de vinho tinto · 1/2 colher (chá) de cravos · 1 pau de canela de 5 cm · 2 rodelas de laranja · 4 colheres (sopa) de açúcar Modo de preparo: Ponha todos os ingredientes em uma panela tipo caldeirão e leve ao fogo até levantar fervura. Abaixe o fogo e cozinhe em fogo baixo por 20 minutos. Sirva quente. Dicas: Sirva em seguida, pois com o passar do tempo a bebida amarga.


__Receita de Amendoim doce: "Cri Cri" de amendoim



INGREDIENTES:
500 g de amendoim "cru sem torrar"; 2 xícaras de chá de açúcar; 1 xícara de chá de agua; chocolate em pó a gosto; Fermento em pó; MODO DE PREPARO: Leve os ingredientes ao fogo no nível médio, mexa de vez em quando, até começar a caramelizar, adicione o fermento em pó, e continue mexendo, até açucarar. Despeje em uma superfície seca e deixe esfriar.
Fonte: Site portaltudoaqui


_Bolo de fubá com goiabada

Bolo de fubá com gotas de goiabada

Ingredientes:
5 ovos inteiros. 1xícara (chá) óleo. 2 1/2 xícara (chá) de açúcar. 2 xícara (chá) de leite. 2 xícara (chá) de farinha de trigo (sem fermento). 2xícara (chá) de fubá (fino). 1 colher (sopa) fermento em pó. 200gr de goiabada.

Modo de fazer:
Coloca no liquidificador 5 ovos inteiros (retira a pele da gema pra o bolo não ficar fedendo) bate bem depois acrescenta 1 xícara de óleo, 2 e meia xícara de açúcar e bate novamente, acrescente 2 xícara de leite e bata mais um pouco. Em um vasilha coloque 2 xícaras de fubá (fino) e 2 xícara de farinha de trigo e 1 colher de fermento em pó, misture todos os ingredientes secos e acrescente aos poucos o líquido do liquidificador, misture bem até ficar homogêneo e coloque na forma untada e enfarinhada, acrescente os pedaços da goiabada. Coloque no forno e deixe assar uns 40 min ou até que enfie um palito e esse saia limpo e em cima tiver moreno. Retire do forno e dê uma sacudidinha para soltar da forma.


___RECEITA DE SALGADOS PARA SUA FESTA JUNINA

__Bolo salgado de fubá

Bolo salgado de fubá: coma bem quentinho! Foto: Ormuzd Alves Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 10 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Bolo Calorias: 481 por porção

Ingredientes
· 4 ovos · 1 xícara (chá) de leite · 3 colheres (sopa) de margarina · Sal a gosto · 1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ralado · 2 xícaras (chá) de fubá · 1 colher (sopa) de fermento em pó · 1 cebola picada · 1 pote de iogurte natural · 1 colher (sopa) de salsa picada

Modo de preparo
No liquidificador, bata os ovos, o leite, a margarina, o sal, o queijo ralado e aos poucos o fubá. Junte o fermento, a cebola, o iogurte e misture a salsa. Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada. Leve para assar no forno preaquecido a 200ºC durante 30 minutos ou até dourar. Dica: Sirva com tomate cereja, folhas de manjericão e regue com azeite.
Conteúdo do site ANAMARIA


_Bolo de batata

Bolo de batata: uma refeição completa que você prepara em poucos minutos Foto: Mauro Holanda Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 6 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Torta salgada e quiche Calorias: 318 por porção

Ingredientes
· 2 pacotes de purê de batata prontos (à venda nos supermercados) · 2 ovos · 1/2 xícara (chá) de queijo ralado · 200 g de presunto cozido · 1 lingüiça-calabresa defumada · 1 colher (café) de manjericão picado · 1 colher (chá) de salsinha picada · 100 g de bacon em cubinhos · Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo Prepare o purê conforme as instruções do fabricante. Retire do fogo e junte os ovos, 2 colheres (sopa) de queijo, o sal e a pimenta. Mexa bem e reserve. Triture o presunto em um processador com a lingüiça sem pele e tempere com o manjericão e a salsinha. Em uma fôrma de aro removível forrada com papel-alumínio faça uma camada com metade do purê. Espalhe o recheio de presunto e aperte bem com as costas de uma colher. Cubra com a outra metade do purê e polvilhe a superfície com o bacon e queijo ralado restante. Leve ao forno médio preaquecido até começar a dourar ligeiramente.
Dica: O resultado será o mesmo se você usar purê de batata caseiro.
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_Torta de carne moída com maionese

"Torta de carne moída com maionese: para variar o cardápio! Foto: Ormuzd Alves Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 12 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Torta salgada e quiche Calorias: 233 por porção

Ingredientes
· 3 ovos · 1 lata de creme de leite · sal e pimenta do reino a gosto · 1/2 xícara (chá) de amido de milho · 500 g de batatas cozidas e amassadas · 2 colheres (sopa) de óleo · 1 cebola picada · 300 g de carne moída · Sal a gosto · 1/4 de xícara (chá) de maionese · 1/2 xícara (chá) de azeitonas verdes picadas

Modo de preparo
No liquidificador, bata os ovos, o creme de leite, o sal, a pimenta. Incorpore a batata até ficar uma mistura homogênea. Em uma panela, aqueça o óleo, doure a cebola e refogue a carne moída até secar. Desligue o fogo, tempere com o sal, misture a maionese e a azeitona. Em um refratário untado e enfarinhado, coloque metade da massa, a carne e cubra com o restante da massa. Leve para assar no forno preaquecido a 200ºC durante 30 minutos ou até dourar.
Dica: Substitua a carne, por peito de frango moído ou cortado em cubos pequenos.
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__Torta de liquidificador de mortadela e requeijão

Torta de liquidificador de mortadela e requeijão: prática e muito saborosa Foto: Ormuzd Alves Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 10 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Torta salgada e quiche Calorias: 332 por porção

Ingredientes
. 1 xícara (chá) de óleo . 3 ovos . 2 xícaras (chá) de leite . 50g de queijo parmesão ralado . 2 xícaras (chá) de farinha de trigo . 1 colher (sopa) de fermento em pó. Recheio: . 2 tomates cortados em rodelas . 1/2 xícara (chá) de azeitonas picadas . 1/2 xícara (chá) de mussarela ralada . 1/2 pote de requeijão . 150g de mortadela fatiada

Modo de preparo No liquidificador, bata o óleo, os ovos, o leite e o parmesão. Misture a farinha de trigo e o fermento. Em uma forma de 22 cm de diâmetro com fundo removível, coloque metade da massa, distribua as rodelas de tomate, a azeitona, a mussarela, colheradas de requeijão e a mortadela. Cubra com o restante da massa e asse no forno preaquecido a 200º durante 45 minutos ou até dourar. Dica: Varie o tipo de mortadela, use a defumada, light ou a condimentada.
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_Torta cachorro-quente

Torta cachorro-quente: as crianças irão adorar! Foto: Ormuzd Alves Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 12 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Torta salgada e quiche Calorias: 248 por porção

Ingredientes:
.3 ovos .3/4 de xícara (chá) de óleo .1/2 xícara (chá) de amido de milho .2 xícaras (chá) de leite .1 e 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo .2 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado .sal a gosto .1 colher (sopa) de fermento em pó Recheio: .1 colher (sopa) de azeite .1 cebola pequena picada .1 pimentão pequeno verde cortado em cubos .4 tomates sem pele e sem sementes picados .sal a gosto .1 colher (sopa) de salsa picada .5 salsichas aferventadas

Modo de preparo:
No liquidificador bata os ovos, o óleo, o amido de milho, o leite, a farinha de trigo, o queijo ralado, o sal e o fermento. Recheio: Em uma panela aqueça o azeite, doure a cebola, refogue o pimentão e acrescente o tomate. Tempere com o sal e deixe cozinhar no fogo brando até o tomate se desmanchar. Polvilhe a salsa. Corte as salsichas ao meio no sentido do cumprimento. Unte com margarina um refratário, ponha metade da massa, espalhe o molho frio e distribua as salsichas. Cubra com restante da massa e leve para assar durante 40 minutos ou até dourar. Dica: Sirva esta torta com ketchup e mostarda para dar um gostinho especial.
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__Torta rápida de frango

Torta rápida de frango: é vapt-vupt Foto: Ormuzd Alves Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 14 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Torta salgada e quiche Calorias: 314 por porção

Ingredientes Massa:
.5 ovos, .1 xícara (chá) de óleo .2 xícaras (chá) de leite .1/2 xícara (chá) de queijo ralado .3 xícaras (chá) de farinha de trigo .1 colher (sopa) de fermento em pó .1 tablete de caldo de galinha .3 colheres (sopa) de amido de milho

Recheio: .2 xícaras (chá) de sobras de frango desfiado .1 lata de milho .2 tomates cortados em cubos .200g de mussarela ralada .1/4 xícara (chá) de azeitonas pretas picadas

Modo de preparo No liquidificador, bata os ovos, o óleo, o leite, o queijo ralado, a farinha de trigo, o fermento, o tablete de caldo de galinha e o amido de milho. Unte uma forma de 25cm de diâmetro, de aro removível, untada e enfarinhada e coloque metade da massa. Distribua o recheio sobre a massa, intercalando os ingrediente. Cubra com o restante da massa e leve ao forno preaquecido por 40 minutos ou até dourar.
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_Salsicha empanada

Salsicha empanada: massa crocante e sequinha! Foto: Ormuzd Alves Preparo: Rápido (até 30 minutos) Rendimento: 8 porções Dificuldade: Fácil Categoria: Docinho e salgadinho Calorias: 406 por porção

Ingredientes
· 1 e 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo · 1 colher (sopa) de fermento em pó · Sal e pimenta a gosto · 1 xícara (chá) de leite · 1 ovo batido · 1 colher (sopa) de margarina derretida · 16 salsichas para hot dog · Salsa picada a gosto

Modo de preparo Em uma tigela, misture a farinha, o fermento, o sal e a pimenta. Adicione o leite, o ovo e a margarina. Corte as salsichas em três partes, empane e frite no óleo bem quente. Sirva com salada. Dica: Após fritar as salsichas, coloque-as sobre papel toalha para retirar o excesso de gordura.
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__Rocambole de batata

Rocambole de batata: massa leve e saborosa Foto: Mauro Holanda Preparo: Médio (de 30 a 45 minutos) Rendimento: 10 porções Dificuldade: Médio Categoria: Pão Calorias: 288 por porção

Ingredientes
Massa · 500 g de batata · 3 colheres (sopa) de farinha de trigo · 3 ovos · 2 colheres (sopa) de queijo ralado · 1/2 xícara (chá) de leite · 2 colheres (sopa) de farinha de rosca · Sal e noz-moscada a gosto Recheio · 1 colher (sopa) de cebola · 1 dente de alho · 2 colheres (sopa) de óleo · 2 xícaras (chá) de tomate picado · 2 lingüiças-calabresas pequenas · 1 prato fundo de folhas de couve-flor · 1 xícara (chá) de talos de agrião · Sal a gosto

Modo de preparo

Recheio
Refogue a cebola e o alho no óleo. Junte o tomate e a lingüiça picados e cozinhe até ficarem macios. Adicione as folhas de couve-flor e os talos de agrião e refogue por cinco minutos. Tempere com o sal e reserve.

Massa
Cozinhe e esprema as batatas. Deixe esfriar e acrescente os demais ingredientes, menos a farinha de rosca. À parte, unte uma assadeira com óleo, forre-a com papel-alumínio e unte-o com margarina. Despeje a massa sobre o papel untado, polvilhe com a farinha de rosca e leve para assar em forno médio por 45 minutos. Desenforme sobre filme plástico, espalhe o recheio frio e enrole o rocambole com o auxílio do filme. Deixe esfriar embrulhado no filme plástico e sirva cortado em fatias.
Fonte: Portal Tudo aqui

Compota de Limão Tahiti


Ingredientes:  5 kg de limão tahiti
3 kg de açúcar
3 litros de água
1/2 colher (sopa) de sal
Preparo:
  • Lave os limões.
  • Rale a casca para retirar o sumo e as imperfeições.
  • Lave bem e corte os frutos ao meio, no sentido vertical, divididos em quatro partes.
  • Ferva durante dez minutos, até o miolo ficar mais ou menos macio.
  • Deixe de molho durante dois dias, trocando a água (fria) várias vezes, para tirar o amargor.
  • Retire o miolo e despreze.
  • Para fazer a calda, coloque a água no tacho, despeje o açúcar até fazer um xarope bem grosso.
  • Durante a fervura, surgirá uma espuma escura, que deve ser retirada com escumadeira.
  • Ao mesmo tempo, leve as cascas ao fogo, com água e sal.
  • Assim que estiver quente, jogue fora a água com sal e despeje as cascas em outra água limpa, quente e sem sal.
  • Deixe mais três dias de molho, trocando a água constantemente.
  • Depois despeje as cascas no xarope quente, deixando no fogo por dez minutos.
  • Assim que levantar fervura, retire imediatamente – cuidado para não ultrapassar esse tempo.
  • Do contrário, os frutos vão endurecer.
  • Pode acrescentar canela no doce.

Pão de Cristo


Segredo da multiplicação. Abençoado o pão dourado que sai do forno e se multiplica pela boa vontade de quem o prepara. O Pão de Cristo é  fruto de uma corrente sem fim que ganha cada vez mais adeptos. O Pão de Cristo, que obedece a um verdadeiro ritual e tem uma particularidade: o fermento natural deve ser repartido e dado a um amigo, parente ou conhecido, para que a corrente não se quebre.
Fermento natural:
Misture 1/2 litro de água
2 colheres (sopa) de farinha de trigo sem fermento
2 colheres (sopa) de açúcar
1 pitada de sal.
Cubra com pano branco e deixe fermentar por dois ou três dias.
Ritual:
Caso você ganhe o fermento, logo ao receber acrescentar 1 litro de água e cubra com um pano branco, deixando em lugar fresco.
No dia seguinte, acrescente:
5 colheres (sopa) de farinha de trigo
5 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sobremesa) de sal.
No terceiro dia, mexa bem o fermento e divida em três partes iguais:
::uma será dada a alguém.
::a outra mantida em casa para continuar o fermento
::a terceira será usada na receita.
Pão:
Ingredientes: 
19 colheres (sopa) de açúcar cristal
4 ovos
1 copo de óleo (200 ml)
1 kg e 100 g de farinha de trigo
1/2 litro de fermento natural
4 colheres (sopa) de fibra de trigo (opcional)
100 g de passas (opcional)
Preparo:

  • Misture ovos, açúcar, óleo e o fermento.
  • Junte a farinha de trigo.
  • A massa não pode ficar nem muito mole nem muito dura.
  • Cubra a massa com um pano e deixar crescer de um dia para outro.
  • No dia seguinte, acrescente os ingredientes opcionais e misture bem.
  • Enrole o pãozinho em uma superfície polvilhada o tempo todo com farinha de trigo.
  • Deixe crescer por um mínimo de cinco horas.
  • Leve ao forno, em temperatura moderada, durante meia hora.
  • Rende 24 pães.

 Biscoito de Cachaça




Ingredientes:
3 1/2 colheres (sopa) de cachaça
1 xícara de gordura vegetal
1 colher de sopa de manteiga
3 1/2 colheres (sopa) de açúcar refinado
2 xícaras de açúcar refinado para polvilhar
1 pitada de sal
400 g de farinha de trigo
Preparo:

  • Misture todos os ingredientes menos a farinha de trigo e o açúcar para polvilhar.
  • Depois acrescente aos poucos a farinha de trigo até o ponto de formar uma massa homogênea que possa ser trabalhada.
  • Pode ser que não precise de toda a farinha.
  • Enrole em formato de anéis e ponha no tabuleiro, que não precisa ser untado.
  • Leve ao forno preaquecido e depois de assado passe ainda quente no açúcar refinado.


Farofa Arco-íris

Ingredientes:  
250 g de carne de porco, boi ou frango, cozida e picadinha
1 chuchu ralado
2 cenouras raladas
1 tomate picado
2 cebolas picadas
Salsa e cebolinha
1/4 quarto de repolho
1 pitada de açafrão ou colorau
4 folhas de couve picadinhas
1 pimentão verde picado
1/2 copo de ervilha (100 ml)
1/2 copo de milho verde (100 ml)
2 copos de farinha de rosca (400 ml)
2 copos de farinha de mandioca (400 ml)
2 colheres (de sopa) de óleo
2 dentes de alho amassados
1 pitada de sal
Preparo:

  • Em uma panela, coloque o óleo e deixar esquentar.
  • Frite o alho e refogue todos os ingredientes, um de cada vez, mexendo sempre.
  • Coloque os pedaços de carne cozida e retire do fogo, adicionando, em seguida, o açafrão ou colorau.
  • Deixar esfriar um pouco e, finalmente, misture as farinhas. 

