terça-feira, 5 de julho de 2011

Chá de laranja e anis

Ingredientes

  • 1l de água
  • casca de duas laranjas
  • 4 flores de anis
  • Açúcar ou mel q.b.

Modo de preparo

Leve a água ao lume com a casca de laranja e as flores de anis, deixando ferver por cerca de 3 minutos.
Depois desse tempo, retire o chá do lume e adoce a seu gosto, com o açúcar ou com o mel se preferir
Tape e deixe estar em infusão durante cerca de 15 minutos
Sirva bem quente.

Chá de maracujá com especiarias

Ingredientes

  • 10 colheres (sopa) de açúcar
  • 1L de água
  • 5 cravos da índia
  • 2 canela em pau
  • Semente e polpa de 1 maracujá
  • 1 maçã cortada em cubos

Modo de preparo

Em uma panela caramelize o açúcar
Acrescentar o restante dos ingredientes e deixar ferver por aproximadamente 5 minutos
Coe e sirva.

Chá de aromas

Ingredientes

  • 1 3/4 xícara (chá) de suco de laranja
  • ½ xícara (chá) de açúcar
  • 1 colher (chá) de canela em pó
  • 1 colher (chá) de noz moscada
  • 1 colher (sopa) de licor de laranja
  • Raspas de casca de laranja
  • 2 galhos de hortelã fresca
  • 2 maças sem casca processadas
  • 6 uvas Itália cortadas ao meio sem caroço
  • 1 pêra sem casca processada
  • 2 xícaras (chá) de água
  • 1 saquinho de chá mate


Modo de preparo

Em uma chaleira coloque o suco, o açúcar, a canela, a noz moscada, o licor, a casca de laranja, e a hortelã para ferver
Quando ferver coloque as frutas mexendo por aproximadamente 1 minuto
Acrescente a água e o chá mate
Ferva por mais 3 minutos
O chá estará pronto.

CHÁ DE MARACUJÁ


Ingredientes:
Polpa de 2 maracujás grandes
2 litros de água
Açúcar ou adoçante à gosto.
Modo de preparo:
Coloque a polpa na água e ferva até formar uma "espuma" por cima.
Adoçe somente quando for beber.
É uma delícia e altamente relaxante !

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Chá de rosas

Ingredientes

  • 4 xícaras (chá) de água
  • 1/2 colher (chá) de água de rosas
  • pétalas de 6 rosas
  • açúcar ou adoçante a gosto

Modo de preparo

Coloque a água numa chaleira e leve ao fogo alto
Quando ferver, adicione as pétalas e deixe por 5 minutos
Retire do fogo e junte a água de rosas
Adoce a gosto e sirva imediatamente.

Chá de rosas

Ingredientes

  • 4 xícaras (chá) de água
  • 1/2 colher (chá) de água de rosas
  • pétalas de 6 rosas
  • açúcar ou adoçante a gosto

Modo de preparo

Coloque a água numa chaleira e leve ao fogo alto
Quando ferver, adicione as pétalas e deixe por 5 minutos
Retire do fogo e junte a água de rosas
Adoce a gosto e sirva imediatamente.

Chá Mate Incrementado

Ingredientes

  • 2 litros de água
  • 4 colheres (sopa) de chá mate seco
  • Suco de 6 limões
  • 1 lata de leite condensado

Modo de preparo

Em uma panela grande, leve a água para ferver
Quando estiver fervendo, adicione o chá mate e deixe por 1 minuto, tampe e desligue o fogo
Deixe a panela tampada por aproximadamente 30 minutos
Depois destampe a panela, e espere esfriar
Coe o chá e em seguida bata no liquidificador com o suco de limão e o leite condensado
Bata bem até ficar homogêneo
Leve para geladeira por no mínimo 4 horas antes de servir
Se desejar, sirva com pedras de gelo

Masala chai (chá indiano com leite e especiarias)

Ingredientes

  • 1 xícara (240 ml) de água
  • 1 1/2 colher (chá) de açúcar
  • 1 grão de cardamomo inteiro
  • 1 dente de alho inteiro
  • 2 grãos de pimenta-do-reino
  • 3 colheres (chá) de folhas de chá preto
  • 1/2 xícara (120 ml) de leite morno

Modo de preparo

Em uma panela, ferva a água com o açúcar. Acrescente o cardamomo, o cravo, a pimenta e as folhas de chá preto. Tire o chá do fogo, e deixe-o apurando por 2 a 3 minutos. Coe o chá e complete a xícara com o leite. Sente-se, relaxe e aproveite!
Rendimento: 1 porções


Chá com uísque

Ingredientes

  • 1 (240 ml) xícara de água fervendo
  • 1 saquinho de chá preto
  • 45 ml de uísque
  • 1 colher (sopa) de leite
  • 1 colher (chá) de açúcar

Modo de preparo

Ponha a água fervendo numa xícara grande, coloque o chá dentro
Deixe durante 1/2 minuto a 1 minuto
Jogue o saquinho de chá fora
Acrescente o uísque, o leite e o açúcar a gosto
Mexa, beba e relaxe

Informações adicionais

Essa é a maneira que o meu avô prepara o seu chá. Ele já tem mais de 70 anos e continua bebendo esse chá. O chá é muito relaxante, ótimo para acalmar os ânimos da família e dos amigos.



Chá de abacaxi, gengibre, cravo e canela

Ingredientes

  • 700 ml de água
  • 5 dentes de cravo
  • 1 pauzinho de canela
  • 3 galhinhos de menta ou folhas de hortelã
  • 1 pedaço de gengibre fresco
  • Casca de 1 abacaxi maduro

Modo de preparo

Colocar todos os ingredientes numa vasilha e levar ao forno de microondas por cinco minutos ou ao fogo até ferver.
Colocar dentro do bule galhos de menta ou hortelã, coar a mistura e servir.
Fonte: Almanaque Culinário

Deixo aqui algumas receitas de chás, para nos deliciarmos tanto no invernom como no verão.