Dica:
Não é adequado misturar as farinhas aos demais ingredientes com o fogo aceso, para a farofa não virar um grude.
Fonte: temmaic.com 


Angu Mineiro

Ingredientes:
2 xícaras de água
6 colheres (sopa) de fubá
Preparo:

  • Coloque a água para ferver e adicione três colheres de fubá.
  • Mexa, em círculos, com colher de pau e deixe cozinhar até que se forme um mingau.
  • Quando cozido, acrescente o restante do fubá aos poucos, mexendo sempre até que o angu fique bem cozido e soltando do fundo da panela.
Dica:
O Angu mineiro não leva sal.

Bambá de Couve

Ingredientes:
2 colheres (sopa) de fubá
250 g de linguiça cortada em cubinhos
4 a 5 folhas grandes de couve manteiga
1/2 xícara de água fria
1 litro de caldo de carne
1 ovo inteiro

Preparo:

  • Coloque o fubá numa frigideira de ferro grossa e torre rapidamente.
  • Reserve.
  • Aproveite a frigideira e frite as linguiças.
  • Tire o talo da couve, rasgue as folhas em pedaços médios e refogue também na frigideira, aproveitando parte da gordura da linguiça.
  • Dissolva o fubá na meia xícara de água e junte ao caldo de carne fervente, mexendo para não encaroçar.
  • Bate ligeiramente o ovo e junte ao fubá, mexendo sempre até talhar.
  • Por ultimo, adicione a linguiça e a couve.
  • Sirva bem quente.
Fonte: temmais.com 





Faz um tempinho que não como madeleines, ou melhor, que não aprecio essas iguarias que não são dificeís de fazer. Basta amor, carinho e as forminhas adequadas. Vi uma receita diferente de Madeleines de Murcote* e mel no blog "No calor do fogão" e fiquei com água na boca!!! E para completar achei uma receita que a autora do blog "Mineiras, uai!" afirma ser a perfeita receita de madeleines para oferecer à todos que visitam o meu blog com votos de um fim de semana delicioso:

125 g de açúcar
125 g de farinha
125 g de manteiga
2 ovos
2 limões (só a casca, raladinha)
2 colheres (de café) de fermento

Bata os ovos com o açúcar, até formar uma mistura clara e fofa. Acrescente a farinha e o fermento peneirados, e bata até incorporar. Acrescente a manteiga derretida e as casquinhas de limão. Deixe descansar por 20 minutos (esse é o imprescindível segredo da perfeição) e despeje em forminhas untadas, preenchendo-as até 2/3. Asse por 15 minutos no forno pré-aquecido a 220 °C , e desenforme quando ainda estiverem mornas. Rende aproximadamente 16 madeleines.

*Para quem não sabe murcote é híbrido entre a tangerina e a laranja, da família da laranja, limão, lima-da-pérsia e pomelo, ou seja, são frutas cítricas. Também conhecida como morgote, tangerina morgote, laranja morgote, morgota. Ela ficou conhecida por volta de 1900 nos Estados Unidos, e lá se chama honey murcott, em homenagem a Charles Murcott Smith, fazendeiro da Flórida que produziu as primeiras mudas. Seu suco pode ser usado em sorvetes, gelatinas, musses, bolo, caldas, molhos e marinadas para aves e frutos do mar. Já os gomos entram em saladas doces e salgadas. Rende doces e geléias; as raspas aromatizam musses, bolos e biscoitos.
Torresmo
Ingredientes
1 quilo de toucinho de barriga
100 gramas de gordura
Uma pitada de bicarbonato de sódio
Sal, o necessário

Reprodução
Este livro contribui para a preservação da cozinha mineira e para profissionais que utilizam ingredientes da gastronomia brasileira
Livro contribui na preservação de receitas e inspira profissionais que usam ingredientes da gastronomia brasileira
Modo de preparo
Picar o toucinho em cubos, lavar bem, escorrer e temperar. Em uma panela funda, colocar a gordura e o toucinho juntos, para aquecer e fritar, até pegar cor alourada. Retirar do fogo, guardar mergulado na sua própria gordura em recipiente bem fechado. Ou, retirar da escumadeira, escorrer, deixar esfriar, embalar e resfriá-los em embalagem selada.
Para pururucar, usar dois tachos, ambos com gordura quente e suficiente para mergulhar os torresmos. Iniciar a fritura no primeiro tacho, colocar os torresmos; mexer com escumadeira e retirar logo que iniciarem a pururuca. Levar ao segundo tacho, continuar a fritura até pururucar por inteiro. Retirar antes de começar a escurecer.

Frango com farofa mineira

Frango com farofa mineira
Frango com farofa mineira: boa opção para o almoço de domingo
Foto: Ormuzd Alves
Tipo de prato: Prato principal
Preparo: Médio (de 30 a 45 minutos)
Rendimento: 6 porções
Dificuldade: Médio
Categoria: Frango
Calorias: 784 por porção

Ingredientes

. 1 frango inteiro
. 3 dentes de alho picados
. Sal e pimenta a gosto
. 2 xícaras (chá) de vinho branco
Farofa:
. 100g de margarina
. 3 dentes de alho cortados em lâminas
. 200g de bacon picado
. 1 cebola picada
. 1/2 pimentão verde cortado em cubos
. 1/2 xícara (chá) de azeitonas verdes picadas
. 6 folhas de couve cortada bem fina
. 3 xícaras (chá) de farinha de mandioca torrada
. Sal e pimenta a gosto

Modo de Preparo

Coloque o frango em uma assadeira e tempere com o alho, o sal, a pimenta e o vinho. Cubra com papel alumínio e leve à geladeira no mínimo por 4 horas, regando de vez em quando com a marinada. Leve ao forno preaquecido a 200º, coberto com papel alumínio e asse durante 50 minutos. Retire o papel alumínio, regue algumas vezes com o molho obtido e deixe dourar.
Farofa: Em uma frigideira grande derreta a margarina, doure o alho, o bacon e a cebola. Junte o pimentão, a azeitona, a couve e refogue até murchar. Junte a farinha de mandioca, tempere com o sal e a pimenta. Sirva com o frango.
Dica: Deixe o frango na geladeira, marinando de um dia para o outro. Ficará mais saboroso.

Feijão tropeiro


feijão
Feijão tropeiro : sabor e criatividade em um só prato
Foto: Mauro Holanda
Preparo: Rápido (até 30 minutos)
Rendimento: 4
Dificuldade: Fácil
Categoria: Refogado
Calorias: 527

Ingredientes

.1/2 kg de feijão cozido
.1/2 xícara (chá) de alho batido com óleo
.300 g de lombo em cubinhos
.50 g de bacon picado
.1 cebola grande picada
.2 ovos
.1/2 maço de couve cortada fina
.pimenta-do-reino e sal a gosto
.2 xícaras (chá) de farinha de milho
.1/2 maço de cheiro-verde picado

Modo de preparo

Pegue o feijão já cozido sem temperar e deixe esfriar. Despeje-o em uma peneira e deixe escorrer bem. Em uma panela, frite um pouco da mistura de alho batido com óleo, o lombo e o bacon, até dourar. Adicione metade da cebola picada, misture e, com uma colher, abra um espaço no centro da panela. Coloque dois ovos e deixe-os fritar até ficarem duros. Depois misture tudo. Abra novamente um espaço e refogue a couve em um pouco da mistura de alho batido com óleo. Misture. Abra de novo o centro e refogue o feijão no restante da cebola, da mistura de alho batido com óleo, sal e pimenta. Coloque a farinha de milho, misture bem, e por último, junte o cheiro-verde picado. Sirva acompanhado de torresmo.
 

Bolinho de Chuva

 
Ingredientes:
  • 2 ovos
  • 2 colheres de açúcar
  • 1 xícara de chá de leite
  • Trigo para dar ponto
  • 1 colher de sopa de fermento
  • Açúcar e canela
Preparo:
  1. Misture todos os ingredientes até ficar uma massa não muito mole, nem tão dura
  2. Deixe aquecer uma panela com bastante óleo para que os bolinhos possam boiar
  3. Quando estiver bem quente comece a colocar colheradas da massa e abaixe o fogo para que o bolinho não fique crú por dentro
  4. Coloque os bolinhos sobre papel absorvente e depois se preferir passe-os no açúcar com canela.
Ops: Isso lembra muito a minha infância... tem bom....


BROA DE AMENDOIM

Ingredientes:
1 kg de amendoim torrado e moído, 1 colher (sobremesa) de bicarbonato de sódio; 800 g de fubá mimoso; 3 ovos; 1 kg de rapadura.
Modo de Preparo:
Fazer ao fogo uma calda não muito grossa com a rapadura. Misturar-lhe o amendoim e os demais ingredientes, dissolvendo antes o bicarbonato em um cálice de água. Fazer as broinhas e por num tabuleiro untado de gordura. Assar em forno quente.

 
BISCOITO DE TORRESMO

Ingredientes:
Açúcar; 1 colher (café) de bicarbonato de sódio; canela em pó; 1 colher (café) de cremor tártaro; 2 ovos; 1/2 kg de polvilho; 1 pires cheio de torresmos.
Modo de Preparo:
Passar os torresmos na máquina. Misturá-los ao polvilho, mexendo bem. Amassar com os ovos, juntando os demais ingredientes. Assar em forno temperado.

BISCOITOS DE AGUARDENTE


Ingredientes:
3 colheres (sopa) de açúcar; 2 cálices de uma boa aguardente; 4 colheres (sopa) de banha derretida; 2 xícaras (chá) de leite; 1 kg de farinha de trigo; 4 colheres (sopa) de manteiga; 4 ovos; 1 colher (chá) sal; 4 colheres (sobremesa) de amoníaco.
Modo de Preparo:
Dissolver o amoníaco na manteiga e na banha quente. Juntar os outros ingredientes e acrescentar a farinha, amassando até o ponto de enrolar. Deixar a massa descansar bem, depois enrolar. Assar em forno regular.

BISCOITO DE QUEIJO
Ingredientes:
800g de polvilho-500g de queijo curado ralado-1 copo americano de óleo cheio até o vinco-1 colher de sopa de sal-8 a 10 ovos (dependendo do tamanho, preferência para ovos caipiras, que deixam a massa mais macia).
Modo de Preparo:
Coloque o polvilho em uma vasilha grande; em seguida, o óleo. Misture até desfazer os grãos. Coloque os ovos aos poucos e amasse bastante para deixar a massa uniforme. Coloque o queijo e o sal. Amasse até a mistura ficar quebradiça. Enrole e asse em forno pré-aquecido (no forno elétrico, a 230 graus; no forno a gás, no máximo)Sirva com cafezinho.

 
BISCOITO DE FUBÁ DE CANJICA
Ingredientes:
1/2 prato de açúcar; 1/2 xícara (chá) de água fervendo; 1 prato de banha derretida; 1 colherinha (café) de erva-doce; 1 prato de fubá de canjica; 3 ou 4 ovos; 1 colher (café) de sal.
Modo de Preparo:
Escaldar o fubá com a gordura em água fervendo. Juntar a erva-doce, açúcar e sal. Mexer bem. Deixar esfriar e amassar com os ovos. Massa um pouco mole. Enrolar os cordões finos e partir em pedaços. Assar em forno quente, mas depois de assados, diminuir o forno para enxugar um pouco.

BISCOITO DE POLVILHO
Ingredientes:
1/3 xícara de óleo; 3/4 de xícara de água; 1 e 1/2 xícara de polvilho azedo ou 2 xícaras de polvilho doce; 1/2 xícara de queijo minas ou meia-cura ralado; 3 ovos inteiro.
Modo de Preparo:
Ponha o óleo e a água numa panela para ferver.Despeje de uma vez sobre o polvilho. Mexa bem e coloque o queijo.Coloque os ovos um a um mexendo sempre.Quando a massa estiver bem uniforme, passe-a para um saco de confeitar (ou um saco plástico com um furinho na ponta) e faça bolinhas, tirinhas ou anéis numa assadeira untada. Asse em forno preaquecido por 35 minutos ou até que os biscoitos estejam bem torradinhos (mas claros).

BISCOITINHO DE FARINHA DE MILHO
Ingredientes:
02 pires de farinha de milho; 02 pires de farinha de trigo; 150 g de manteiga; 150 g de açúcar; 04 gemas.
Modo de Preparo:
Junte todos os ingredientes, amasse-os bem, faça rolinhos com as mãos e leve ao forno em assadeira forrada com papel alumínio.
 


Sugestão: Cuscuz rápido
Ingredientes:
  • 1/2 xícara de chá de óleo;
  • 1 cebola média picada;
  • 1 dente de alho picado;
  • 1/2 pimentão verde picado;
  • 1 xícara de chá de polpa de tomate;
  • sal;
  • pimenta-do-reino;
  • 2 xícaras de chá de farinha de milho amarela.
  • 1/2 xícara de chá de farinha de mandioca;
  • 2 ovos cozidos cortados em rodelas;
  • 1 tomate cortado em rodelas;
  • 1 lata de sardinha.
Modo de Preparo:Refogue no óleo a cebola, o alho e o pimentão. Acrescente a polpa de tomate, o sal e a pimenta-do-reino e deixe no fogo até que o molho fique encorpado. À parte, misture as farinhas e despeje o molho sobre elas, mexendo bem. Unte um cuzcuzeiro com óleo e disponha no fundo e nos lados as rodelas de ovo e de tomate e as sarinhas cortadas ao meio, sem espinhas. Coloque a massa e aperte-a bem. Leve ao fogo até que o cuzcuz esteja cozido, mas úmido.
Rendimento:para 4 pessoas.

Fonte: Kapetinhas

Produto 
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 Vamos ver as louças vermelhas.



As taças vermelhas, combinadas com o guardanapos de pano na mesma cor e castiçais de cristal formaram a combinação perfeita com a linha Medina.
Linha Medina, Porto Brasil.
"A linha medina é reforçada com jogo americano vermelho (poderia ter sido suavizada no branco) e quebrada em copos transparentes e talheres brancos."

Font:e:  AMBIANCE DECORAÇÃO E PRESENTES



Reprodução/Reprodução 


  

Hoje resollvi colocar uma matéria sobre um dos Paíse mais bonitos da África, a LIBIA, tenho certeza que todos irão gostar, e muito. Vamos conhecer!

A Líbia que eu conheci – 6


“Sobreviverei ao meu verdugo” - Omar Moukhtar o herói nacional da Líbia, preso e arrebentado pelos colonialistas italianos

Quando desembarcamos em Benghazi, a belíssima Benghazi, tamareiras enfeitavam suas praias.

Estavam ali como os coqueiros nas praias do nordeste.

Era colher e comer tâmaras dulcíssimas.

Um jornalista suíço que chegara a Benghazi uma  semana antes, me confidenciou que não deveria perder um casamento. Qualquer um, disse.

Estava realmente deslumbrado com a festa e o que o deixou mais impressionado, é que os noivos, depois da cerimônia, recebem um envelope do governo com o equivalente a 50 mil dólares de presente.

Bem, essa era a Líbia que pouca gente conhecia e a mídia ocidental não fazia nenhuma questão de mostrá-la.

E não poderia, pois como explicar a seus leitores que havia ascendido ao poder um jovem coronel que não utilizou a riqueza em benefício próprio?

Pelo contrario.

Havia dividido a riqueza com a população do país.

Que não queria ver ninguém sem teto, sem fome, sem educação e sem
muitas outras coisas mais.

Eu, naturalmente, iria sem dúvida nortear a minha entrevista a partir desses pontos.

Mas antes da entrevista, fomos a três festas com músicos árabes de diversos países.

E haja doce.

E haja suco.

E nem um “uisquinho”, lamentavam alguns jornalistas que, sinceramente, acho que estavam no país sem saber porque e para que.

As festas corriam em tendas beduínas, algo que Kadafi sempre prezou.

Finalmente cara a cara com Kadafi.

Em sua tenda.

Aparentava cansaço.

Alguns dos assuntos discutidos:

1-Socialismo líbio;
2-Educação;
3-Reforma agrária;
4-Moradia
5-Alinhamento
6-Arabismo
7-Socialismo chinês, soviético, cubano;
8-Apoio aos movimentos revolucionários;
9-Che Guevara;
10-Estados Unidos;
11-Brasil;
12-liberação feminina
13-Reencarnaçao de Omar Moukhtar.