Chá com creme

Ingredientes

  • 2 xícaras de água
  • 2 saquinhos de chá preto
  • 1 colher (sopa) de essência de baunilha
  • Adoçante líquido ou açúcar a gosto
  • 1/2 xícara de creme de leite
  • Canela para polvilhar

Modo de preparo

Ferva a água e coloque o chá em infusão por 3 a 5 minutos. Retire os saquinhos e junte a baunilha. Adoce a gosto.

Coloque o chá em dois copos altos e despeje lentamente o creme de leite, que vai flutuar sobre o chá. Polvilhe com canela em pó. Sirva em seguida
Rendimento: 2 porções
Tempo: 10 minutos

Chá

Uma chávena ou xícara com chá.
O chá é uma bebida preparada através da infusão de folhas, flores, raízes de chá, ou Camellia sinensis. Geralmente é preparada com água quente. Cada variedade adquire um sabor definido de acordo com o processamento utilizado, que pode incluir oxidação, fermentação, e o contato com outras ervas, especiarias e frutos.
A palavra "chá" é também usada popularmente para referenciar qualquer infusão de frutos, folhas, raízes ou ervas como a camomila ou a cidreira, mesmo não contendo folhas de chá (ver tisana). Este artigo debruça-se, contudo, apenas sobre o verdadeiro chá.

Cultivo

Plantação de chá na Malásia.
Nativo de regiões subtropicais com clima de monções, o chá também é cultivado em climas tropicais, obtendo maior sucesso em regiões de alta altitude. Quantitativamente, das cerca de 3.000.000 de toneladas produzidas anualmente, metade é produzida pela China e Índia, em proporções iguais. 60% do restante é produzido pelo Quénia, Turquia, Indonésia e Sri Lanka. Na Europa apenas é cultivado nos Açores, onde são produzidas anualmente cerca de 40 t.
Em todas as regiões produtoras de chá, o cultivo é semelhante, utilizando árvores podadas, para facilitar a colheita, e relativamente jovens, sendo substituídas quando começam a perder produtividade, com cerca de 50 anos. Notáveis exceções incluem o Gyokuro, chá verde japonês, protegido do sol durante o cultivo, e o Pu-erh, tradicional chá do sudoeste da China, que utiliza árvores com dezenas de metros e centenas de anos, muitas delas selvagens.
Arbusto de chá

Cultivo em Portugal

Portugal teve duas primazias em relação à introdução do chá na Europa. A da introdução do consumo de chá e a introdução, em 1750, do cultivo do chá. Foram produzidos, na Ilha de São Miguel em zonas de micro-clima como Porto Formoso e Capelas, 10 kg de chá preto e 8 kg de chá verde. No entanto seria só um século depois que, com a chegada de mão de obra especializada, a produção se tornaria consequente, passando a haver uma aposta na industrialização do processamento após a coleta das folhas.
Ressaltar que atualmente o chá produzido nos Açores, sob as marcas Gorreana e Porto Formoso, é considerado um chá biológico, o que em muitos mercados provoca uma ideia de novidade que não é atual. O processamento deste, desde o cuidado dos arbustos até à colheita, é o mesmo há 250 anos. Este chá tem praticamente toda a sua produção dividida entre a região dos Açores, a comunidade da ilha na diáspora e o Reino Unido.

Processamento do chá

Os quatro tipos de chá são distinguíveis pelo seu processamento. Camellia sinensis é um arbusto sempre verde cujas folhas, se não são logo secas depois de apanhadas, rapidamente começam a oxidar. Este processo lembra a maltização da cevada; as folhas ficam progressivamente escuras, assim que a clorofila se quebra. O processo seguinte no processamento é parar o processo de oxidação num estado predeterminado removendo a água das folhas via aquecimento. O termo fermentação é frequente e muito usado para descrever este processo, mesmo que na verdade nenhuma verdadeira fermentação aconteça (ou seja, o processo não é digerido por microorganismos).
O chá é tradicionalmente classificado em quatro grupos principais baseados no grau de oxidação:
  • Chá branco: folhas jovens (novos botões que cresceram) que não sofreram efeitos de oxidação; os botões podem estar escudados da luz do sol para prevenir a formação de clorofila.
  • Chá verde: a oxidação é parada pela aplicação de calor, que através de vapor, um método tradicional japonês, ou em bandejas quentes — o método tradicional chinês).
  • Oolong (烏龍茶): cuja oxidação é parada alguns entre o chá verde e o chá preto.
  • Chá preto: oxidação substancial. A tradução literal da palavra chinesa é chá vermelho, o que pode ser usado entre os fãs de chá.
  • variações pouco comuns: estão disponíveis várias preparações de chá que não se enquadram na nomenclatura usual.
    • Pu-erh (普洱茶): erroneamente considerado como uma subclasse de chá preto, pu-erh é um produto muito invulgar. O Pu-erh é um chá fermentado e envelhecido (pode ter mais de 50 anos), por vezes, descrito como duplamente fermentado, sendo a segunda "fermentação" resultado da ação de bactérias. Existe um método moderno de acelerar o envelhecimento natural que produz pu-erh de menor qualidade, chamado pu-erh cozinhado, que é vendido frequentemente em saquinhos. O pu-erh tradicional é conservado em forma de "tijolo" ou outras formas (as folhas de chá depois de tratadas são prensadas em moldes). Este é o mais apreciado de todos os chás na China, sendo catalogado em função da qualidade das folhas e do ano de produção, tal como um bom vinho no ocidente, e é o chá normalmente utilizado para a cerimônia de chá chinesa (Kung Fu Cha). Para preparar a infusão usa-se água muito quente ou até mesmo a ferver (os tibetanos são conhecidos por deixá-los a ferver durante a noite). O Pu-erh é considerado como um chá medicinal na China.
    • Chá amarelo: é usado como um nome de chá de alta qualidade servido na corte imperial, ou de um chá especial processado similarmente ao chá verde, mas com uma fase de secagem mais demorada.
    • Chong Cha (虫茶): literalmente "chá quente", esta espécie é feita a partir de sementes de botões de chá em vez de folhas. É usado na medicina chinesa para lidar com o calor do verão bem como para tratar sintomas de gripe.
    • Kukicha ou chá de inverno: feita de galhos e folhas velhas twig podadas da planta de chá durante a época dormente e tostado a seco sob o fogo. É popular na medicina tradicional japonesa e na dieta macrobiótica.
    • Lapsang souchong (正山小种 ou 烟小种) de Fujian, China, é um chá preto fumado, isto é, secado usando fogueiras de pinho.
    • Chá Rize: chá preto forte, produzido na Turquia, com um sabor distinto e preparação específica, incluindo pré-aquecimento, servido com açúcar.

Processamento do chá preto

O chá preto é processado de duas formas, em CTC (Crush, Tear, Curl — Esmagamento, Rasgo, Enrolamento) ou ortodoxo, isto é, em folhas inteiras.
O método CTC é usado para folhas de média e baixa qualidade que acabam em saquinhos de chá e são processados por máquinas. O processamento manual é usado para chás de qualidade elevada. Este estilo de processamento ortodoxo resulta num chá de qualidade elevada procurado por muitos conhecedores e apreciadores de chá.

Variedades

O chá preto produzido fora da China toma normalmente o nome da região de origem: Darjeeling, Assam, Ceilão, entre outras. Na China, o chá preto mais famoso é provavelmente o Keemun, mas existem muitas outras variedades. A maioria dos chás verdes, contudo, são produzidos na China e Japão e por isso mantiveram o seu nome em japonês ou chinês tradicional: Genmaicha (玄米茶), Houjicha (焙じ茶), Pouchong (包種茶), etc. O chá verde e o chá preto têm antioxidantes, mas de tipos diferentes. O chá verde é mais rico em catequinas, especialmente o galato de epigalhocatequina, enquanto que o chá preto contém uma maior variedade de flavonóides. O chá Oolong é intermédio, sendo o mais famoso o chá da Formosa. O chá branco, de folhas de chá muito jovens, é muitas vezes considerado um tipo distinto, embora ocasionalmente seja agrupado como um chá verde devido ao processamento simples. O chá branco produz uma infusão delicada que a maioria das vezes retém uma doçura residual leve.
Todos os tipos são vendidos como chás "simples", quando são uma única variedade, ou "misturas" (blends).
Adulteração e falsificação são problemas sérios no comércio global de chá; a quantidade de chá vendida como Darjeeling, o mais apreciado dos chás pretos, todos os anos excede grandemente a produção anual de Darjeeling, estimada em 11000 toneladas. Entre os chás, o chá branco é considerado o mais raro e mais caro; ele deve ser colhido manualmente apenas durante uma certa fase da vida da planta. Independente disso, no entanto, encontra-se disponível em lojas especializadas e, apenas recentemente, acondicionados em saquinhos de papel.

Misturas e aditivos

Quase todos os chás em saquetas e a maior parte dos outros chás são misturas. Apesar de recentes melhoramentos na técnica de congelação seca e do método melhorado de infusão, são vendidos o pó de chá e a essência condensada de chá que apenas necessitam de água quente ou fria para se preparar uma chávena de chá. A mistura pode ocorrer ao nível de uma só área de plantação (por exemplo Assam), ou podem ser misturados chás provenientes de diversas áreas. O objetivo da elaboração de misturas é a obtenção de um sabor estável ao longo dos anos e de melhor preço. Numa mistura, o chá mais caro e mais saboroso pode encobrir o sabor inferior de um chá mais barato.
Há vários chás que contêm aditivos e/ou processamentos diferentes das variedades "puras". O chá tem a capacidade de adquirir qualquer aroma facilmente, o que pode trazer problemas no processamento, no transporte, ou na sua armazenagem, mas essa capacidade também deve ser aproveitada vantajosamente para preparar chás aromatizados.
  • O chá de jasmim é espalhado conjuntamente com flores de jasmim durante a oxidação, e ocasionalmente são deixadas algumas flores no chá como decoração. Muitas outras flores, como a rosa e outras flores perfumadas, são usadas como aromatizantes do chá na China.
  • O chá Earl Grey é geralmente uma mistura de chás pretos, com adição de essência de bergamota (fruto da família dos cítricos originário de Itália).
  • Chás com especiarias, tais como o indiano massala chai, aromatizados com especiarias tais como o gengibre, o cardamomo, a canela, a pimenta preta, o cravo-da-Índia, o louro indiano e por vezes a noz-moscada são comuns no sul da Ásia e no Médio Oriente.
  • O chá Touareg é chá verde forte com Nana hortelã, preparado nos países do norte de África e Médio Oriente.
  • O Jagertee é chá com adição de rum.

Substitutos do chá

Infusões de outras plantas também são às vezes chamadas de "chá" e utilizadas em substituição deste:

História

Origem e disseminação do chá

Historicamente, a origem do chá como erva medicinal útil para se manter desperto não é clara. O uso do chá, enquanto bebida social data, pelo menos, da época da dinastia Tang. O chines
Os primeiros europeus a contactar com o chá foram os Portugueses que chegaram ao Japão em 1560[1].
Em breve a Europa começou a importar as folhas, tendo a bebida tornando-se rapidamente popular, especialmente entre as classes mais abastadas na França e Países Baixos. O uso do chá na Inglaterra é atribuído a Catarina de Bragança, princesa portuguesa que casou com Carlos II da Inglaterra) e pode ser situado cerca de 1660. Catarina patrocinava "Tea parties", onde o chá passou a ser apreciado pelas mulheres e, posteriormente, daí passou a ser também do gosto masculino.
O chá era bebido em cafés e seu consumo foi crescendo desde o final do século XVII, sendo que era bebido a qualquer hora do dia até o início do século XIX, quando a tradição chá da tarde ("five o'clock tea") foi instituída pela sétima Duquesa de Bedford em Londres.