A entrevista, que seria de 40 minutos, durou mais de duas horas e creio que passaríamos a noite conversando se ele não fosse a toda hora solicitado.

Naturalmente a Globo achou melhor não colocar o programa no ar, pois poderia melindrar a ditadura.

Foi feita uma proposta para que um programa de 15 minutos fosse ao ar no Fantástico.

Foi realizada a reedição, mas o programa teria sido proibido pelos  censores oficiais da ditadura (civil-militar-midiatica.)

Tudo culpa da ditadura.

Será?

Óh  céus! óh terrra! Quando nos livraremos desse sistema putrefato?

terça-feira, 25 de outubro de 2011



A Libia que eu conheci – 5

A bela Benghazi, antes da invasão dos EUA-OTAN

Vamos falar francamente.

Eu estava me esforçando para realizar um programa que dificilmente seria exibido.

Naquela época o Globo Repórter registrava uma audiência enorme, entre 50 e 65, com pico de 72.

Alem do mais, vivíamos sob o tacão da ditadura.

Mas já que estávamos lá, vamos tocar o barco e ver no que vai dar.

À noite, no hotel, alguém abre a porta e me pergunta se posso conversar um pouco.

Era o chefe da delegação de Guiné-Bissau e estava empolgado. Nunca imaginara conhecer um país como a Líbia.

Perguntou como foi o meu encontro com Kadafi.

Respondi que o encontro seria no dia seguinte em Benghazi.

Enquanto conversávamos, um “fiscal” do governo, entra no quarto e nos cumprimenta sorridente.

Dá uma olhada rápida e com aquele sorriso de comissária de bordo, nos agradece e vai embora.

Mal passaram 10 minutos e a porta novamente é aberta. Um jornalista do Rio de Janeiro, meu vizinho de quarto entra desesperado.

-Uma coca cola pelo amor de Deus. Meu reino por uma coca-cola. Vou descer até saguão, alguém precisa me informar onde consigo comprar coca cola nesse país de birutas.

E nem esperou o elevador. Desceu pela escada mesmo.

-Maluco esse seu vizinho, me confidenciou o guine-bissauense( é assim mesmo que se diz?). E alem do mais ainda ofendeu  Shakespeare.

Em seguida ele me revela que conheceu muitos revolucionários de países diferentes que se encontravam na Líbia em busca de recursos.

Inclusive sul africanos.

-Entregaram uma carta de Nelson Mandela para o Kadafi pedindo para ele não esquecer seus irmãos africanos, respondeu feliz dando a entender que eles foram atendidos.

Novamente o “fiscal” com sorriso de comissária de bordo entra. Desta vez para nos convidar a assistir no salão do hotel a um filme sobre os “horrores” da herança colonialista.

Na verdade não era um filme, mas um documentário de 15 minutos e se a idéia era para que a platéia se indignasse, o efeito foi o contrário.

O documentário mostrava a noite em Trípoli. Garotas seminuas andando nas ruas em busca de clientes, “inferninhos”, cabarés, bebidas alcoólicas, muitas bebidas, e por aí vai.

E o pior, terminada a exibição vários aplausos da platéia, principalmente de jornalistas, pedindo a volta dos colonizadores...

Isso sim é que era época boa, exclamou o jornalista carioca, agora ao lado de um colega mineiro que completou: “eta paizinho que nem coca-cola tem”.

Quatro da manhã somos acordados. Do aeroporto de Tripoli seguimos  para Benghazi, onde finalmente vamos entrevistar Kadafi.
A Líbia que eu conheci – 4


 Kadafi libertou as mulheres alistando-as nas Forças Armadas

Então o senhor considera Kadafi um Gênio?

Sim! Respondeu o embaixador. Um Gênio! E amanhã o senhor vai ter uma prova disso.

Não entendi.

Amanhã vai haver um desfile em comemoração ao décimo aniversario da Revolução. Assista e veja se não tenho razão.

O dia seguinte amanheceu glorioso. E eu já estava preocupado.

Se o país vai parar para comemorar o décimo aniversário da Revolução, será que Kadafi vai encontrar tempo para a entrevista?

A população lotava a praça e as ruas onde seriam realizados os desfiles.

Um fato me chamou a atenção.

Havia milhares de meninas adolescentes com uniformes militares prontas para o desfile.

Sorriam um sorriso que somente as adolescentes possuem. 


Impressionante a sua alegria.

Foi assim que Kadafi libertou as mulheres, que antes não podiam atravessar a porta de casa e nem tirar as vestimentas que cobriam seu corpo de cima abaixo, me confidenciou o embaixador.

É ou não um gênio?

Essas adolescentes saem de casa bem cedinho usando o uniforme militar e retornam para suas casas no fim do dia. Elas só não dormem no quartel.

E têm autorização para não tirar o uniforme.

Depois do serviço militar elas jamais voltam a se vestir como anteriormente.

Então é por isso que as mulheres líbias se vestem como as ocidentais?

Mas vez ou outra deparamos com mulheres com roupas tradicionais.

Terminado o desfile, um membro do governo me diz que Kadafi nos receberia não mais em Trípoli, mas em Benghazi, a bela cidade mediterrânea.

E que nos buscariam de madrugada pra viajarmos os 600 quilômetros que separam as duas cidades.

Fico sabendo nesse dia que a energia elétrica que ilumina o país é de graça.

Ninguém recebe a conta de luz, seja em casa ou no comércio.

E quem tiver aptidão para empresário, pode buscar os recursos necessários no banco estatal e não paga nenhum centavo de juros.

A divisão da riqueza do país  com sua população, em nome do islamismo, criou um sério problema para os demais países muçulmanos, principalmente Arábia Saudita.

E desde então, Kadafi nunca poupou os dirigentes sauditas que acusou de terem se apossado de um país que jamais lhes pertenceu e de serem “infiéis que conspurcavam o verdadeiro islamismo”.

“Trocaram o Profeta pelo petróleo”.

Pela primeira vez usava-se o Alcorão contra aqueles que se diziam seus defensores.

Os sauditas, acuados, só conseguiam dizer que ele era “comunista”.

Kadafi respondia que ele apenas seguia o Alcorão ao pé da letra.

Várias revoltas começaram a eclodir na Arábia Saudita e países do Golfo.

Estados Unidos e mídia associada começaram a arregaçar as mangas.

Era preciso defender a vassala Arábia Saudita e transformar Kadafi num pária.

Na volta ao hotel, dou de cara com revolucionários da África do Sul. Estavam na Líbia em busca de fundos para lutar contra o apartheid.

domingo, 23 de outubro de 2011



A Líbia que eu conheci – 3


 Kadafi ao lado de seu eterno ídolo, o presidente Násser do Egito

Belo e os dois policiais estão parados ao lado de um reluzente carro Mercedes Benz novinho em folha.

Perguntei o que estava acontecendo.

Um dos policiais me disse que o meu companheiro não parava de apontar a chave do carro na ignição. E que eles não sabiam a razão, pois Belo não falava o árabe e nem eles o “brasileiro”.

Então era por isso que eles saíram juntos do hotel.

Nada preocupante.

Belo me explicou e eu traduzi para o policial que ele, ao ver a chave na ignição, ficou preocupado de alguém roubar o carro.

Os dois policiais começaram a rir e disseram tratar-se de um carro abandonado.

Era um costume no país.

Quem não gostasse do carro bastava abandoná-lo com a chave dentro. O interessado podia levá-lo.

Essa era a Líbia da época.

Muita fartura, nenhuma miséria e a abundância ao alcance de todos.

Alias isso podia se observar nas pessoas.

Os mais velhos, que viveram sob o domínio dos colonialistas e durante a monarquia, eram pessoas alquebradas, corpo seco.

As crianças e os jovens eram saudáveis e alegres.

Só para se ter uma idéia da Líbia sob Kadafi, tudo custava mais ou menos o equivalente a 3 dólares.

Havia supermercados gigantescos, mas nada era vendido a varejo.

Quem quisesse arroz, por exemplo, pagava 3 dólares pelo saco de 50 quilos.

Tudo era nessa base.

Fomos visitar o parque industrial de Trípoli e eu pedi para conhecer uma tecelagem.

Perguntei como era a relação com os clientes e um técnico  alemão  que ali se encontrava para montar o maquinário, começou a rir.

“Os líbios são loucos”, me disse. E completou: “eles não vendem nada aqui por metro, somente a peça  inteira. E para qualquer um que entrar na fábrica e pedir”.

Perguntei o preço da peça: 3 dólares a peça de 50 metros...

Mas se você, por exemplo, quisesse comprar uma gravata, qualquer uma, o preço mínimo era o equivalente a 200 dólares.

Um cachimbo, 300 dólares.

Ou seja, todo produto que que lembrasse os colonizadores e, de acordo com eles, representasse ou sugerisse consumo supérfluo, era altamente taxado.

Bebida alcoólica, nem pensar. Dava prisão sumária.

E foi o que aconteceu com dois jornalistas argentinos, cuja “esperteza” os remeteu ao porto e ali compraram de um cargueiro, uma garrafa de uísque.

Um dos funcionários do hotel sentiu o bafo e os denunciou.

É verdade que eles não foram presos, porque eram convidados do governo.

Mas não puderam entrevistar ninguém, muito menos o Kadafi...

E nós só soubemos disso porque o embaixador do Brasil, uma figura simpaticíssima, uma noite nos convidou para a Embaixada e, ali, nos ofereceu um uísque de não sei quantos anos (guardado a sete chaves num cofre), que Manse e Belo acharam delicioso.

Claro que eu também bebi um gole, apesar de detestar uísque.

Seja de que marca for, de que ano for.

Sempre me lembrou o gosto de iodo.

Evidentemente não faria uma desfeita ao embaixador tão solícito.

Não estalei a língua porque aí seria demais.

Antes de nos despedirmos, o embaixador nos ofereceu um litro de  leite para cada um, pois segundo ele o leite disfarçaria o nosso hálito.

Na porta, perguntei ao embaixador se ele poderia nos dar um depoimento.

“O Kadafi é um Gênio”, respondeu.

Surpreso, perguntei.

O senhor considera o Kadafi um Gênio?

Sim! Um Gênio!


A Líbia que eu conheci - 2


A bela Tripoli antes da invasão dos Estados Unidos e da OTAN

Estamos em Tripoli, ano 1979.

Esta noite quase não consegui pegar no sono.

No hotel onde estava hospedado, alem dos diplomatas e alguns jornalistas, estavam também delegações de países africanos de língua portuguesa.

Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, etc.

E foram eles que não me deixaram pegar no sono já que, sabendo que eu teria um encontro com Kadafi no dia seguinte, queriam que eu lhe pedisse mais explicações sobre o socialismo Líbio.

Disseram que nunca haviam visto algo igual. Nem mesmo em livros.

Ficaram admirados com a Lei do Colchão (veja post abaixo), com a assistência medica, remédios e educação tudo gratuito.

E pelo fato de ninguém ser obrigado a trabalhar na Líbia e mesmo assim receber uma remuneração “ fantástica”  no dizer de um angolano.

Prometi que tentaria obter uma resposta, desde que, de fato, eu conseguisse falar com Kadafi, por saber  que ele era imprevisível e não poucas vezes deixou jornalistas aguardando ad infinitum.

Antes, preciso esclarecer que as portas dos apartamentos dos hotéis não possuíam fechaduras.

Por isso todos podiam entrar no apartamento de todos razão pela qual nossos apartamentos eram sempre “visitados”.

Perguntei ao gerente do hotel a razão da falta de fechaduras.

Respondeu que na Líbia não havia ladrões como na “época da colonização italiana e por isso as fechaduras eram prescindíveis”.

Mas um diplomata me esclareceu que a falta de fechaduras era para que os “fiscais” do governo pudessem entrar a qualquer hora do dia ou da noite para ver se não havia mulheres “convidadas” nos apartamentos.

“Porque, prosseguiu o diplomata, os líbios até hoje falam que durante a colonização italiana e o reinado de Idris, os hotéis serviam apenas para orgias”.

No dia seguinte me preparo para o encontro com Kadafi.

Manse, com a sua câmera e Belo com seu gravador Nagra me aguardavam ao lado do elevador.

Com cara de sono, reclamaram que seus apartamentos foram “penetrados” umas três vezes de madrugada e foi um susto só.

O carro enviado pelo governo nos esperava na entrada, mas Manse queria tomar mais um cafezinho.

Entrei no carro e aguardei.

Cinco minutos depois Luis Manse, com sua inseparável câmera chegava sozinho.

Perguntei pelo Belo, ele disse que o imaginava comigo.

Perguntei ao nosso acompanhante se ele havia visto o nosso companheiro.

Imediatamente ele foi à portaria perguntar.

Um rapaz simpático respondeu que tinha visto Belo acompanhado por dois policiais uniformizados a caminho da praça que ficava a uns cinqüenta metros do hotel.

Fiquei preocupado, imaginando o pior.

Jornalista acompanhado por policiais no Brasil nunca era um bom augúrio.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011


A Líbia que eu conheci - 1

Nelson Mandela assim que foi libertado foi agradecer a Kadafi o seu apoio ao povo sul-africano contra o regime do aparheid.

Estive na Líbia em setembro de 1979, por ocasião do décimo aniversario da Revolução que levou Kadafi ao poder.

Me acompanharam na ocasião o cinegrafista Luis Manse e o operador de Nagra Nelson Belo, Belo ( por onde andarão?).

Estávamos ali pelo Globo Repórter, do qual eu era o diretor em São Paulo.

Primeira surpresa. O hotel, para onde o governo nos enviou, estava totalmente ocupado por diplomatas.

Perguntei ao embaixador do Brasil a razão dessa concentração.

 A resposta me surpreendeu ainda mais.

Na Líbia de Kadafi, os aluguéis estavam proibidos.

Os líbios que não tivessem casa, era só solicitar que o governo imediatamente providenciava a construção de uma.

O pais era um imenso canteiro de obras.

E mais: Uma lei em vigor, A LEI DO COLCHÃO, determinava que, qualquer cidadão líbio que soubesse da existência de casa alugada, era só atirar um colchão no quintal que a casa passava a ser sua.

Inúmeras embaixadas sofreram com essa lei já que foram ocupadas por líbios.

O próprio embaixador me contou na ocasião que a embaixada brasileira não ficou imune a essa lei.

Um motorista líbio que ali trabalhava informou a um amigo que ainda não tinha casa, que a embaixada do Brasil era alugada.

Imediatamente esse amigo atirou um colchão e reivindicou a propriedade( uma mansão que pertencia a um italiano que retornou à Itália apos a subida ao poder de Kadafi).

O governo líbio precisou intervir para evitar maiores dissabores.

O Brasil acabou ganhando a embaixada e o líbio uma casa nova.

Isto tudo aconteceu na década de 70, quando a Líbia era uma potência riquíssima, com apenas 3 milhões de habitantes, em quase 1.800.000 quilômetros quadrados.

Os líbios, por lei, eram proibidos de trabalhar como empregados de estrangeiros.

O líbio que não quisesse trabalhar recebia o equivalente, valores de hoje, a cerca de  7 mil dólares por mês.

E mais: médico, hospital e remédios era tudo de graça.

Ninguém pagava escola e o líbio que quisesse aperfeiçoar seus estudos fora do país ganhava uma substancial bolsa.

Conheci muitos desses líbios na França, Itália, Espanha e Alemanha, e outros países onde estive como jornalista.



Veja quem ganha e quem perde na troca de prisioneiros palestinos pelo militar israelense

Colono judeu atira vinho em idosa palestina

 Ganham o Hamas, Síria, Iran, Rússia, China e o Hizbullah.

Perdem os Estados Unidos e seus satélites europeus, Israel e Arábia Saudita.

Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Nacional Palestina não perde e nem ganha.

A troca foi um jogo de xadrez mal calculado pelos dirigentes sionistas.

Com a troca, Israel esperava desqualificar Abbas como interlocutor  em sua determinação pelo reconhecimento do Estado Palestino na ONU.

Para Israel, de acordo com o raciocínio tacanho de seus dirigentes, isso seria um golpe mortal.

Justiça feita aos Estados Unidos.

Em nenhum momento eles apoiaram a troca, mas nada fizeram para impedi-la.

Porque eles também precisavam desqualificar o dirigente palestino.

Mas temiam fortalecer o Hamas.

Ao que tudo indica nem Israel e nem Estados Unidos percebem as mudanças que vêem ocorrendo no mundo diariamente.