A palavra chá

O carácter chinês para chá é 茶, mas tem duas formas completamente distintas de se pronunciar. Uma é 'te' que vem da palavra malaia para a bebida, usada pelo Dialecto Min-nan que se encontra em Amoy. Outra é usada em cantonês e mandarim, que soa como cha e significa 'apanhar, colher'.
Esta duplicidade fez com que o nome do chá nas línguas não chinesas as dividisse em dois grupos:
Línguas que usam derivados da palavra Te: alemão, inglês, dinamarquês, hebraico, húngaro, finlandês, indonésio, italiano, letão, tamil, sinhala, francês, holandês, espanhol, arménio e latim científico.
Línguas que usam derivados da palavra Cha: hindi, japonês, português, persa, albanês, checo, russo, turco, tibetano, árabe, vietnamita, coreano, tailandês, grego, romeno, swahili, croata.

Influências sobre a saúde

O chá é tradicionalmente usado nos seus países de origem como uma bebida benéfica à saúde em vários aspectos. Recentemente, cientistas têm se dedicado aos estudos dos efeitos do chá sobre o organismo, bem como a conhecer melhor as substâncias que promovem esses efeitos. Todos os tipos de chá possuem praticamente as mesmas substâncias, porém em concentrações muito diferentes devido aos processos de preparação.
Estudos sugerem que o chá tem muitas propriedades benéficas importantes, por exemplo: é anticancerígeno, aumenta o metabolismo, ajuda o sistema imunológico, reduz o mau-hálito, diminui o stress, tem efeitos sobre o HIV. É no entanto necessária alguma precaução em relação a estas conclusões, porque não existem praticamente resultados científicos conclusivos e além disso alguns dos estudos feitos (particularmente na China) têm por detrás grandes interesses económicos.
É no entanto de salientar que o excesso de consumo, ou o consumo de chá mal conservado ou mal preparado, têm também efeitos negativos para a saúde. Em particular, o chá possui fluoretos (provocam osteoporose e artrite e são cancerígenos), cafeína (provoca doenças do sono), e oxalatos (provocam problemas renais). Mas, em geral, pode-se dizer que o chá tem sobretudo efeitos benéficos, porque todas estas substâncias têm efeitos benéficos se ingeridas em pequenas quantidades.
Fonte: Wikipédia
O-cha, palavra com a qual os japoneses se referem ao chá, é a bebida mais comum servida junto à refeição em casa, bares e restaurantes, chegando a ser servido gratuitamente em muitos deles. Da mesma forma que os britânicos adotam o chá como parte de suas vidas, no Japão o chá também é um elemento indispensável na rotina diária. Um antigo costume japonês é fazer uma pausa às três da tarde para compartilharem doces e chá. A cerimônia do chá, que utiliza outro tipo diferente dos chás utilizados no dia-a-dia, é um ritual formal de preparação e degustação do amargo chá verde (chamado de bamcha) que teve origem no Período Azuchi-Momoyama (1573 -1603) e ainda é muito praticado nos dias de hoje.

Arbusto de chá O chá é a infusão de folhas ou botões da planta Camellia sinensis, geralmente preparada com água quente. Cada variedade adquire um sabor definido de acordo com o processamento utilizado, que pode incluir oxidação, fermentação, e o contato com outras ervas, especiarias e frutos.

A palavra "chá" é também usada popularmente para referenciar qualquer infusão de fruto ou erva, mesmo não contendo folhas de chá, como, por exemplo, o chá de camomila. Este artigo debruça-se sobre o 'verdadeiro' chá.

Cultivo

Plantação de chá na Malásia.Nativo de regiões subtropicais com clima de monções, o chá também é cultivado em climas tropicais, obtendo maior sucesso em regiões de alta altitude. Quantitativamente, das cerca de 3.000.000 de toneladas produzidas anualmente, metade é produzida pela China e Índia, em proporções iguais. 60% do restante é produzido pelo Quénia, Turquia, Indonésia e Sri Lanka. Na Europa apenas é cultivado nos Açores, onde são produzidas anualmente cerca de 40 t.

Em todas as regiões produtoras, o cultivo é semelhante, utilizando árvores podadas, para facilitar a colheita, e relativamente jovens, sendo substituídas quando começam a perder produtividade, com cerca de 50 anos. Notáveis exceções incluem o Gyokuro, chá verde japonês, protegido do sol durante o cultivo, e o Pu-erh, tradicional chá do sudoeste da China, que utiliza árvores com dezenas de metros e centenas de anos, muitas delas dahs e selvagens.

Cultivo em Portugal
Portugal teve duas primazias em relação à introdução do chá na Europa. A da introdução do consumo de chá e a introdução, em 1750, do cultivo do chá. Foram produzidos, na Ilha de São Miguel em zonas de micro-clima como Porto Formoso e Capelas, 10 kg de chá preto e 8 kg de chá verde. No entanto seria só um século depois que, com a chegada de mão de obra especializada, a produção se tornaria consequente, passando a haver uma aposta na industrialização do processamento após apanha das folhas.

De ressalvar que atualmente o chá produzido nos Açores, sob o nome genérico de Gorreana, é considerado um chá biológico, o que em muitos mercados provoca uma ideia de novidade que não é de todo factual. O processamento deste, desde o cuidado dos arbustos até à colheita, é o mesmo há 250 anos. Este chá tem praticamente toda a sua produção dividida entre a região dos Açores, a comunidade da ilha na diáspora e o Reino Unido.

Processamento do chá
Os quatro tipos de chá são distinguíveis pelo seu processamento. Camellia sinensis é um arbusto sempre verde cujas folhas, se não são logo secas depois de apanhadas, rapidamente começam a oxidar. Este processo lembra a maltização da cevada; as folhas ficam progressivamente escuras, assim que a clorofila se quebra. O processo seguinte no processamento é parar o processo de oxidação num estado predeterminado removendo a água das folhas via aquecimento. O termo fermentação é frequente e erroneamente usado para descrever este processo, mesmo que na verdade nenhuma verdadeira fermentação aconteça (ou seja, o processo não é digerido por microorganismos).

O chá é tradicionalmente classificado em quatro grupos principais baseados no grau de oxidação:

Chá branco - folhas jovens (novos botões que cresceram) que não sofreram efeitos de oxidação; os botões podem estar escudados da luz do sol para prevenir a formação de clorofila.
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A transparência do Chá BrancoChá verde - a oxidação é parada pela aplicação de calor, quer através de vapor, um método tradicional japonês, ou em bandejas quentes - o método tradicional chinês).

Erva Chá VerdeOolong (烏龍茶) - cuja oxidação é parada algures entre o chá verde e o chá preto.

Erva seca do chá Oolong Chá preto - oxidação substancial. A tradução literal da palavra chinesa é chá vermelho, o que pode ser usado entre os fãs de chá.

Erva secado Chá Pretovariações pouco comuns - estão disponíveis várias preparações de chá que não se enquadram na nomenclatura usual.
Pu-erh (普洱茶) - Erroneamente considerado como uma subclasse de chá preto, pu-erh é um produto muito invulgar. O Pu-erh é um chá fermentado e envelhecido (pode ter mais de 50 anos), por vezes, descrito como duplamente fermentado: sendo a segunda "fermentação" resultado da ação de bactérias. Existe um método moderno de acelerar o envelhecimento natural que produz pu-erh de menor qualidade, chamado pu-erh cozinhado, que é vendido frequentemente em saquinhos. O pu-erh tradicional é conservado em forma de "tijolo" ou outras formas (as folhas de chá depois de tratadas são prensadas em moldes). Este é o mais apreciado de todos os chás na China, sendo catalogado em função da qualidade das folhas e do ano de produção, tal como um bom vinho no ocidente, e é o chá normalmente utilizado para a cerimónia de chá chinesa (Kung Fu Cha). Para preparar a infusão usa-se água muito quente ou até mesmo a ferver (os tibetanos são conhecidos por deixá-los a ferver durante a noite). O Pu-erh é considerado como um chá medicinal na China.

Chá Pu-erh comercializado
Chá amarelo - é usado como um nome de chá de alta qualidade servido na corte imperial, ou de um chá especial processado similarmente ao chá verde, mas com uma fase mais curta para secar.

Cultivo do Chá Amarelo
Chong Cha (虫茶) - literalmente "chá quente", esta espécie é feita a partir de sementes de botões de chá em vez de folhas. É usado na medicina chinesa para lidar com o calor do verão bem como para tratar sintomas de gripe.

Planta do Chong Chá
Kukicha ou chá de inverno - feita de galhos e folhas velhas twig podadas da planta de chá durante a época dormente e tostado a seco sob o fogo. É popular na medicina tradicional japonesa e na dieta macrobiótica.

Chá Kukicha comercializado
Lapsang souchong (正山小种 ou 烟小种) de Fujian, China, é um chá preto fumado. isto é, secado usando fogueiras de pinho.

Erva Lapsang
Chá Rize - chá preto forte, produzido na Turquia, com um sabor distinto e preparação específica, incluindo pré-aquecimento, servido com açúcar.

Plantação de Rize Processamento do chá preto
O chá preto é processado de duas formas, em CTC (Crush, Tear, Curl - Esmagamento, Rasgo, Enrolamento) ou ortodoxo, isto é, em folhas inteiras.

O método CTC é usado para folhas de baixa qualidade que acabam em saquinhos de chá e são processados por máquinas. Este método é eficiente para produzir um produto a partir de folhas de qualidade média ou baixa. O processamento manual é usado para chás de qualidade elevada. Este estilo de processamento ortodoxo resulta num chá de qualidade elevada procurado por muitos conhecedores e apreciadores de chá.

Variedades
O chá preto produzido fora da China toma normalmente o nome da região de origem: Darjeeling, Assam, Ceilão, entre outras. Na China, o chá preto mais famoso é provavelmente o Keemun, mas existem muitas outras variedades. A maioria dos chás verdes, contudo, são produzidos na China e Japão e por isso mantiveram o seu nome em japonês ou chinês tradicional: Genmaicha (玄米茶), Houjicha (焙じ茶), Pouchong (包種茶), etc. O chá verde e o chá preto têm antioxidantes, mas de tipos diferentes. O chá verde é mais rico em catequinas, especialmente o galato de epigalhocatequina, enquanto que o chá preto contém uma maior variedade de flavonóides. O chá Oolong é intermédio, sendo o mais famoso o chá da Formosa. O chá branco, de folhas de chá muito jovens, é muitas vezes considerado um tipo distinto, embora ocasionalmente seja agrupado como um chá verde devido ao processamento simples. O chá branco produz uma infusão delicada que a maioria das vezes retém uma doçura residual leve.

Todos os tipos são vendidos como chás "simples", quando são uma única variedade, ou "misturas" (blends).

Adulteração e falsificação são problemas sérios no comércio global de chá; a quantidade de chá vendida como Darjeeling, o mais apreciado dos chás pretos, todos os anos excede grandemente a produção anual de Darjeeling, estimada em 11000 toneladas. Entre os chás, o chá branco é considerado o mais raro e mais caro; ele deve ser colhido manualmente apenas durante uma certa fase da vida da planta. Independente disso, no entanto, encontra-se disponível em lojas especializadas e, apenas recentemente, acondicionados em saquinhos de papel.

Misturas e aditivos
Quase todos os chás em saquetas e a maior parte dos outros chás são misturas. Apesar de recentes melhoramentos na técnica de congelação seca e do método melhorado de infusão, são vendidos o pó de chá e a essência condensada de chá que apenas necessitam água quente ou fria para se preparar uma chávena de chá. A mistura pode ocorrer ao nível de uma só área de plantação (por exemplo Assam), ou podem ser misturados chás provenientes de diversas áreas. O objectivo da elaboração de misturas é a obtenção de um sabor estável ao longo dos anos e de melhor preço. Numa mistura, o chá mais caro e mais saboroso pode encobrir o sabor inferior de um chá mais barato.