O problema para os palestinos agora são os colonos euro-sionistas que invadem suas terras,  avançando fortemente armados.

Com apoio dos militares que lhes fornecem armas e treinamento.

Não sem receio, é verdade.

Temem ser capturados para servir de moeda de troca.

E por que não?

Embaixador de Israel no Brasil  perde a oportunidade de ficar calado


             Idosa palestina sendo agredida por adolescentes judeus

Quando todos ensaiam a palavra paz, eis que o embaixador de Israel no Brasil resolve partir para a provocação   AQUI.

Não ficou nada satisfeito com a troca dos prisioneiros palestinos seqüestrados pelo exército de Israel pelo soldado Gilad Shalit.

Quem tiver tempo e analisar as entrelinhas da entrevista do dito cujo à Folha de S.Paulo vai ficar indignado com as provocações.

Fala em terrorismo e ameaça até o Brasil na eventualidade de um dos libertados vir a residir aqui, já que é casado com brasileira.

O estranho nisso é que a sua interlocutora em nenhum momento assume a função de jornalista.

Contenta-se em apenas ouvir o que, para bom entendedor, significa que ela e seu jornal endossam suas palavras.

Ela sequer se preocupa em cobrar dele uma mentira clamorosa quando ele cita um suposto provérbio judeu que, na verdade, é um trecho do Alcorão.

“Quem salva uma vida salva a humanidade”.

Mas convenhamos, é exigir muito dessa “jornalista” o conhecimento de qualquer livro sagrado.

Ainda mais o Alcorão.

Enfim, esse é o jornalismo que nós temos.

Ao invés de informar, agride, desinforma e confunde.

Um embaixador dessa espécie é uma afronta ao Brasil.


Vamos esclarecer duas coisas


      1-Os palestinos que estavam nos cárceres israelenses não foram capturados, mas seqüestrados.
Eles foram presos na palestina, invadida pelas tropas sionistas.


2-O primeiro grupo de prisioneiros palestinos libertados, o foi por uma razão simples. 

Eles não estavam tão maltratados.

O segundo grupo será libertado assim que se recuperar das torturas.

Ao contrário, o soldado de Israel Gilad Shalit está em excelentes condições físicas e psicológicas.

E se você prestar atenção nas primeiras imagens, verá que os oficiais que o receberam em nenhum momento sorriem.(Assista abaixo).

Eles esperavam ver um prisioneiro em frangalhos.

E não adianta a mídia tentar ignorar esses fatos, pois quem viveu sob a ditadura sabe como eram tratados os prisioneiros.

E isso posso testemunhar porque fui uma de suas vítimas.

Dito isso, sinceramente espero que os governantes de Israel recuperem a razão e passem a viver em harmonia com seus vizinhos.

Nada, absolutamente nada justifica a violência.

Venha de onde vier e parta de quem partir.

Mas não podemos ignorar que existem dois tipos de violência.

A do opressor e a do oprimido.

A do opressor nem merece comentários.

A do oprimido se justifica porque é um ato de libertação.

Israel deve aproveitar essa oportunidade e assumir que é um estado asiático cercado por vizinhos asiáticos.

Os não satisfeitos que retornem a seus países.

E dêem uma chance para a paz.

A humanidade agradece.


Justiça de Israel rejeita as petições

A  Suprema Corte de Israel acaba de rejeitar as 4 petições 
Contrarias ao acordo de troca de prisioneiros palestinos pelo soldado de Israel Gilad Shalit.

A informação é do jornal israelense Haaretz AQUI.

De acordo com o jornal, troca deverá se dar imediatamente.

Resta saber se os colonos vão cumprir com sua promessa de interceptar os ônibus e assassinar os palestinos.

Ou se o governo de Israel vai, de fato, honrar o acordo.

Os nazistas de ontem são os sionistas de hoje
.
Criança palestina sob as botas do soldado sionista. A mãe e o bebê foram golpeados

No dia 10 de novembro de 1975, a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 3379 decretando que o sionismo é uma forma de racismo.

A aprovação contou, inclusive, com o voto do governo brasileiro.

Anos mais tarde, por exigência dos Estados Unidos, a ONU, temendo ficar sem o dinheiro americano revogou vergonhosamente o decreto.

Israel era sócio preferencial do regime do aparheid que governava a África do Sul, fato que Nelson Mandela jamais perdoou.
Uma foto vale por mil palavras

 Aliás, você já deve estar se perguntando porque a mídia corporativa não fala mais de Mandela.

Simples.

Ele foi uma das primeiras vozes a condenar o genocídio contra o povo palestino, libanês e iraquiano.

Mandela continua a acusar Israel de racismo.


E a mídia continua fingindo que ele não existe.


Assim como vem fazendo com o bispo Desmond Tutu, Gabriel Garcia Marquez e o falecido José Saramago.


Prisioneiros palestinos em Israel: a “Guerra das Barrigas Vazias”

No silêncio geral, o som da queda de Jamal Hassan em sua cela na Prisão Shatta em Israel soou muito alto, na tarde da 6ª-feira. Quando os guardas abriram a cela, encontraram-no caído, com sangue na cabeça e inconsciente. Jamal foi levado a um hospital próximo. 31 anos, Jamal é um das centenas de prisioneiros palestinos que há nas prisões de Israel que, há 18 dias iniciaram greve de fome para protestar contra as terríveis condições a que são submetidos todos os prisioneiros. Entre outras medidas punitivas, inclui-se uma longa série de procedimentos ordenados recentemente pelo gabinete de Binyamin Netanyahu, como tentativa para pressionar o Hamás a apressar a troca de prisioneiros e desistir de suas exigências para devolver o soldado Gilad Shalit, capturado em combate (não ‘sequestrado’, como dizem os jornais ‘livres’).



Hassan, que cumpre prisão perpétua, não resistiu à desnutrição, à sede e ao confinamento em solitária. As autoridades de Israel não estão distribuindo informações sobre seu estado de saúde, enquanto fontes palestinas dizem que os israelenses estão ocultando o fato de que transferiram grande número de prisioneiros palestinos para hospitais, preocupados com a possibilidade de que notícias sobre as condições dos palestinos nas prisões israelenses desencadeie reação de indignação entre a população palestina.



Entre as medidas punitivas ordenadas por Netanyaju contra prisioneiros palestinos estão a transferência dos principais líderes para celas (de fato, são jaulas) solitárias que medem 1mx1m e 50cm de altura, onde têm de dormir, comer e fazer suas necessidades. Os israelenses também limitam os tipos de alimento servido aos prisioneiros, impedem-nos de deixar as celas e aumentaram o número de revistas (os prisioneiros são obrigados a despir-se, sob o pretexto de que poderiam esconder armas). Os prisioneiros estão sendo torturados por esquadrões especialmente treinados para tortura.



Fontes disseram a Al-Ahram Weekly  que Israel está usando uma tática de ‘porrete e cenoura’ com os prisioneiros mais importantes, aumentando a tortura e os maus tratos e, simultaneamente, facilitando o contato entre eles e o Hamás, tentando fazê-los pressionar o Hamás para que reduza as exigências para devolver Shalit, em troca de melhor tratamento aos prisioneiros.



Líderes dos prisioneiros palestinos disseram que os guardas da polícia política israelense têm treinameno especial e são excepcionalmente brutais com os detentos, porque os líderes mais destacados não apenas não aceitaram o que lhes oferecem as autoridades da prisão, como, também, exigiram que o Hamás não ceda em nenhuma das exigências que fez para devolver o soldado israelense capturado em combate. Entre as exigências do Hamás estão a libertação de todos os prisioneiros condenados a penas perpétuas, além de todas as mulheres, todas as crianças e todos os doentes.



Essa ação dos líderes presos fez aumentar ainda mais a agressão aos prisioneiros. Os que estão em greve de fome só estavam ingerindo água salgada, mas, agora, as autoridades israelenses proibiram o sal nas prisões. Os prisioneiros não recebem roupas para trocar e são obrigados a cobrir-se com trapos sujos, mais uma tática de tortura, para pressioná-los psicologicamente.



Em resposta, os prisioneiros palestinos têm-se recusado a usar os uniformes distribuídos nas prisões, não saem das celas quando são convocadas as revistas gerais e interromperam qualquer contato com a administração das prisões. Os prisioneiros palestinos chamam sua luta contra a violência do estado judeu de “Guerra das Barrigas Vazias”.



Líderes de prisioneiros dizem que respondem à política de violência e opressão do estado judeu, resistindo à fome, à sede e ao confinamento em celas solitárias. Dizem que, se nem assim o estado judeu suspender as medidas ilegais e desumanas contra os prisioneiros palestinos, manterão até a morte a atual greve de fome.



Fontes disseram a nossos jornalistas que os líderes dos prisioneiros palestinos adiaram o anúncio da greve de fome, para que não coincidisse com a missão dos palestinos à ONU pelo reconhecimento do estado da Palestina. Temiam que sua luta tivesse efeito negativo com vistas àquele objetivo. As fontes dizem que as novas medidas excepcionalmente violentas contra os líderes políticos presos, e a decisão do estado judeu de expandir o confinamento em celas solitárias convenceu os prisioneiros a iniciar imediatamente a greve de fome.



As mesmas fontes disseram a esse jornal que os primeiros a iniciar greve de fome foram Ahmed Saadat, secretário-geral da Frente Popular [ing. Popular Front for the Liberation of Palestine (PFLP)], e Jamal Abu Al-Heja, destacado membro do Hamás, ambos cumprindo pena de prisão perpétua. Há três anos, ambos foram postos em celas especiais, sem qualquer contato com o mundo exterior. As fontes dizem que Saadat e Al-Heja distribuíram mensagem na 5ª-feira, destacando a importância de a greve de fome ser mantida até que as forças de ocupação israelenses aceitem todas as exigências dos prisioneiros palestinos, inclusive o fim do confinamento em celas solitárias.



As mesmas fontes acrescentaram que as autoridades da prisão isolam qualquer prisioneiro que entre em greve de fome e, depois, formam comissões para negociar com o prisioneiro o fim do jejum. Há informes também de que as autoridades israelenses foram surpreendidas pelo fato de que todos os prisioneiros palestinos, em várias prisões, apresentaram exatamente as mesmas exigências. O grupo ADDAMEER – associação para defesa de direitos humanos e apoio a prisioneiros – disse que, agora, as autoridades prisionais em Israel começaram a promover sessões coletivas de espancamento e tortura, na tentativa de abalar a moral dos presos.



O ministro palestino para Prisioneiros Detidos e Libertados, Eissa Qaraqa, disse que “a Guerra das Barrigas Vazias visa a ala mais extremista do governo direitista de Netanyahu e a Autoridade Prisional de Israel. Qaraqa disse que a luta continuará até que todas as exigências dos prisioneiros sejam atendidas. “Se a força ocupante não suspender as medidas de tortura, a luta contra a ocupação não mais poderá ser contida dentro dos muros das prisões de Israel” – disse ele. – “E chegará à rua palestina”. 



Os palestinos têm organizado dezenas de manifestações de protesto em solidariedade com os familiares presos em Israel, e vários palestinos também já iniciaram greve de fome em apoio aos prisioneiros. Representantes de todos os grupos políticos palestinos montaram tendas à frente das instalações da Cruz Vermelha, para manifestar solidariedade com os prisioneiros.


Sherine Iraqi, advogada do Ministério Palestino para Prisioneiros, disse que os detentos com os quais teve contato levavam algemas nos pulsos e nos tornozelos e que, na prisão de Shatta, são revistados despidos sempre que são levados de uma parte a outra da prisão. Iraqi disse também que já são críticas as condições de saúde de vários dos prisioneiros em greve de fome.



O Hamás convocou seus grupos de resistência a aumentar as ações contra a ocupação israelense, como resposta ao que descreveu como “crimes contra prisioneiros”. 


“Cercados pelo silêncio omisso da comunidade internacional e pela fraqueza de árabes e islâmicos, defenderemos nós mesmos os prisioneiros palestinos que estão sendo sacrificados nas prisões de Israel e continuaremos a resistir contra a ocupação, em todos os lugares” – disse Khalil Al-Hayya, importante figura do Hamás, em enorme marcha organizada pelo Hamás em Gaza, na tarde de 6ª-feira, de solidariedade com o movimento dos prisioneiros. “Não descansaremos até termos libertado todos os nossos companheiros que hoje sofrem nas jaulas da ocupação.” 



Al-Hayya disse que só a resistência, em todas as suas modalidades, conseguirá salvar os cidadãos prisioneiros, proteger os cidadãos livres, salvaguardar a dignidade de todos e defender os homens e mulheres e crianças cuja dignidade, direito à vida e propriedades são violados pela ocupação israelense. “Em resposta à arrogância da ocupação, que viola direitos humanos básicos de nossos companheiros, manteremos nossa resistência e faremos processar todos os israelenses culpados de crimes de guerra. Mais cedo ou mais tarde, todos eles pagarão por seus crimes” – disse Al-Hayya.



O Hamás considera Israel responsável pela vida dos 7.000 prisioneiros que estão em greve de fome na “Guerra das Barrigas Vazias”, e convocou o povo palestino a cerrar fileiras e unir-se na defesa dos prisioneiros. Al-Hayya também convocou os povos livres do mundo e todos os cidadãos árabes a dar prioridade à luta para salvar os prisioneiros palestinos torturados nas prisões israelenses – “para que Israel saiba que os prisioneiros palestinos não estão sozinhos”.



Milhares de prisioneiros palestinos enfrentam hoje a violência da máquina israelense de opressão. Contam com os palestinos da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e da Diáspora, que não os podem abandonar ao próprio destino. Contam também com que a consciência do mundo acabará por despertar e ver, afinal, esse sofrimento inadmissível.


Presos e arrebentados



Para os saudosos da ditadura o vídeo abaixo provoca orgasmo.

E para a mídia corporativa êxtase.

E quem acha que a violência policial nos Estados Unidos é novidade, trate de abrir os olhos.

Eles sempre foram violentos, mas graças a indústria de informação e de entretenimento essa violência passa ao largo.

A máxima “ o que os olhos não vêem o coração na sente” faz parte do primeiro mandamento do sistema.

O Ocupe Wall Street  tornou-se um rastilho.

Alastra-se pelo planeta e não tem data de validade.

São centenas de cidades, dezenas de países que saem  às ruas e praças em todo o mundo para protestar.

Um protesto válido contra o sistema e seus parasitas.

O fim está próximo.

Falta apenas um traço de união, uma palavra de ordem, para que a humanidade caminhe para a Aurora da História.
Fonte: Blog George Bourdoukan

Como surgiu a Líbia e onde fica?

História da Eritreia


Soldados da ONU patrulham a zonas fronteiriça entre a Eritreia e a Etiópia
A história pré-colonial da zona onde fica a Eritreia não é muito conhecida. Os primeiros vestígios de povoamento no que é hoje Eritreia têm mais de 120 000 anos de idade e se caracterizam por ferramentas de pedra encontradas nas zonas litorâneas do Mar Vermelho e pinturas nas cavernas do nordeste do país em Rora Habab.

Origens

Os primeiros povos que habitavam e ainda habitam a região são os povos nilóticos que são representados hoje pelos grupos étnicos de Kunama e Nara no oeste da Eritréia. Tinham ligações com as civilizações do Egipto e Núbia e alguns desses povos praticam ainda a sua antiga religião animista.
A segunda onda de migração consistia dos primeiros povos cuchitas de Eritreia que são representados hoje pelos grupos étnicos dos Afar e Saho. Não se sabe exatamente quando chegaram à zona que habitam hoje, mas é evidente que já moravam lá antes de chegar a próxima onda migratória. Nos documentos históricos de Egipto e seus explorações ultramarinas durante o reino do rei Suhure e a rainha Hatshepsut entre 2500 a.C. e 1500 a.C., fala-se dum reino que se chamava Punt pela costa meridional do Mar Vermelho, supostamente pela costa da Eritreia, Djibouti, Somalilândia e Somália que produzia muito olíbano e mirra.
A terceira onda de migração começou nos anos 1000 a.C. desde o sul da península da Arábia pelos povos semíticos do antigo reino de Sabá. Estabeleceram povoados e cidades pela costa da Eritreia principalmente o porto de Adulis na baía de Zula pelo Mar Vermelho. O povo de Sabá junto com os povos cuchíticos e nilóticos que habitavam a região se uniram e criaram uma civilização, o reino de Axum cuja capital (com o mesmo nome) fica ainda a 40 km ao sul da fronteira entre Eritreia e o norte da Etiópia. A herança daquela civilização Axumita na região é evidente na Eritreia não só pelo sistema alfabético dos Axumitas chamado ge'ez que ainda se usa em Eritreia para escrever principalmente as línguas Tigré e tigrina.
A língua ge'ez mesmo era a mesma dos axumitas e sobrevive ainda na Igreja Ortodoxa da Eritreia como língua litúrgica. O cristianismo chegou ao reino de Axum no século IV do império Bizantino. Os grupos étnicos dos Biher-Tigrinha e Tigre na Eritreia falam idiomas que são descendentes do ge'ez.