Há vários chás que contêm aditivos e/ou processamentos diferentes das variedades "puras". O chá tem a capacidade de adquirir qualquer aroma facilmente, o que pode trazer problemas no processamento, no transporte, ou na sua armazenagem, mas essa capacidade também ser aproveitada vantajosamente para preparar chás aromatizados.

O chá de jasmim é espalhado conjuntamente com flores de jasmim durante a oxidação, e ocasionalmente são deixadas algumas flores no chá como decoração. Muitas outras flores, como a rosa e outras flores perfumadas, são usadas como aromatizantes do chá na China.
O chá Earl Grey é geralmente uma mistura de chás pretos, com adição de essência de bergamota (fruto da família dos cítricos originário de Itália).
Chás com especiarias, tais como o indiano massala chai, aromatizados com especiarias tais como o gengibre, o cardamomo, a canela, a pimenta preta, o cravo-da-Índia, o louro indiano e por vezes a noz-moscada são comuns no sul da Ásia e no Médio Oriente.
O chá Touareg é chá verde forte com Nana hortelã, preparado nos paises do norte de África e Médio Oriente.
O Jagertee é chá com adição de rum.

Substitutos do chá
Infusões de outras plantas também são às vezes chamadas de "chá" e utilizadas em substituição deste:

Erva Mate (or yerba mate) é um arbusto cultivado principalmente na Argentina, Uruguai e Brasil.
Rooibos (Red Bush) é uma planta avermelhada, originária da África do Sul que faz uma infusão semelhante ao chá negro.
Honeybush, relacionada com o rooibos mas mais doce, cresce também na África do Sul.
"chá de ervas" é o termo geral para todas as infusões feitas a partir de diferentes partes de plantas, não necessariamente ervas. Exemplos mais comuns: chá de camomila, de erva-cidreira, de tília, príncipe, de menta, etc.

História Origem e disseminação do chá
Historicamente, a origem do chá como erva medicinal útil para se manter desperto não é clara. O uso do chá, enquanto bebida social data, pelo menos, da época da dinastia Tang.
Os primeiros europeus a contactar com o chá foram os Portugueses que chegaram ao Japão em 1560.
Em breve a Europa começou a importar as folhas, tendo a bebida tornado-se rapidamente popular, especialmente entre as classes mais abastadas em França e Países Baixos. O uso do chá em Inglaterra é atribuído a Catarina de Bragança, princesa portuguesa que casou com Carlos II de Inglaterra) e pode ser situado cerca de 1650.

A palavra chá
O carácter chinês para chá é 茶, mas tem duas formas completamente distintas de se pronunciar. Uma é 'te' que vem da palavra malaia para a bebida, usada pelo dialecto Min-nan que se encontra em Amoy. Outra é usada em cantonês e mandarim, que soa como cha e significa 'apanhar, colher'.

Esta duplicidade fez com que o nome do chá nas línguas não chinesas as dividisse em dois grupos:

Línguas que usam derivados da palavra Te: alemão, inglês, dinamarquês, hebraico, húngaro, finlandês, indonésio, italiano, letão, tamil, sinhala, francês, neerlandês, espanhol, arménio e latim científico.
Línguas que usam derivados da palavra Cha: hindi, japonês, português, persa, albanês, checo, russo, turco, tibetano, árabe, vietnamita, coreano, tailandês, grego, romeno, swahili.

Influências sobre a saúde
O chá é tradicionalmente usado nos seus países de origem como uma bebida benéfica à saúde em vários aspectos. Recentemente, cientistas têm se dedicado aos estudos dos efeitos do chá sobre o organismo, bem como conhecer melhor as substâncias que promovem esses efeitos. Todos os tipos de chá possuem praticamente as mesmas substâncias, porém em concentrações muito diferentes devido aos processos de preparação.

Estudos sugerem que o chá tem muitas propriedades benéficas importantes, por exemplo: é anti-cancerígeno, aumenta o metabolismo, ajuda o sistema imunitário, reduz o mau-hálito, diminui o stress, tem efeitos sobre o HIV. É no entanto necessária alguma precaução em relação a estas conclusões, porque não existem praticamente resultados científicos conclusivos e além disso alguns dos estudos feitos (particularmente na China) têm por detrás grandes interesses económicos.

É no entanto de salientar que o excesso de consumo, ou o consumo de chá mal conservado ou mal preparado, têm também efeitos negativos para a saúde. Em particular, o chá possui fluoretos (provocam osteoporose e artrite e são cancerígenos), cafeína (provoca doenças do sono), e oxalatos (provocam problemas renais). Mas, em geral, pode-se dizer que o chá tem sobretudo efeitos benéficos, porque todas estas substâncias têm efeitos benéficos se ingeridas em pequenas quantidades.

Fonte: Sushi Forum

A História do Chá


 


“Fale pouco do que você sabe e nada do que você não sabe...”

Hoje vou transcrever uma história, que me parece bem necessária para nossa reflexão diante de tantas tolices e incongruências com que temos convivido. Histórias sempre nos ensinam alguma coisa, por isso são eternas. Leiam todos e aproveite quem puder!


“ Nos tempos antigos, o chá não era conhecido fora da China. Rumores de sua existência haviam chegado aos sábios e ignorantes de outro países, e cada um tratava de investigar o que era, de acordo com o que queria ou com o que pensava que era. O rei de um país mandou um embaixador com sua comitiva à China e o imperador chinês lhes deu chá. Mas, ao ver que os camponeses também o bebiam, chegaram à conclusão que não era digno de seu amo real e, além do mais, que o imperador chinês estava querendo enganá-los, fazendo passar outra substância pela bebida celestial, sobre a qual tanto haviam ouvido.