Invasão Islâmica

O reino de Axum deixou de existir no século X com a chegada da penúltima onda de migração à Eritreia, dos povos islâmicos Beja que ainda habitam o norte e noroeste do país (a tribo Hedareb) e dos árabes que ainda habitam a costa setentrional do país (a tribo Rashaida). Os poderes islâmicos, principalmente os árabes e logo os turcos estabeleceram relações com os reinos e sultanatos islâmicos locais que surgiram na região depois da era Axumita. No sudeste da Eritreia reinava o sultanato Adal sob os povos Afar (e Somali em Djibuti, Somália e Somalilândia), em quanto no norte e nordeste da Eritreia e Sudão, os Beja controlavam a terra como nômades guerreiros islâmicos. Os Beja usavam o idioma de Tigré (o idioma da maioria do povo) para governar a zona e chamavam o seu domínio Medri Bahri (a terra do mar), dividindo-o em 5 "condados".
O povo no altiplano da Eritreia permaneceram cristãos ficando sob influência dos reinos da Abissínia que eram herdeiros do reino Axumita. Mesmo assim o povo cristão ao norte do rio Mereb (fronteira natural entre Eritreia e Etiópia) era distinto do povo ao sul do mesmo rio. O altiplano da Eritreia se chamava então "Mereb Mellash" (que significa além do Rio Mereb em amárico, povo que então dominava a Abissínia) e também "Bahre Negash" (o reino do Mar). O povo local não reconhecia a autoridade de reis nem príncipes ou condes da Abissínia e não praticavam tanto o feudalismo. A autoridade consistia em conselhos de distritos e aldeias com as suas próprias leis enquanto a terra pertencia ao povo e à igreja.
No século XIII, durante e depois a queda da dinastia Zagwe de Abissínia, chegou a última onda de migração de abissínios ao altiplano da Eritreia, um povo cuchítico que dominara os tronos da Abissínia (adotando a sua cultura). São representados hoje em Eritreia pelo grupo étnico dos bilen que vivem no planalto que cerca a cidade de Keren.
No séculos XVI, o reino dos otomanos e seus vassalos árabes estabeleceram controle direito sob a costa setentrional da Eritreia e construíam a cidade de Maçuá (o porto principal da Eritreia) com prédios de corais. Ficaram até os finais do século XIX quando chegaram os italianos para criar a colónia da Eritreia.

Domínio colonial italiano e britânico


Mapa do império colonial italiano na África (1936 - 1941), que incluía Eritréia, Somalia e Etiópia
A Eritreia como território foi criado pela Itália em 1 de Janeiro de 1890 e foi então que recebeu o seu nome 'Eritréia' que vem do antigo nome em latim do Mar Vermelho: Mare Erythraeum. Os italianos ficaram quase cinqüenta anos, desde os finais do século XIX até 1941. Nos últimos anos de colonização, a Itália fascista estabeleceu léis de segregação racista. Mesmo assim, esse sistema não durou muito tempo.
Pouco depois, a Itália vinha sofrendo derrotas na Segunda Guerra Mundial e perdeu também as suas colónias para os aliados, inclusindo a Eritreia que veio a ser protectorado da Grã-Bretanha desde 1941 até 1952. O período colonial na Eritreia deixou uma herança cultural, na arquitectura das cidades, na religião do catolicismo, na influência italiana do vocabulário local, hábitos e estilo de vida das áreas urbanizadas e uma herança económica e política na infraestrutura, indústria e administração modernas.

Independência

Depois de um tempo de protectorado britânico, a ONU decidiu fazer de Eritreia um país autônomo, federado com a Etiópia. O povo da Eritreia não concordava. A federação durou apenas 9 anos até 1961 quando o rei da Etiópia fechou o parlamento da Eritreia e iniciou uma campanha para exterminar toda a resistência na Eritreia contra a união com a Etiópia. A guerra pela independência começou.
O primeiro movimento que começou a lutar pela independência da Eritreia era a FLE (Frente pela Libertação da Eritreia) que era dominado por líderes islâmicos e conservadores. Por tanto tinha o apoio dos países do Oriente Médio, enquanto a Etiópia tinha um acordo de seguridade com os Estados Unidos dando-lhes uma base militar na Eritreia (então ocupada pela Etiópia). Nos anos setenta, a Etiópia experimentou uma revolução comunista e veio a receber apoio da União Soviética e os outros países comunistas. Na Eritreia, o movimento de resistência tinha muitos problemas internos, dando início a uma luta interna resultando na criação de vários movimentos rivais. Dessas surgiu o FPLE (Frente Popular pela Libertação da Eritreia), que era mais socialista e argumentava a favor dum movimento que melhor representa o povo e que podia uni-lo melhor, cristãos com muçulmanos, homens com mulheres. A FPLE ganhou a luta interna e veio a dominar a luta pela independência até o seu fim em 24 de Maio de 1991, quando os seus soldados entraram na cidade capital da Eritreia conseguindo o controle total sobre o país. Cooperando com a resistência da Etiópia contra o governo comunista desse país, derrotaram também o governo comunista da Etiópia. A FPLE decidiu então a tomar dois anos para organizar um referendo para dar o povo da Eritreia a oportunidade de praticar o seu direito de auto-determinação. Em Abril de 1993, o povo votou no primeiro referendo livre da Eritreia, decidindo a maioria pela independência. Com o resultado, o governo declarou a independência do país no 24 de Maio de 1993.
Desde a independência formal da Eritreia em 1993, até 5 anos depois, os governos da Eritreia e Etiópia tinham uma relação muito boa de cooperação e apoio mútuo, no qual Eritreia continuou a usar a moeda corrente da Etiópia e a dar o seu vizinho acesso livre aos seus portos. É possível dizer que Eritreia era então só nomeadamente independente e ainda sob a influência da Etiópia. Por tanto a fronteira entre os dois países, aínda que não era claramente delineada, não importava muito a nenhum dos dois países.
Em 1997, Eritreia estabeleceu a sua própria constituição e pouco depois a sua própria moeda corrente também (previamente o birr da Etiópia e agora a nakfa). Eritreia decidiu que para a Etiópia continuar pagando birr para serviços portuários e outros exportações da Eritreia , teriam de aceitar pagamentos da Eritreia em nakfa e com o mesmo câmbio (um nakfa por um birr). A Etiópia rejeitou a proposta e o comércio entre os dois países foi "dolarizado" pela decisão do primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi.
A fronteira da Etiópia e da Eritreia, e a própria independência da Eritreia, voltou a repentemente ser uma coisa de significado muito importante para os dois países. Em Maio de 1998, a guerra de fronteiras entre a Eritreia e Etiópia começou principalmente pela aldeia de Badme.
Depois de mais de 100 000 mortos e mais feridos e uma grande destruição na zona fronteiriça, a guerra acabou em 2000 com o acordo de paz de Argel. O acordo de Argel indica que os dois países devem deixar a ONU patrulhar a fronteira e permitir um tribunal independente determinar e delinear a fronteira. Os dois países concordaram e o Tribunal Internacional de Justiça em Haia determinou em Abril de 2002, que a aldeia de Badme pertence a Eritreia.
A Eritreia aceitou toda a decisão do tribunal mas a Etiópia rejeitou-a e ainda ocupa grande parte do território eritreu pelo frente dos soldados da ONU.
Fonte: Wikipédia



Nome Oficial: Grande Jamahira Árabe Popular Socialista da Líbia (Jamahiriya al-'Arabiya al-Libiya ash-sha'biya al-ishtirakiya)
Capital de Líbia: Trípoli
Área: 1.759.540 km² (17º maior)
População: 5.670.688 (2006)
Idioma Oficial: Árabe
Moeda: Dinar
Nacionalidade: Líbia
Principais Cidades: Trípoli, Benghazi, Misratah, Az Zawiyah
Fonte: ww.webbusca.com.br
Líbia
Mesmo ao lado de destinos turísticos como a Tunísia e o Egipto, a Líbia permanece um mistério para os ocidentais. Durante décadas, as circunstâncias políticas esconderam dos nossos olhos um território de extraordinária beleza com uma história riquíssima. Finalmente, os que viajam sem medos nem preconceitos podem agora abrir estas portas de África.

LÍBIA - AS PORTAS DE ÁFRICA

Cheguei de noite, depois de uma “emocionante” viagem por terra desde a capital tunisina, num velho Peugeot a abarrotar com oito pessoas. Estes táxis colectivos, geralmente conduzidos por líbios, fazem a ligação Tunis - Tripoli em cerca de quinze horas, com paragens para comer e para tudo o mais que seja necessário.
Região de Akakus, Líbia
Região de Akakus, Líbia
Cheguei de noite e, como turista europeia, tinha o representante da agência à minha espera na fronteira para fazer o resto da viagem num automóvel confortável, que emitia sinais sonoros para avisar o condutor de cada vez que ultrapassava os 120 kms/hora. Para entrar na Líbia é necessário um convite para obter o visto. Logo, quem não tem amigos no país é obrigado a recorrer a uma agência de viagens que, para fornecer os seus serviços, trata de todas as formalidades e detalhes necessários à vinda do cliente, recebem-no à chegada e acompanham-no à partida.

PELO DESERTO DO SARA, LÍBIA

Na madrugada seguinte, guia e motorista chegavam de novo para me levar ao aeroporto e apresentar-me ao que seria o meu intérprete durante a viagem pelo deserto, a partir de Sahba. Voo curto, aterragem estremunhada, um outro motorista à espera, e a bagagem colocada num 4X4 carregado de bidões de gasolina que rumou de imediato para Tekerkiba. Só quando parámos junto à imensidão alaranjada das dunas, preparando-nos para passar a noite num acampamento entre aldeia e a areia, é que compreendi que estava na Líbia. A entrada tinha sido demasiado rápida e os transportes sucederam-se, arrastando consigo aquela sensação de beatífica apatia que invade quem viaja sem comunicar, apreciando apenas as vistas das janelas do avião ou do automóvel. Não há choque cultural, mas também não há sensações.
A primeira semana passei-a no deserto, com um motorista que só falava árabe - e pouco - e um rapaz da cidade que era tão turista como eu, mas que servia de intérprete, cozinhava e levantava-me o moral nos dias de chuva, coisa indispensável para qualquer fotógrafo. Com eles percorri as dunas entre os lagos Dawada, avancei pelo deserto entre os montes Akakus, viajei até ao Wadi Matkandush. Sozinha seria impossível descobrir tanta pintura e gravura rupestre, tantas cores diferentes na areia das dunas, tantos rios sazonais (os wadis), não teria almoçado com tuaregues nem provado a tagila, pão cozido na areia. Choveu, fez sol, esteve calor de dia e muito frio de noite. As paisagens mais belas do Sara estão ali, no chamado “mar de areia” líbio.
Como se explicam aqueles montes calcinados em forma de torres, cogumelos e arcos, que saem de dunas amarelas ou cor-de-laranja? Que fenómenos geológicos resultam em tamanha surpresa, mais fácil de explicar com a palavra milagre? As cores mudam, da areia passamos a planaltos de pedra negra calcinada, daí para lagos debruados a palmeiras, rodeados por dunas gigantescas.
Dunas entre os lagos Dawada, Líbia
Dunas entre os lagos Dawada, Líbia
Embora as aldeias sazonais dos tuaregues, que não conhecem fronteiras como a da Argélia ou do Níger, sejam raras e muito espaçadas, a quantidade de gravuras nas rochas mostra não só que a zona foi habitada, mas que era também muito fértil, frequentada por pastores com os seus rebanhos e grupos de animais de savana, como elefantes, girafas e crocodilos. Que o deserto avança já todos sabemos, mas a transformação é tão fantástica que as preocupações ecológicas ficam para trás, e até nem parece grave que o resto do planeta fique assim, de uma beleza tão extrema e insólita.

GHADÁMES, SABRATHA E LEPTIS MAGNA

A minha viagem com a agência terminava em Tripoli, depois desta incursão do Sara. A seguir estava por minha conta, com um visto que me dava o tempo necessário para conhecer um pouco da Tripolitânia, a zona ocidental da Líbia. Foi com surpresa que encontrei o representante da agência à minha espera no hotel, logo na manhã seguinte.
Queria saber o que eu ia fazer a seguir.
Ruínas romanas de Leptis Magna, Líbia
Ruínas romanas de Leptis Magna, Líbia
Folheei o guia, falei-lhe vagamente do meu interesse por Ghadámes, pelas ruínas romanas de Sabratha e Leptis Magna, talvez a zona berbere de Jabal Nafusa, com os seus celeiros antigos espalhados pela montanha. Muito bem, é tudo muito bonito. Quando? Quando me apetecer, depois de visitar Tripoli e mudar para um hotel mais barato. O homem inquietava-se, queria saber datas, reservar-me carro e guia. E entrou decididamente em pânico quando lhe disse que não, que tencionava experimentar os transportes públicos, viajar com os líbios e não andar metida numa redoma de um lado para o outro, nem ficar em “prisão domiciliária” em Tripoli. ”E se te acontece alguma coisa? Os responsáveis somos nós!” O diálogo ficou mais vivo quando lhe perguntei o que é que me podia acontecer: ser roubada? Não, a Líbia é um país muito seguro. Ser atacada? Nem pensar, aqui respeitamos muito as mulheres. Então? Que mais pode acontecer a uma pessoa que viaja sozinha? Terei falta de imaginação?
A insistência foi tanta que acabei por ler nas entrelinhas, perceber o que nunca me disse: o receio não era pelo que me podia acontecer, mas pelo que aconteceria à agência se eu fizesse qualquer coisa de errado. Ir a algum lugar onde não podia estar, fotografar o que não pode ser fotografado. O último dos meus interesses é a política e, como fotógrafa, só procuro o que me agrada, não encontro em zonas militares, aeroportos, oleodutos e coisas afins um interesse mínimo que me leve a disparar. Procuro as diferenças culturais, não procuro os sintomas político-económicos dos países que visito. Tudo muito difícil de explicar a quem fala mal o inglês e não percebe como é que se pode viajar sem conhecer a língua do país. De qualquer modo, a única maneira de me travar os movimentos era mesmo prenderem-me ou expulsarem-me. Até lá, fui-lhe dizendo, vou andar por aí. E assim fiz.
Comprei o bilhete para Ghadamés na central de camionagem perto do hotel, onde um velhinho simpático de dente de ouro mexia com à vontade no computador e sabia algumas palavras de inglês. Saí de manhã e cheguei de tarde, já com o sol bem forte. Apesar das estradas serem boas e os autocarros também, não deixam de ser cerca de seiscentos e quarenta quilómetros e as respectivas paragens para comer. O sol brilhava na costa, aquecendo as enormes extensões de oliveiras, mas um nevoeiro frio esperava-nos no alto da Jabal (montanha) Nafusa.
Vista de Ghadamés
Vista de Ghadamés
Nas aldeias que passámos, os homens agasalhavam-se com uma espécie de toga romana, longa e branca, poisada na cabeça e atirada sobre um ombro. Maioritariamente berberes, os habitantes resistiram às invasões árabes e mantiveram diferenças culturais como a língua, os celeiros colectivos e as casas trogloditas, construídas nas falésias ou no subsolo, como faziam os vizinhos tunisinos em Matmata. Agora poucas sobram e só são abertas para turista ver. Celeiros ainda há vários, espalhados pelas montanhas, como em Nalut, Kabao ou Qsar Hajj. Hoje são atracções turísticas, mas deles já dependeu a vida das populações, que aqui guardavam a sua riqueza da cobiça dos invasores; as paredes exteriores são lisas e de aspecto inexpugnável, e apenas uma pequena porta dá acesso ao pátio rodeado pelos nichos onde se guarda os grãos, dispostos em três e quatro andares, acessíveis por escadinhas minúsculas.
Descida a montanha entra-se num deserto feio e ressequido, sem o romantismo das dunas do Sul. Nas paragens, como já ia sendo costume, só eu me expunha aos olhares curiosos dos homens para tentar arrancar uma sanduíche ou uns biscoitos nos pequenos cafés de beira de estrada. Embora nas cidades as mulheres trabalhem (sobretudo em empregos oficiais, como escolas, bancos ou correios), e circulem livremente nas ruas, fora do seu ambiente parecem ser mais reservadas e são os homens que levam as sanduíches e os refrescos à camioneta, na hora da fome. Não há problema nenhum em deixar a bagagem de mão poisada nos bancos, e a ninguém parece sequer ocorrer a ideia de sacar mais algum dinheiro a uma estrangeira solitária. Ninguém nos dirige a palavra, os olhares desviam-se com timidez ao primeiro contacto. Todos muito sérios.

A CIDADE-OÁSIS DE GHADAMÉS

Em Ghadamés, a história e a modernidade cruzam-se de maneira extraordinária. É uma cidade-oásis e foi ponto de paragem obrigatório para as caravanas de dromedários vindas do Sudão a caminho de Tripoli e da costa, com os seus carregamentos de escravos, ouro, penas de avestruz, marfim e peles, que se trocavam por contas e colares de vidro de Veneza, imitações de diamantes vindas de Paris e sedas. A abolição da escravatura fez com que no século XIX este comércio tivesse declinado, mas só terminou completamente com século XX. As tribos berberes de Ghadamés falam ghadamsi e sempre foram comerciantes, contando com a ajuda dos nómadas tuaregues para protecção das suas caravanas nas longas e perigosas viagens que faziam através do deserto. O seu domínio era este, uma cidade-fortaleza construída com troncos de palmeira e tijolos de adobe secos ao sol, cobertos de lama amassada com palha. Por fora parece um castelo alto e sem entradas, cujos tectos rasos são terraços, de esquinas arrebitadas em triângulos para afugentar os djinn, espíritos maléficos voadores. As janelas são furinhos minúsculos ao nível do segundo andar e as palmeiras quase escondem as paredes. Antes estava tudo cuidadosamente pintado de branco, mas agora, com o abandono progressivo a que foi sujeita, a cidade mostra a cor dos tijolos e há partes que caem em ruínas.
Quem chega, começa por ver apenas um casario alaranjado e moderno, ruas poeirentas e parabólicas com fartura. Há pelo menos dois postos de internet públicos. As mulheres passam de hejab, com vestidos ou túnicas modestas, como manda a lei islâmica, e lenço na cabeça; as mais tradicionais ainda cobrem a roupa com um tecido típico, de riscas garridas e prateadas. Os restaurantes da praça central perto do museu pertencem a argelinos e tunisinos, ávidos de trabalho e mais conhecedores de línguas estrangeiras do que a generalidade dos líbios. A cidade antiga fica metida no oásis, ao lado dos velhos cemitérios com os seus marabus de um branco ofuscante. Protegida pela UNESCO, é agora objecto de intensivas obras de recuperação.
Ghadamés, Líbia
Ghadamés, Líbia
Para a visitar pela primeira vez aconselha-se a ajuda de um guia, que explica todos os pormenores culturais que suscitaram semelhante obra arquitectónica. A sensação, depois de passar pelos arcos de qualquer das sete entradas e percorrer as ruelas curvilíneas ensombradas por palmeiras que levam ao casario, é a de penetrar numa gigantesca termiteira humana. As ruas são túneis frescos por onde a brisa do deserto é canalizada e arrefecida, a luz é mínima e tudo é pequeno: as portas, os degraus que levam às casas, as divisões. Até a decoração com espelhos, objectos de cobre e desenhos naifs feitos com pinceladas vermelhas lembra a de uma casa de bonecas. A luz, que no deserto significa calor, só entra por uma pequena clarabóia e reflecte-se depois nos pequenos espelhos pendurados nas paredes; a cozinha fica no terraço, zona exclusiva das mulheres, que só podiam sair de madrugada ou ao entardecer, mas durante o dia percorriam a aldeia toda caminhando pelos terraços que ligam todas as casas do aglomerado.
As duas tribos berberes que aqui habitam, os Ben Oualid e os Ben Ouazit, viviam em zonas separadas delimitadas por marcas nas paredes, embora circulassem livremente e casassem entre si. O ponto de encontro era a praça entre as duas grandes mesquitas (uma para cada tribo), onde uma curiosa clepsidra, controlada por um homem cuja função era ir enchendo o recipiente da água, marcava as horas de rega para cada quintal. Hoje a cidade já não é habitada e as duas tribos juntaram-se a uma terceira, que vivia fora das portas de Ghadamés. Os materiais de construção tradicionais não permitem sequer a canalização de água ou esgotos, e as casas desinteressantes mas modernas que vemos à chegada são agora a Ghadamés viva, enquanto a outra se transformou num museu e jardim de recreio. Mas à hora do calor os mais velhos gostam de vir aqui fazer a sua sesta, gozando a brisa nos bancos das ruelas, às sextas-feiras costumam ir às antigas mesquitas, e nenhuma família parece ter deixado de cultivar os seus jardins de oásis, de onde saem óptimas tâmaras, citrinos, romãs, damascos, tomates, e onde mantêm uma meia-dúzia de cabras e ovelhas alimentadas com o pasto que se faz crescer à sombra das palmeiras.
O meu guia, Mohamed de sua graça, teve vergonha de me dizer o preço de uma excelente manhã de explicações e visitas; tive de usar como intermediário o rapaz da recepção do hotel, que fez o favor de lhe arrancar um “que pague o que quiser”. Mais tarde, quando contratei um 4X4 para visitar as ruínas do forte romano de Qasr al Ghul, o condutor também não foi capaz de me dizer o preço da viagem - e voltei a recorrer ao rapaz do hotel. E por mais duas vezes, enquanto passeava pela cidade antiga, fui abordada por guias que falavam inglês e que insistiram em acompanhar-me, abrir-me a porta de outras casas e tornar a explicar-me os detalhes culturais da cidade, apesar de lhes dizer que já tinha feito uma visita guiada, só pretendia fotografar. “Mas ele explicou-lhe como se constroem os arcos?” ou “Então venha só ver o meu quintal”, foram as introduções para mais duas manhãs nos túneis frescos da cidade antiga, visitas a casas, conversas nos terraços, cumprimentos às cabras e duas laranjas colocadas na mão com um sorriso. De dinheiro, nem falar.
Forte berbere de Qsar Hajj, Líbia
Forte berbere de Qsar Hajj, Líbia
Aliás, a relação dos líbios com o dinheiro pareceu-me bastante curiosa. Acostumados que estamos aos países do Norte de África, onde qualquer miúdo começa a dar explicações sem avisar, e no fim se intitula de guia e pretende ser pago, não podemos deixar de nos surpreender com esta modéstia. Acho que é o único país que conheço onde um taxista me anunciou o seu preço com um “está bem para si?” meio envergonhado. As grandes necessidades, como alimentação, habitação e educação, são providas ou, pelo menos, facilitadas pelo governo. Há subsídios para viúvas e divorciadas com filhos e os velhinhos ainda podem contar com a família. A livre iniciativa empresarial vai de vento em popa, com lojas e agências privadas a aparecerem cada vez mais, e trabalho - que é coisa que os líbios confessam, risonhos, que não gostam muito -, também parece não faltar. Até sobra para os vizinhos pobres, como os egípcios, os marroquinos e os tunisinos, para não falar da verdadeira “invasão” de nigerianos, ganeses e outros imigrantes da África subsariana que, aproveitando os apelos à união africana feitos pelo presidente Khadafi, têm aproveitado para se vir instalar, pelo menos sazonalmente, no seu vizinho rico. Dado o panorama e não sendo ganancioso, o povo acha-se bem. Basta uma casinha que até nos parece modesta, um carro que até nos parece uma antiguidade, ter de comer e vestir confortavelmente, e temos um líbio feliz. Parece que o dinheiro se colecciona só para as orgias de ouro e comida que são os casamentos no Norte do país, ou para uma necessidade. E apesar das queixas que sempre se ouvem, aqui como em todo o lado do mundo, numa coisa os líbios parecem estar de acordo: a situação está muito melhor agora e, aparentemente, continua a melhorar. Conhecem algum povo assim tão optimista? Imaginam os portugueses a comentar que as coisas estão a ficar melhor depois de trinta e quatro anos de governo do José Sócrates?

REGRESSO À TRIPOLI, CAPITAL LÍBIA

De volta a Tripoli, a cidade acolheu-me com os seus prédios feios, trânsito agressivo, e uma série de confortos urbanos: esplanadas junto ao mar, um excelente museu, a medina bem viva e uma fantástica fusão gastronómica. É possível juntar à mesa a Europa, o Médio Oriente e a África. Podemos começar com um excelente cuscuz seguido de requintados doces turcos de mel e amêndoa, e terminar com um dos melhores capuccinos do mundo. Para já não falar do fast-food de pizzas e cozinha do Médio Oriente, tipo salada fresca, falafel e feijões, num dos pequenos e abundantes restaurantes egípcios da capital. Com iguarias destas à mão, percebe-se mal o vício líbio do atum enlatado, sobretudo misturado com macarrão...
Os testemunhos da presença turca, italiana e árabe não se ficam pela cozinha, pelo menos em Tripoli. Não é preciso afastarmo-nos muito da Praça Verde para entrar numa medina muralhada, onde se descobrem mesquitas e banhos turcos. No Souk al Turk (Mercado dos Turcos) continua a produção de objectos de cobre e noutras ruelas da medina desenrola-se todos os fins de tarde um animado mercado de quase tudo. Na parte coberta há um mercado de ouro, tecidos e artefactos luxuosos, especialmente dedicados às festas de casamento - a ruína dos líbios -, e mais adiante entramos em becos calmos e melancólicos, onde alfaiates do Níger costuram roupas de cores e estampados caleidoscópios. Do lado oposto da Praça Verde saem ruas inteiras de arquitectura puramente mediterrânica, de casas brancas com janelas de ripinhas verdes ou azul-claro e varandas estreitas, que chega a tomar ares de grandiosidade pseudo-romana em pracetas de colunatas, agora ocupadas por cafés de chicha, como chamam aqui ao cachimbo de água. A rua 1º de Setembro e paralelas são das que têm mais fachadas deste estilo, para além de serem o centro comercial da cidade. Nas suas lojas do rés-do-chão vende-se de tudo, das roupas aos electrodomésticos, e não faltam os cafés e restaurantes para as pausas nas compras.
A parte mais moderna da cidade, com as suas torres de hotéis modernos e o seu restaurante panorâmico giratório, parece concentrar-se ao longo da linha do mar. Aqui e ali aparecem os inevitáveis cartazes com a figura do coronel Khadafi, como em todo o país - salvo no meio do deserto. Embora a orientação no centro de Tripoli não seja difícil, é mais complicado saber-se exactamente a rua onde se está, uma vez que na Líbia está tudo escrito em árabe, incluindo o nome das ruas, lojas e restaurantes. E se um restaurante é relativamente fácil de detectar, um hotel, por exemplo, já é caso para muitas hesitações. Não há bandeirinhas coloridas nem porteiros fardados. As pessoas reagem entre a timidez e a estupefacção quando são abordadas na rua, e parecem absolutamente espantadas por verem uma estrangeira sozinha a fazer perguntas de guia de viagem na mão. O que é normal; o turismo ainda está incipiente e camionetas de turistas só as vi mesmo junto às ruínas romanas de Sabratha e de Leptis Magna. Juntamente com a capital, antigamente chamada Oea, formavam um importantíssimo trio de cidades, que vieram a dar o nome a Tripoli - à letra, três cidades. E se de Oea já pouco mais resta que alguns vestígios de colunas e o imponente arco de Marco Aurélio, virado para o mar junto a uma das entradas da medina, Sabratha e Leptis são pontos altos de qualquer visita à Líbia.
Ruas de Tripoli, Líbia
Ruas de Tripoli, Líbia
A densidade populacional é mais alta na costa mediterrânica do que em qualquer outra zona do país. Pelas suas características climatéricas e proximidade do mar, a linha costeira parece ser um contínuo aglomerado de casas interrompido por extensos olivais, ocasionalmente percorridos por pastores com os seus rebanhos. Dada a aridez e pobreza do solo, apenas cerca de 1% do território é considerado apto para a agricultura e grandes esforços têm sido feitos para aumentar as áreas irrigadas, nomeadamente a construção de um rio (!), que traz água do subsolo sariano para o Norte, através de uma extensíssima rede de pipelines. Mas a riqueza da Líbia vem, como se sabe, das suas reservas petrolíferas, que permitem manter as lojas cheias de produtos importados um pouco de todo o lado, dos sumos espanhóis às aparelhagens fabricadas no Egipto, das roupas do Paquistão aos biscoitos dos Emirados Árabes.

PEQUENA HISTÓRIA DE UM GRANDE PAÍS

O tamanho do país faz com que, por um lado, a história seja longa e complicada e, por outro, que tome rumos diferentes segundo as regiões. Dado que as zonas desérticas do Fezzan são pouco habitadas e têm andando um pouco “a reboque” do resto do território, podemos concentrar-nos nas zonas mais agitadas historicamente, para tentar compreender como nasceu a Líbia de hoje. Ou melhor, a Grande Jamahiriya Árabe Popular Socialista.
Região de Akakus, Deserto do Sara, Líbia
Região de Akakus, Deserto do Sara, Líbia
As tribos berberes, os fenícios e os gregos foram os primeiros a afirmarem-se como donos da costa, fundando importantes cidades portuárias ou entrepostos comerciais para as trocas entre a África subsariana e a bacia mediterrânica. Os gregos estabeleceram uma importante colónia em Cirene e o próprio nome Líbia vem do grego, e significa algo como “pingos de chuva”. Os romanos ocuparam as cidades fenícias de Cartago (na Tunísia), Sabratha, Oea e Leptis Magna, levando-as ao seu expoente máximo, como ainda hoje é facilmente constatável. As tribos árabes muçulmanas começaram a chegar por volta do século VII, e desde então Tripoli foi sempre o centro incontestado do poder. A ocupação turca começou no século XVI, com a inclusão do território no império otomano e, após um interregno, regressou no século XVIII. A Itália aproveitou a Iª Guerra Mundial para arrebatar o território aos turcos e, em 1922, o governo fascista transformou a região numa colónia. Após a 2ª Grande Guerra, as Nações Unidas decretaram o nascimento de uma monarquia de estados federados (Tripolitânia, Fezzan e Cirenaica) e, em 1951, surge o Reino Unido da Líbia, sob o comando do rei Idris I.
A 1 de Setembro de 1969, um golpe de estado sem sangue liderado por Muammar Khadafi lançou o país na chamada “3ª via”, uma fusão de socialismo, islão e ideais pan-arábicos preconizados pelo presidente Nasser do Egipto. Depois de uma página negra da história, em que a Líbia foi acusada pela comunidade internacional de fomentar, armar e levar a cabo atentados terroristas, que culminou com embargos e bombardeamentos por parte dos Estados Unidos, o país toma agora um rumo diferente. Lentamente, a economia vai abrindo portas ao turismo e à iniciativa privada, enquanto as liberdades políticas são consideravelmente maiores do que há trinta anos atrás.

SARA, NOME DE DESERTO

Ora aqui está, finalmente, uma zona onde os primeiros a chegar não foram os portugueses. Os primeiros europeus a explorar o Fezzan, a parte do Sara que coube à Líbia, foram alemães e ingleses. Friederich Hornemann disfarçou-se de árabe e conseguiu chegar a Murzuq, vindo do Cairo, em 1789. Só no século XIX é que começaram a aparecer os primeiros mapas da área e foi o francês Henri Duveyrier que registou pela primeira vez as vias trans-sarianas. Nos anos trinta, foi a vez dos italianos investigarem as pinturas e gravuras rupestres do Akakus e a história dos misteriosos garamantes, os primeiros habitantes conhecidos do Fezzan.
Pinturas rupestres nos montes Akakus, Líbia
Pinturas rupestres nos montes Akakus, Líbia
Apesar da palavra Sara ser usada em árabe como sinónimo de deserto, esta enorme mancha desabitada do continente africano nem sempre o foi. A arte rupestre dos montes Akakus e do Wadi Matkandush mostram que existia um clima húmido, com floresta do tipo mediterrânico que cobria os planaltos, que só se alterou a partir de cerca de 2.500 A.C. Restaram os oásis, com as suas reservas de água subterrâneas, e a única actividade possível passou a ser a pastorícia de transumância. Os líbio-berberes e os tuaregues foram os primeiros grupos conhecidos de populações a sustentarem-se deste modo. Como complemento, os pastores sarianos dedicavam-se por vezes, à pilhagem das caravanas que faziam a ligação entre o Sudão e a costa. Para acabarem com este problema, os romanos chegaram a estabelecer guarnições, cujas ruínas ainda são visíveis, em pleno deserto, mas que duraram poucas décadas. Hoje em dia, com o nomadismo quase extinto, os tuaregues e os beduínos são os últimos nómadas do Sara e ainda é possível encontrar pequenas aldeias itinerantes no extenso território desértico da Líbia.