Um filósofo, o maior de outro país, recolheu toda informação que pode encontrar sobre o chá e chegou à conclusão de que devia ser uma substância raramente encontrada e que era diferente das que, até então, eram conhecidas. Pois, não se fazia referência à ela como uma erva, uma água verde, negra, às vezes amarga e às vezes doce?

Em outros países, durante séculos, as pessoas provaram todas as ervas que podiam encontrar. Muitos foram envenenados, todos estavam desiludidos, pois ninguém havia levado a planta do chá para suas terras e, portanto, não a podiam encontrar. Também, inutilmente, beberam todos os líquidos que puderam encontrar.
Em outro território, uma pequena bolsa contendo chá era levada continuamente em procissão, diante do público, enquanto caminhavam para os serviços religiosos. Ninguém pensava em prová-lo. Na verdade, ninguém sabia como fazê-lo ou o que se podia fazer, todos estavam convencidos de que o próprio chá possuía uma qualidade mágica. Um homem sábio lhes disse: - «Vertam água fervendo sobre a erva , homens ignorantes». Rapidamente foi preso e condenado à morte, porque fazer isso, de acordo com suas crenças, conduziria à destruição de seu chá. E isso mostrava que ele era um inimigo de sua fé.

Apesar disso, alguns, que o haviam escutado antes de morrer, puderam obter um pouco de chá e bebê-lo em segredo. Quando alguém lhes dizia: - «O que estão bebendo?», respondiam: - «É somente um remédio que tomamos para uma certa enfermidade».E assim acontecia em todo o mundo. O chá havia sido visto crescer por alguns que não o reconheciam. Havia sido dado à outros para beber, mas eles acreditavam que era a bebida de gente comum. Havia estado na posse de outros, que o veneravam, assim como ao seu recipiente. Fora da China, apenas poucos, em verdade, o bebiam e isto, somente ocultando-se.

Foi, então, que veio um homem de conhecimento profundo e disse aos vendedores de chá, aos que bebiam chá e aos outros: - «Aquele que prova sabe. Aquele que não prova, não sabe. Em vez de falar sobre a bebida celestial, não digam nada, mas ofereçam aos seus convidados. Aqueles que gostarem, pedirão mais; aqueles que não gostarem demonstrarão que não estão aptos para ser bebedores de chá. Fechem a tenda do argumento e do mistério. Abram a casa de chá da experiência».

Depois disso, o chá foi levado de um ponto a outro na rota da seda, e sempre que um mercador de jade, de pedras preciosas ou de seda parava para descansar, fazia chá e o oferecia à quem estivesse por perto, quer conhecesse o chá ou não. Este foi o princípio das Chaikhanas, as casas de chá que foram estabelecidas por todo o caminho, desde Pequin até Bokhara e Samarkanda; todos aqueles que provavam sabiam.

Note-se bem que, no princípio, eram somente os poderosos e os que pretendiam ser homens de conhecimento que buscavam a bebida celestial, os quais também diziam: - «Mas isto são apenas folhas secas!» ou - «Por que fervem água, quando a única coisa que quero é a bebida celestial?», «Como posso saber o que é isso? Comprovem-me. Além do mais, a cor do líquido não é da cor do ouro, mas ocre!».
Quando, finalmente, se soube a verdade e quando o chá foi trazido para que todos que quisessem o provassem, os papéis mudaram, e os únicos que diziam as coisas que haviam sido ditas pelos poderosos e pelos inteligentes, eram os tolos. E este é o caso até os nossos dias. “

O chá


Sem dúvida que o primeiro chá bebido na corte inglesa por D. Catarina de Bragança lhe terá sido enviado de Lisboa vindo da China via Macau, primeiro entreposto comercial entre o Ocidente e o Oriente (desde 1557).

A rainha Catarina terá ensinado a preparar o chá e a bebê-lo acompanhado de bolos. E passou a ser preparado em bules de porcelana. Pensa-se que a princesa portuguesa, ou alguma dama da sua comitiva, terá levado para a corte inglesa a receita do doce de laranja, preparado na zona de Vila Viçosa, onde este fruto abunda. A verdade é que o termo «marmalade» é a palavra portuguesa «marmelada», que é confeccionada com marmelo, fruto que não era conhecido em Inglaterra. A «marmalade» inglesa é doce de laranja. A «marmelada» portuguesa entrou em Inglaterra em 1495 .

Pelo facto de D. Catarina de Bragança estar para sempre ligada à introdução do chá nas ilhas Britânicas, aproveitamos para falar da origem do chá.

Como é sabido o chá e originário do Tibete (China).

Desde o seculo XIII e IX que era já tomado, não só como bebida reconfortante nos dias frios dessa região quase sempre gelada, mas também como bebida medicinal calmante ou estimulante consoante o tempo de infusao das folhas. Entrou no Japao no seculo VIII ou IX, através de monges budistas e passou a sua preparação a um rito religioso numa cerimónia onde cada gesto tem um significado.
Fonte: Blog Curiosidades da História