GUIA DE VIAGENS

COMO CHEGAR À LÍBIA

É indispensável um visto, que só se obtém através de um convite feito por um agência, que só o emite contra marcação de uma viagem organizada. O que não tem nada de mais, uma vez que penetrar no deserto sozinho, além de ser proibido, para proteger as gravuras rupestres do Akakus, exige uma grande experiência prévia. Uma agência que aconselho é a Alkalaa For Travel & Tourism, de Ahmed Al Ansary.

GASTRONOMIA LÍBIA

Uma viagem no deserto será sempre por conta de uma agência, e incluirá já a alimentação, cozinhada na altura pelos acompanhantes. No resto do país, é difícil citar nomes, uma vez que estes ou não estão escritos ou estão escritos em árabe, sendo por isso difíceis de identificar. Geralmente os hotéis têm os seus próprios restaurantes e na rua Omar al Mukhtar (que sai da Praça Verde, junto ao castelo) há muitos pequenos restaurantes de fast-food ao estilo do Médio Oriente (falafel, batatas fritas, saladas, etc.). Um restaurante em Tripoli voltado também para o turismo é o Al Ghazala, em Al-Dahra, junto ao Arco de Marco Aurélio. Em Ghat não encontrei nenhum restaurante, mas o campismo cozinha por encomenda. Em Ghadamés há alguns restaurantes em frente à porta do Museu.

HOTÉIS NA LÍBIA

Em Tripoli há grande hotéis de qualidade internacional, como o hotel Al Mehari ou o hotel Waddan. Em Ghat, há pelo menos dois parques de campismo. Fiquei no Anya Camping, que tem “palhotas duplas” asseadas mesmo junto às dunas, onde se põe o pé na areia mal nos levantamos. Em Ghadamés, há um Albergue da Juventude que não faz questão quanto às idades e mais um ou dois locais - é melhor perguntar ao chegar.

INFORMAÇÕES

O visto líbio, que obriga à tradução do passaporte para árabe, custa cerca de 100€. A Embaixada da Grande Jamayria Árabe Popular Socialista fica na Av. Das Descobertas, 24/24-A, 1400-092, Lisboa. Tel. 213016301.
Para trocar dinheiro dirija-se aos bancos. A vida não é barata, com os hotéis médios a rondarem os 40 a 60 Dinares, as entradas nos lugares históricos e museus entre 3 e 15 Dinares. Para visitar as ruínas de Sabratha e Leptis, o melhor é arranjar um táxi na recepção do hotel (cerca de 100 Dinares todo o dia). A camioneta para Ghadamés sai do terminal de Dhara, e para Ghat o melhor é ir de avião, a menos que queira demorar alguns dias a lá chegar.
Fonte: www.almadeviajante.com

LÍBIA, UM PASSSADO DE GLÓRIA

Apesar da intimidante do nome para o europeu, Líbia é um encantador país cheio de história (por ele tem passado fenícios, gregos, romanos, bereberes, vândalos, bizantinos, árabes, turcos e italianos) e um presente muito mais estável e próspero do que imaginamos. Líbia tem a renda per-capita mais elevada do continente africano. Os líbios têm reputação de serem excelentes anfitriões a de sempre alegrar o visitante.

Situação e Geografia da Líbia

Localização Geografia da Líbia

Líbia, com seus 1.757.000 quilômetros quadrados é o quarto maior país da África, a maior parte é terreno desértico dominado pelo Saara com enormes campos de dunas a cobrirem 15% da superfície. Não tem rios permanentes somente alguns poços e lagoas que enchem-se na época das chuvas. O clima saariano domina o país e tem chegado a registrar temperaturas de até 58 graus centígrados. A faixa costeira recebe suficiente chuva como permitindo o cultivo estável e é aqui onde reside 95% da população.
Líbia limita-se ao norte com o mar mediterrâneo, ao leste com o Egito, ao sudeste com o Sudão, ao sul com o Chadee e Níger e ao oeste com Tunes e Argélia.

Flora e Fauna da Líbia

O carácter desértico do território líbio condiciona sua escassísima flora e fauna, reduzida à zona costeira e a alguns oásis, como os de Fezzán, Giofra e Kutra -os maiores do Saara, ricos em cultivos de dátiles e azeitonas. Nos desertos abundam os cactus, matorrais, arvustos e outras plantas bolbosas perenes. Quanto aos animais, o dromedário, com a corcunda, longas e magras patas, pescoço curvado e cabeça com grandes lábios pendentes, passeia pelas areias dos desertos apoiando-se sobre as almofadas elásticas que cobrem seus dedos. Uma capa de lã embrulha seu corpo como câmara de ar permitindo isolar-se das fortes temperaturas desérticas. A gordura que armazena na corcunda faz com que possa ficar até dez dias sem comer nem beber, sendo possível ver a corcunda pendurada após ter realizado uma longa viagem.

História da Líbia

Dados Históricos da Líbia

Romanos e Árabes

Tripolitania, a Líbia romana, alcançou sua época dourada por volta de 190 d.C., quando Septimius Severus, natural de Leptis Magna, converteu-se Imperador de Roma. Com o enfraquecimento do império chegaram as invasões de bárbaros e vândalos, que acabaram com todo resto de esplendor no século V. Após breve domínio do Bizâncio, os árabes chegaram no século VII e rapidamente tornaram o país parte do Islão.
Os árabes tiveram o domínio da região até os turcos conquistá-la no século XVI. Líbia era governada, não desde Constantinopla, mas por mandatários expressamente enviados à zona com a principal intenção de cobrar uma espécie de pedágio marítimo aos barcos ocidentais que passavam por essa parte do Mediterrâneo.

Presença Italiana

Após as guerras napoleônicas, Líbia ficou como o último reduto de Constantinopla na África, com a divisão colonial Itália fez o controle. Os colonizadores iniciaram um cruel processo de "italianização" da zona entre 1911 e o fim da II Guerra Mundial no qual a metade de um milhão de habitantes nativos foram assassinados ou exiliados.
Depois da guerra a Itália foi obrigada a abandonar a Líbia, que ficou sob mandato das Nações Unidas enquanto decidiam o seu destino. Em 1951 fez-se independente sob o reinado de Idris, não muito popular entre seus súditos. Em 1969, no meio de um intenso ambiente regional de "pan-arabismo", um grupo de oficiais liderado por Muammar al-Gaddafi deu o golpe de estado, destituindo o rei Idris.

Gaddafi

Gaddafi começou reformas radicais visando a partilha do produto da riqueza petrolífera do país, e quebrou os ligamentos de dependência da Líbia com Ocidente e suas companhias petroleiras, sendo especialmente afetados os Estados Unidos e o Reino Unido.
Gaddafi pretendeu fomentar a seu pessoal uma visão do arabismo moderno, e tentou uniões com os países vizinhos que não chegaram a prosperar. Na verdade Gaddafi contribuiu à redistribuição da riqueza com a massiva construção de estradas, escolas e hospitais e a devolução do poder aos líbios, embora só através dos chamados "Comitês Populares", pois os partidos políticos estão proibidos.
Gaddafi também apoiou numerosos movimentos de libertação de outros países, alguns deles supostamente de carácter terrorista, o que significou para o coronel durante a década dos 80 a inimizade de vários países, sobretudo dos Estados Unidos. Em 1986 Reagan ordenou bombardear Trípoli e desde então fazem vários anos que a Líbia suporta um embargo internacional pela suposta implicação no atentado contra um avião da PANAM no ano de 1989.
Apesar de tudo Gaddafi mantém seu carisma e consideração entre o povo líbio, e não se enxerga uma mudança eminente no governo líbio ou na relação com as potências ocidentais.

Arte e Cultura da Líbia

A riqueza cultural da Líbia vem das marcas que os numerosos povos que passaram pelo seu território deixaram. As ruinas gregas e romanas convivem com uma cultura eminentemente muçulmana e árabe que o regime de Gaddafi tem encarregado de conservar e potenciar.

LOCAIS TURÍSTICOS

TRÍPOLI

A capital da Líbia é o principal centro financeiro e cultural do país, assim como primeiro porto. Possui numerosos edifícios coloniais e mesquitas, e uma vital medina. É a mais cosmopolita e interessante das cidades libanesas.
A Medina ou cidade antiga é um labirinto murado cheio de becos com vendedores e barracos onde pode-se encontrar tesouros de todo tipo. Os edifícios mais sobressalientes são as mesquitas. Trípoli tem muitas, mas sem dúvida a mais importante é a Mesquita de Gurgi, de 1833, que oferece uma maravilhosa decoração de autêntico sabor islâmico. Muito perto encontra-se o único monumento romano de Trípoli: O Arco do Marco Aurëlio.
Saindo da cidade antiga encontramos a Praça Verde, onde destaca-se o edifício da mesquita Karamanli, local que repousam os restos de alguns membros da família deste governante da Trípoli há dois séculos. Ao lado ergue-se um importante edifício governamental de influência otomana brilhantemente decorado.
Os italianos deixaram sua marca na cidade a princípios do século XX. Como mostra ve-se a Catedral italiana, construida em estilo neo-romano no ano 1928 e convertida atualmente em mesquita. Outro edifício para ver é o Palácio que costumava-se utilizar como residência real.
As melhores vistas da cidade obtém-se desde o Castelo Vermelho ou Asal al-Hamra, o principal edifício da capital que domina o porto, com numerosos pátios do século XVIII, além de estátuas e fontes de origem otomana. Nas instalações encontra-se também o Museu da Jamahiriya, com excelente coleção de antigüidades clássicas.

SABRATHA

Está situada ao oeste da capital, a 68 quilômetros. É um reduto romano cujas ruinas conservam a presença de um teatro romano de rocha rosada, que dá a idéia de um tempo passado de grande esplendor.

GHADAMES

Uma rota em direção sul leva ao Oásis de Ghadames na fronteira com Argélia e Tunes. Uma típica cidade do deserto com seu próprio mercado cheia de magia. Existem numerosos circuitos organizados para percorrer este tipo de zonas desérticas, com a infra estrutura necessária.

GHAT

Para ir ao Parque Nacional de Ghat, ao sudoeste do país, pode-se fazer por terra pois os caminhos são bastante aceitáveis. É aconselhável ir acompanhado por tuaregs, grandes conhecedores do mar de dunas que forma este impressionante deserto. As dunas de Elfiji, Kasa e Tajarjuri, são dignas de serem vistas. Ghat guarda sobretudo um importante documento histórico: as pinturas rupestres de Jabel Acacus em Sardiles. Nelas pode-se ver como em outros tempos que esta zona foi um fértil vale, povoado por antílopes, girafas, hipopótamos, elefantes e os outros animais. Entre seus inumeráveis atrativos paisagísticos está oTadrat, um rochedo coroado de areia, campos de lavra preta, Techuinet, ou os ueds, rios sem água, onde crescem abóboras selvagens.

BENGAZI

Perto de 800.000 habitantes, Bengazi está considerada a segunda maior cidade da Líbia. Encontra-se situada na beira oriental do Golfo de Sirt com um importante porto e um grande centro comercial. Não possui pontos de grande interesse histórico ou arquitetônico, com exceção dos restos de antigos edifícios e sobretudo na zona do porto, podendo ser a referência para percorrer alguns dos lugares mais atrativos do país, como as Montanhas Verdes. Também merecem destaque as praias e um cemitério ao redor da cidade.

CIRENE

O encanto de Cirene é demonstrado nas formosas ruinas gregas, pois a cidade foi parte das Cirenáicas helenicas, as cinco cidades gregas que formavam Pentápolis. Cirene é a mais conservada desse grupo de cidades. Foi criada no século VI a.C. como uma réplica da insular Delfos. As ruinas encontram-se junto à moderna Shahat a 220 quilômetros ao leste de Benghazi. Nos arredores encontra-se o antigo Porto de Apollinia, a excursão vale a pena.

LEPTIS MAGNA

Leptis Magna é uma cidade de origem cartaginês a qual converteu-se em importantíssimo lugar romano pela sua posição nem relação ao comércio com África. Os restos romanos cobrem uma extensa superfície junto à cidade atual, a 120 quilômetros ao leste da capital. Entre os magníficos edifícios que ainda conservam-se restos destacam-se a basílica, o teatro, um gigantesco foro e os banhos, que são os maiores dos arredores de Roma.

TOBRUK

O nome de Tobruk resulta familiar pois presenciou uma famosa batalha durante a II Guerra Mundial. A cidade ficou destruida e não há monumentos, porém, o turista com curiosidade histórica pode contemplar os diversos cemitérios de guerra.

Gastronomia da Líbia

A cozinha libanesa, como a de toda o África Setentrional, tem o cuscus como principal prato. Como herança da dominação italiana tem ficado na dieta da Líbia numerosos pratos de massas, onde o macarrão é o protagonista. A carne de cordeiro é a mais tradicional, seguida da de camelo. Quase todas as comidas acompanham-se de uma sopa picante que costuma conter macarrão e cordeiro.
No interior pode-se experimentar pratos tipicamente saarianos como o f'taat, feito com pasteizinhos de trigo cobertos de carne e molho. Na costa pode-se comer peixe de boa qualidade.

Bebidas

O álcool está proibido na Líbia. Não há muitas opções além de bebidas gasosas muito doces. A água deve ser engarrafada.

Compras na Líbia

Nas medinas e bazares, jóias e tecidos são os bens mais apreciados. Pode-se encontrar mostras de artesanato nos mercados das ruas, assim como lembranças "típicas", especialmente perto das ruinas romanas de Trípoli e em diversos centros turísticos. Não se esqueça de pechinchar.

População e Costumes da Líbia

Líbia tem uma população de 5.648.000 habitantes. Os líbios consideram-se árabes, embora etnicamente são uma mistura de outras raças, como a turca, bereber e africana sub-saariana.
Ao redor de 97% da população é muçulmana suni, conservadores mas não fundamentalistas, como prova o fato de ser frequente encontrar mulheres em altos postos executivos e administrativos.

Entretenimento e Festividades na Líbia

Entretenimento na Líbia

Líbia é um país muçulmano muito conservador em suas formas. O álcool está proibido e a socialização entre os diferentes sexos muito limitada. Provavelmente o mais distendido seja as praias de Bengazi, onde pode-se jogar tênis e praticar alguns esportes náuticos.

Festividades na Líbia

Líbia respeita as principais festas do Islão, e tem algumas festas nacionais próprias. Os dias festivos oficiais são: 2 de Março (Declaração do Jamahiriya), 11 de Junho (Evacuação das Bases Militares estrangeiras), 1 de Setembro (Dia da Revolução) e 26 de Outubro (Dia da Dó); neste dia comemora-se aos líbios assasinados ou exiliados pela Itália: fecham-se até as fronteiras e não pode-se fazer ligações internacionais.

Transportes na Líbia

Avião

O embargo internacional que sofre Líbia não lhe permite ter vôos comerciais com o estrangeiro. Normalmente, Trípoli tem boas conexões com a maioria das capitais árabes, européias e do longe Oriente. No interior, as linhas aéreas libanesas têm serviços entre Trípoli, Bengazi Sebha, os principais aeroportos, e as cidades de Ghadhames, Ghat, Tobruk e Kufra.

Barco

Em determinado dia existe um serviço entre Trípoli e Malta.

Trem

É muito mais recomendável o serviço de ônibus.

Por terra

A rede de estradas da Líbia é muito boa, e ônibus com ar acondicionado unem a maioria das cidades do país. Há taxis coletivos, mais rápidos, que podem custar o mesmo que o ônibus.
Fonte: www.genteviajera.es
Líbia
Com aproximadamente o tamanho dos estados do Amazonas e Amapá somados, a Líbia é o décimo sétimo maior país do mundo. A maior parte de seu território é desértica, com regiões de oásis a noroeste e planícies costeiras a nordeste. Apesar da grande extensão de seu território, a Líbia é um país pouco povoado, com apenas 5,7 milhões de habitantes na virada do milênio. Estima-se, no entanto, que a população dobre nos próximos 19 anos, persistindo o elevado crescimento demográfico atual. Quase metade da população líbia tem menos de 15 anos e a grande maioria dos líbios reside em áreas urbanas. Com quase dois milhões de habitantes, Trípoli, a capital, é a maior cidade do país. Etnicamente, 97% da população constitui-se de árabes líbios, enquanto berberes, africanos e turcos somam 3%.
O nome Líbia origina-se de uma tribo que viveu na região por volta de 2000 a.C. Na Antigüidade, a área foi habitada por fenícios, gregos e romanos. A queda do Império Romano deu início ao longo controle do islamismo na região, que caiu sob domínio do Império Turco-Otomano em 1517, assim permanecendo até a invasão italiana. Na primeira metade do século XIX, a região abrigou a irmandade islâmica dos sanusis, fundada em 1837 por Muhammad bin Ali. Em 1911, a Líbia é invadida e dominada pela Itália, apesar de forte resistência. Finalmente, o país obtém sua independência em 1951 e logo torna-se um Estado rico com a descoberta de suas abundantes reservas de petróleo.
Em 1969, o coronel Muammar Kadafi assume o controle do país por meio de um golpe militar e estabelece um estado socialista com um único partido político. Dentro de sua atuação política, Kadafi tem financiado a propagação do islamismo como forma de obter poder na região. Devido ao apoio do governo líbio aos terroristas, as relações com o ocidente têm se deteriorado. Como conseqüência, o país já sofreu bombardeios e enfrenta sanções aéreas e comerciais.
De maneira geral, o povo líbio é pobre e sua renda per capita anual é de US$ 6.500. Ainda assim, os líbios desfrutam de melhores condições de vida do que seus vizinhos na Argélia, no Chade ou no Sudão. Os produtos derivados do petróleo são responsáveis por quase todas as exportações do país. O governo controla a produção petrolífera, assim como grande parte da economia, e freqüentemente se vê obrigado a recrutar mão-de-obra externa em função da falta de trabalhadores qualificados.
A Qabilah, ou tribo, é a base da estrutura social da Líbia, cujas famílias têm em média cinco membros. Apesar de a educação ser pública e gratuita, dois terços da população adulta não possuem educação formal. A assistência médica também é gratuita e bastante acessível, mas ainda é deficiente nas áreas rurais.
O islamismo chegou à Líbia proveniente da Arábia e do Egito no fim do século VII. Atualmente, 95% dos líbios são muçulmanos, quase todos de tradição sunita. Alguns grupos da população muçulmana lutam pela instituição de um estado islâmico.

Restrições e liberdades

A liderança do país afirma publicamente sua preferência pelo islamismo. Qadhafi estabeleceu a Sociedade Apelo Islâmico (SAI), que é o braço islâmico da política externa do governo e é atuante no mundo todo. O SAI é também responsável pelas relações com outras religiões, inclusive as igrejas cristãs do país. O objetivo principal do SAI é promover uma forma moderada de islamismo que reflete o ponto de vista religioso do governo.
As pessoas raramente são maltratadas devido suas práticas religiosas, a menos que tais práticas sejam percebidas como tendo uma conotação política.
As igrejas cristãs, compostas quase que exclusivamente de estrangeiros, operam livremente e são toleradas pelas autoridades. Existe uma pequena comunidade anglicana, composta em sua maioria de trabalhadores imigrantes africanos que estão em Trípoli. Há igrejas Unidas em Trípoli e Bengazi. A igreja católica é atendida por dois bispos – um em Trípoli (atendendo a comunidade italiana) e um em Bengazi (que atende a comunidade maltesa).
Os padres e freiras católicos trabalham em todas as principais cidades costeiras e há um padre na cidade de Seba, no sul. A maioria deles trabalha em hospitais e com deficientes. Eles desfrutam de boas relações com o governo. Existem também padres coptas e gregos ortodoxos tanto em Trípoli como em Bengazi.
Os cristãos estão restringidos pela falta de igrejas e existe um limite do governo de uma igreja por denominação em cada cidade. O governo deixou de cumprir uma promessa feita em 1970 de dar à igreja anglicana edifícios alternativos quando ele tomou a propriedade usada pela igreja. Desde 1988 os anglicanos compartilham uma propriedade com outras denominações protestantes.
Os cidadãos líbios têm de ter a entrada recusada nas igrejas.
Não se podem ser importadas Bíblias em árabe legalmente.
As igrejas não podem receber dinheiro do exterior.
Qadhafi tem enfatizado a aplicação geral do islamismo, mas ele mesmo reafirmou a condição especial designada por Maomé aos cristãos. Entretanto, ele os liga a muçulmanos desviados que se têm se afastado do caminho certo. Além disso, ele assumiu a liderança de uma campanha para eliminar o cristianismo da África, bem como do colonialismo, com o qual o cristianismo tem sido associado.
É muito difícil de penetrar na Líbia com o evangelho. O correio é censurado, os contatos pessoais tendem a ser fortemente monitorados e os estrangeiros são vigiados de perto.

A Igreja

O cristianismo possui raízes antigas na Líbia, mas seu fracasso inicial de evangelização dos berberes, em conjunto com o enfraquecimento causado pelo cisma donatista, deixou-o à mercê do avanço islâmico no século VII. O cristianismo acabou praticamente eliminado e, atualmente, há apenas alguns milhares de cristãos líbios, a maioria constituída de trabalhadores estrangeiros.

História da Igreja

Primeiro século

É muito provável que o Evangelho tenha sido pregado por missionários com informação de primeira mão. Simão, que ajudou Jesus carregar Sua cruz, era de Cirene, que ficava perto da cidade hoje chamada Bengazi e em Atos 11:20 lemos a respeito de homens de Cirene que eram missionários ativos. A "Pax Romana" – o período de relativa paz sob o domínio romano – tornou possível um rápido crescimento da Igreja.
177 – 313 - Os anos de liberdade para os cristãos são intercalados por períodos de feroz perseguição, que tiveram o seu ápice com os imperadores romanos Marco Aurélio, Sétimo Severo, Décio, Valeriano e Deocleciano. O Édito de Milão do ano 313 garantiu a liberdade de religião no império romano.
533 até o Século 7 - A Líbia faz parte do Império Bizantino (leste de Roma). De 640 em diante a região é conquistada pelos exércitos árabes muçulmanos. Entre as regiões do oeste do Nilo, o islamismo espalhou-se mais rapidamente na Líbia. O país perdeu o núcleo da população cristã quando uma tribo bérbere, os Louata, levaram o seu bispo para o Marrocos.
Século 17 - Os franciscanos vão à Líbia. Não encontram nenhum cristão nativo e não têm sucesso em sua missão.
1889 - A Missão Norte Africana estabelece uma base em Trípoli. Eles não têm sucesso em estabelecer um Igreja líbia indígena, nem qualquer outra missão.
1911 – 1943 - Sob o regime italiano cresce consideravelmente o número de fiéis católicos, devido à entrada de obreiros italianos convidados. Em 1941 havia 110.000 católicos vivendo na Líbia.
1951 - A Líbia torna-se independente.
1969 - Um grupo de oficiais ambiciosos do exército dão um golpe e tomam o poder. A partir daí Qadhafi governa a Líbia com mão de ferro.
1994 - As autoridades líbias abolem o calendário gregoriano e o substituem pelo calendário lunar islâmico. No mesmo ano o âmbito da lei da sharia é ampliado com sete novas leis.

A Perseguição

Ainda que a Líbia seja um estado laico, seus líderes prestam grande respeito ao islamismo, conferindo-lhe um papel ideológico na sociedade. O governo exige o respeito às normas e tradições muçulmanas e a submissão de todas as leis à sharia, o código legal islâmico. Outras leis institucionalizaram a doação financeira, que é uma das cinco obrigações rituais de um seguidor islâmico, estabelecendo uma taxa de 2,5%. Ao mesmo tempo, o governo tem feito algumas concessões aos cristãos, permitindo cultos em igrejas e, às vezes, a entrada de missionários estrangeiros para trabalhar em programas de desenvolvimento.
As autoridades não gostam que os cristãos se reunam fora dos templos oficiais. Isso ficou claro em abril de 2000 quando oito cristãos ganenses e nigerianos foram detidos. Os homens em questão tinham uma coisa em comum: cada um deles dirigia um grupo em célula, que se reunia numa casa durante a semana além do culto regular no templo oficial. A polícia os deteve em seus empregos, dizendo-lhes que eles eram necessários para alguma coisa no serviço de educação. Eles foram levados em carros não identificados e vendados. Num local que não parecia uma delegacia de polícia seus cabelos foram cortados. Alguns deles foram pendurados de cabeça para baixo, enquanto outros foram suspensos pelos braços na posição vertical. A polícia fez perguntas aos homens, e se eles não gostavam da resposta, deixavam-nos por mais uma hora e voltavam depois para fazer a mesma pergunta.
Eles fizeram muitas perguntas sobre sua igreja e se ela tinha alguma ligação com organizações nos Estados Unidos ou na Europa. Eles também queriam saber se estavam sendo enviadas informações para o Ocidente. Eles estavam especialmente preocupados com os grupos em células. Durante a detenção a polícia entrou nas casas de todos os homens e confiscou qualquer coisa que tivesse a ver com as reuniões dos grupos em células. Um dos detidos foi solto depois de cinco dias; os outros depois de nove dias. Em seguida às detenções, sete deles foram expulsos de suas casas pelos proprietários. Numa ação semelhante um grupo de uma igreja filipina foi despejado do lugar onde se reunia.

O Futuro

A igreja líbia cresce em um ritmo moderado. Estima-se que em 2050 terá cerca de 500 mil membros ou apenas 4% de toda a população do país. É provável que a perseguição continuará sendo esporádica, com casos isolados de reações mais contundentes contra a evangelização.

Motivos de Oração

1. A igreja desfruta de alguma liberdade. Ore para que a igreja continue a fazer uso efetivo de tais liberdades e compartilhe as Boas Novas de Jesus Cristo por toda a nação.
2. Missionários oficiais não são permitidos. Existem áreas em que há espaço e abertura para profissionais cristãos e missionários que exerçam uma segunda atividade. Ore para que cristãos de todo o mundo tornem-se profissionais destas áreas e busquem servir aos líbios no amor de Jesus Cristo.
3. A igreja resiste a um governo que financia a propagação do islamismo. O governo líbio dá à religião islâmica um papel de destaque e contribui com missões muçulmanas em todo o mundo. Ore para que os líderes da Líbia conheçam a Cristo.
4. Há no país pressões islâmicas para estabelecer um governo teocrático. Radicais na Líbia têm conclamado insistentemente o estabelecimento de um Estado islâmico no país. Até agora o governo tem resistido aos apelos e pressões. Se Kadafi deixar o poder, não se sabe com certeza que tipo de governo vai sucedê-lo. Ore pela manutenção do estado laico e das liberdades que os cristãos encontram nele.

Trípoli, a "noiva de branco do Mediterrâneo"

Trípoli é a capital da Líbia, pais do norte da África. Os líbios chamam sua capital de Tarabulus al-Gharb, que significa Trípoli do Ocidente. Denominada Oea na antigüidade, Trípoli foi fundada pelos fenícios por volta do ano 500 A.C. Sob os romanos Oea formava as Trípolis (três cidades) junto com Sabratha e Leptis Magna.
No passado Trípoli era conhecida como "a noiva de branco do Mediterrâneo". Hoje em dia ela tem uma população de aproximadamente dois milhões de habitantes e é o principal centro comercial e cultural da Líbia e o porto principal. Trípoli tem uma das quatro universidades nacionais, a Universidade Al-Fatah.
No passado visitamos em Trípoli: a Igreja Católica Romana São Francisco (onde as missas são realizadas em várias línguas: árabe, italiano, francês, polonês, coreano e inglês), a Igreja Anglicana-Episcopal de Cristo o Rei (onde se reúne um pequeno número de crentes estrangeiros) e a Igreja Unida de Trípoli (um associação interdenominacional de cristãos). No templo da Igreja Unida um número de associações evangélicas, que consiste de estrangeiros de muitos países – principalmente africanos - se reúnem.
Oficialmente, não existem cultos em árabe. Entretanto, comenta-se que igrejas domésticas secretas árabes – até com pessoas líbias – existem e acontecem batismos lá. Sabemos da existência de apenas uns poucos cristãos indígenas de origem líbia.
Obtemos com alguns missionários independentes a informação que toda uma família líbia foi batizada no ano de 2000. No mesmo ano um irmão egípcio foi detido ao atravessar determinada fronteira levando Bíblias do Egito no seu carro. Também em 2000 os líderes da Igreja Unida foram detidos porque as autoridades descobriram algumas reuniões secretas nas casas. Eles foram mandados para casa com a advertência expressa de se reunir somente no templo. Finalmente, ouvimos falar de cristãos de um país vizinho que estão evangelizando entre os líbios e tentam achar emprego para os novos crentes.
Fonte: www.portasabertas.org.br

Vamos degustar alguns pratos da Líbia.

A cozinha do norte da África


mercado de temperos em Marrocos
Shutterstock
Manjericão, erva-doce, alecrim, louro, açafrão, cravo, canela e pimentas. Os temperos aromáticos e exóticos são uma característica importante da culinária do norte da África. Líbia, Egito, Marrocos, Tunísia e Argélia, que compõem a região africana banhada pelo mar Mediterrâneo, dividem o gosto pelas especiarias e outros sabores, como os pratos à base de trigo e de carne de cordeiro.
Na opinião do chef Rodrigo Cavichiolo, do restaurante DUO Cuisine, de Curitiba, o olfato é o sentido mais aguçado pela cozinha local. "Se fechássemos os olhos, seria como entrar em uma loja de perfumes, só que os aromas seriam das especiarias. É uma culinária muito aromática, de sabores singulares, algo que dá para se dizer espetacular", avalia.
Para o chef Gennaro Cannone, do restaurante Alessandro & Frederico, do Rio de Janeiro, é possível falar da culinária desses países como um todo porque são usadas, além dos mesmos temperos, as mesmas técnicas na cozinha. "A base dos temperos é a pimenta e a deles é espetacular. Além disso, orégano fresco, manjericão, erva-doce, alecrim, louro e azeite são largamente usados na maioria das receitas", comenta o chef, que já passou por restaurantes no Egito, Marrocos e Tunísia.
Rodrigo Cavichiolo lembra que cada país tem características próprias, mas como o trigo sempre foi um alimento presente na região, o grão se tornou outro ingrediente em comum, dando origem a um dos principais pratos típico do norte da África, o famoso cuscuz.
O cuscuz é uma receita originária dos berberes, tribo mulçumana que ocupava a região do Magreb, no norte da África. Ao invadir outros países (e ficarem conhecidos como mouros), como a Espanha, o prato foi sendo disseminado para várias partes do mundo. No Brasil, o cuscuz chegou pela mão dos portugueses.

Farinha conhecida como cuscuz
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No norte da África, cuscuz também é o nome de um tipo de farinha feito a partir da sêmola do trigo. Dependendo do país, o prato com o mesmo nome é composto por ingredientes como as carnes de carneiro, frango e peixe, na versão salgada, que também pode ser apenas de vegetais, e frutas secas, na versão doce.
Além do trigo, os chefs de cozinha destacam a carne de cordeiro como outra iguaria típica da gastronomia do norte da África. "A receita mais comum leva dois dias para ser elaborada. O cordeiro recheado com cabeças de alho fica de um dia para o outro de molho no vinho com orégano, sal, alecrim e muita pimenta. No dia seguinte, a carne vai ao forno com o mesmo molho em que ficou descansando. Fica crocante, dourado e o sabor é bem picante", afirma Gennaro Cannone.
O chef Rodrigo Cavichiolo ressalta que mesmo os pratos típicos de cada país guardam tradições em comum. "O cordeiro assado em forno de barro no Marrocos é muito interessante, como a Harissa, um molho tunisiano servido na entrada das refeições, as lendárias pombas recheadas de ferik no Egito, o chá de menta na Argélia. Portanto, cada país tem as suas particularidades, mas todos giram em torno dos mesmos sabores", argumenta.
Além das tradições árabes e muçulmanas, os países do norte da África também se dividem com a influência recebida do continente europeu, tanto por causa da dominação que o velho continente exerceu sobre a região, quanto pela proximidade geográfica. Veja na próxima página como o mar Mediterrâneo se tornou a ponte dentre as duas culturas.

 Adoro potes, por isso resolvi deixar aqui alguns lindos potes de mantimentos.

Conjunto de Potes para Mantimentos em Acrílico 4 Peças - Oggi