A origem do chá e sua história

05/07/2011

História do Chá

A árvore do chá é nativa das florestas na base da Cordilheira do Himalaia. A combinação do clima tropical nessas terras baixas com as monções, as chuvas mais intensas do mundo, dá origem a uma das áreas mais ricas em plantas no planeta.
Entre 60 mil e 100 mil anos atrás, o Homo sapiens se espalhou pelo Himalaia. Foram os primeiros humanos a mascar as folhas de chá e descobrir suas propriedades benéficas, estimulantes para o corpo e a mente. É possível que tenham observado e reproduzido o comportamento dos macacos: acredita-se que esses animais mascavam folhas de Camellia sinensis.
Mascar folhas de chá trazia bem-estar ao organismo quando era preciso fazer trabalhos pesados, subir montanhas e realizar grandes caminhadas pela floresta, e ainda hoje o hábito de mastigar folhas de chá para aliviar o cansaço e a fome é mantido na região do Turquestão, na Ásia Central.
O chá que conhecemos é consumido como uma infusão de suas folhas em água quente, mas nem sempre foi assim. As primeiras notícias que se tem do consumo de chá entre os habitantes das florestas de algumas regiões do Sião (atual Tailândia), de Burma (hoje Myanmar), da Índia e do sudoeste da China é como alimento ―  comia-se o chá em vez de bebê-lo. Até hoje isso é comum em Myanmar, no norte da Tailândia e na província de Yunnan, na China, locais em que chá selvagem é mascado depois de ser cozido no vapor e fermentado.
Os Shan, do norte da Tailândia, cozinhavam ou ferviam essas mesmas folhas de chá selvagem e depois as moldavam na forma de bolas, que seriam comidas com sal, óleo, alho, gordura de porco e peixe seco. Em regiões de grande altitude, o chá era ainda consumido na forma de sopa grossa com manteiga de iaque, açúcar ou outros ingredientes.
Há milhares de anos, várias das tribos originárias da região do Himalaia começaram a comercializar essas folhas com os habitantes de outras áreas, entre elas a China. Talvez por acaso uma folha de chá tenha caído em água fervente, e então se percebeu que ele poderia ser consumido também como infusão. Desde então o chá passou a ser considerado uma bebida, e assim foi difundido da China para o Tibete e a Mongólia, e a toda parte da Ásia Central
Os primeiros a adotar o consumo do chá foram os monges dos monastérios budistas e taoístas. Eles descobriram que o chá melhorava a concentração mental e espantava o sono. O problema é que as folhas de chá cresciam em grandes árvores na floresta, o que dificultava sua colheita. A solução dos monges foi modificar a planta com a já praticada técnica do bonsai, transformando-a em um arbusto pequeno, de fácil acesso.
O chá também era usado para fins medicinais: contra a fadiga, para aumentar a força de vontade, além de curar doenças dos olhos. Na forma de pasta, era aplicada sobre o corpo para aliviar dores reumáticas. Os taoístas até mesmo proclamavam que o chá era um ingrediente importante para o tão almejado elixir da imortalidade.
Durante a dinastia Tang (620-907), o chá se espalhou pela maior parte das províncias chinesas. Sua popularidade aumentou no século VII com a publicação do primeiro tratado sobre a bebida. Esse livro se tornou uma bíblia para os produtores e consumidores de chá.
Em 1578 surgiu o livro do então farmacologista chinês Li-Shi-Chen, no qual afirmava que o chá melhorava a digestão e neutralizava toxinas no sistema digestivo, curava disenteria, doenças do pulmão, baixava a febre e tratava a epilepsia. Outro dos efeitos benéficos do chá − ao ser consumido como infusão em água fervida, evitava doenças associadas à água quando ela não era potável.
Com o tempo, a China se tornou grande exportadora de chá para as regiões vizinhas, da Sibéria às regiões islâmicas do Oriente Médio. Por volta do século XII, ao lado da seda, tijolos de chá se tornaram desejadas moedas de troca na Ásia Central. No século XV, a bebida já havia influenciado profundamente os hábitos de grande parte da população em todo o mundo.
Mas em nenhum outro lugar a influência foi maior que no Japão, moldando sua cultura e economia. O chá foi introduzido no país por volta do ano de 593. Como na China, a planta era cultivada em monastérios como erva medicinal e consumida pelos monges para que se mantivessem alertas durante a meditação. Sua influência nessa época estava restrita apenas aos monastérios e à corte. Por ter se curado de uma doença do estômago depois de adotar o hábito de beber chá, o xógum Sanetomo (1203-1219) tornou-se devoto da bebida e ajudou a difundi-la por todo o Japão. Foi criada uma cerimônia para servi-lo – ao ser preparado na sua mais pura e poderosa forma, maior o efeito da bebida. A planta, o mais fresca possível, era moída até se tornar pó e em seguida consumida em um ritual que ainda hoje é reverenciado no país.
No período Muromachi (de 1336 em diante), todas as classes sociais japonesas passaram a consumir o chá. Casas de chá e quiosques apareceram nas ruas e em estradas japonesas.
O chá chegou à Europa no século XVII, importado por um comerciante holandês. Missionários, diplomatas e outros viajantes que visitaram a China descreveram a maravilhosa planta chinesa, que parecia curar tantas doenças.
Na Inglaterra, já se tomava chá por volta de 1657. Nessa época, seu consumo era restrito − seu preço elevado o tornava item de luxo . O preço do chá baixou de 1730 em diante, quando foi criada uma rota direta de navios entre a China e a Inglaterra. Por volta de 1784, ricos e pobres da Inglaterra bebiam chá pelo menos 2 vezes ao dia.
O sucesso do chá pode ser atribuído também à maneira como era servido na Inglaterra. As pessoas se reuniam para tomar chá, preparado à vista de todos, em uma adaptação do ritual assistido no Japão . Como era uma boa oportunidade para a socialização, foi criada “a hora do chá” para os trabalhadores de fábricas, escritórios, minas e em todos os demais lugares de trabalho e de lazer, como também nas residências dos ingleses.
O chá ajudou também a criar a propaganda de produtos − primeira propaganda para um bem de consumo, foi feita em um jornal inglês em 1658. O chá se tornou a bebida favorita na Inglaterra, e sem dúvida essa foi uma das grandes revoluções no consumo de bebidas e na história do chá.
No Brasil, as primeiras mudas foram trazidas pela família imperial no século XIX. Nessa época, sua finalidade era apenas ornamental. Na primeira metade do século XX, imigrantes japoneses iniciaram o cultivo comercial da espécie trazida pela família imperial no interior de São Paulo, mas as plantas eram inadequadas à produção. Em uma viagem ao Ceilão (atual Sri Lanka), o imigrante Torazo Okamoto e sua mulher trouxeram as primeiras sementes que dariam origem à produção brasileira. Para driblar a proibição de retirar sementes da planta do país, Okamoto as escondeu no interior de alguns pães. Hoje, o Brasil não só produz, como também exporta chá.
Fonte: Talchá