Em cada objeto, uma história e um quê de passado. Ao lado, um exemplo mais que perfeito: trumon italiano datado do século XVIII, totalmente em radica. A peça guarda raridades em seu interior e simboliza o apreço dos proprietários por pequenas delicadezas.
Forma inusitada na cômoda “Knox”, assinada por Beth Neves, em sucupira com pés e vergalhões cro-mados. 1,00 x 0,65 x 0,80 m. Marcenaria Brasileira.
Em mogno e pluma, cômoda Serpentine com pu-xadores importados. Nos pés entalhados, aplicação de folha de ouro. 1,05 x 0,51 x 0,85 m. Tudor House.
Forma inusitada na cômoda “Knox”, assinada por Beth Neves, em sucupira com pés e vergalhões cro-mados. 1,00 x 0,65 x 0,80 m. Marcenaria Brasileira.
Em mogno e pluma, cômoda Serpentine com pu-xadores importados. Nos pés entalhados, aplicação de folha de ouro. 1,05 x 0,51 x 0,85 m. Tudor House.
Perobinha do campo é utilizado na cômoda Rússia que mostra ainda detalhes ebanizados e ferragens belgas. Mede 1,50 x 0,60 x 1,00. Doroti Riotto.
DECORAÇÃO REALÇADA POR UM TRAÇO NEGRO.
Se a decoração esculpida não está muito presente, esta é substituída ou acompanhada de uma ornamentação sem relevo mais colorida e realizada por incrustações de buxo claro que cresce na região, de síncomoro tingido de verde, de um pouco de amaranto ou de ébano ou pereira escurecida. De resto, nesta região gostavam de realçar algumas molduras com um filet negro, traço bem típico da Charente, em particular, nas cabeceiras das belas camas de colunas, presentes até nas casas mais rústicas.
Outro detalhe característico: as incrustações de placas mais ou menos grandes em madeiras de ramagens que podiam atingir as dimensões de um painel de porta.
Decididamente, na La Rochelle, apreciavam-se os pontos de contraste marcantes, bem como as madeiras inesperadas. Contraste e fantasia, eis, pois, as palavras-chave deste mobiliário!
Se a decoração esculpida não está muito presente, esta é substituída ou acompanhada de uma ornamentação sem relevo mais colorida e realizada por incrustações de buxo claro que cresce na região, de síncomoro tingido de verde, de um pouco de amaranto ou de ébano ou pereira escurecida. De resto, nesta região gostavam de realçar algumas molduras com um filet negro, traço bem típico da Charente, em particular, nas cabeceiras das belas camas de colunas, presentes até nas casas mais rústicas.
Outro detalhe característico: as incrustações de placas mais ou menos grandes em madeiras de ramagens que podiam atingir as dimensões de um painel de porta.
Decididamente, na La Rochelle, apreciavam-se os pontos de contraste marcantes, bem como as madeiras inesperadas. Contraste e fantasia, eis, pois, as palavras-chave deste mobiliário!
AS FERRAGENS CONTRASTANTES.
Se bem que um traço característico do armário desta região reside na discreção da decoração, salvo na parte inferior do móvel, na travessa eventualmente e, sobretudo, na ampla gaveta junto à base, os puxadores de ferro e as suas placas têm um grande papel. Pouco a pouco, as ferragens começaram a revelar-se de uma grande importância decorativa cada vez mais desenvolvida. As fechaduras verticais nas portas e horizontais nas gavetas alongaram-se exibindo os seus recortes cinzento-azulado na cerejeira cor de mel. E não existiam apenas nos armários, também noutros pequenos armários com uma só porta («bonnetières») que se encontravam em grande número nas casas da região da Charente. Do mesmo modo elas ali estavam sobre o grande louceiro que reinava em todas as cozinhas e nos nobres aparadores dois-corpos, sumptuosos, mas mais raros.
Se bem que um traço característico do armário desta região reside na discreção da decoração, salvo na parte inferior do móvel, na travessa eventualmente e, sobretudo, na ampla gaveta junto à base, os puxadores de ferro e as suas placas têm um grande papel. Pouco a pouco, as ferragens começaram a revelar-se de uma grande importância decorativa cada vez mais desenvolvida. As fechaduras verticais nas portas e horizontais nas gavetas alongaram-se exibindo os seus recortes cinzento-azulado na cerejeira cor de mel. E não existiam apenas nos armários, também noutros pequenos armários com uma só porta («bonnetières») que se encontravam em grande número nas casas da região da Charente. Do mesmo modo elas ali estavam sobre o grande louceiro que reinava em todas as cozinhas e nos nobres aparadores dois-corpos, sumptuosos, mas mais raros.
O verdadeiro armário de La Rochelle revela também um estilo ainda muito Louis XIII ainda que anunciando já o estilo Louis XIV, Todo em mogno maciço (mas também em madeira de limoeiro), o armário de La Rochelle é alto, imponente, com uma cornija volumosa, módulos opulentos e simétricos e uma ampla base com uma gaveta entre dois entablamentos, também eles, exagerados e marcados com belas molduras tal como a cornija. De notar que entre a parte superior e a parte inferior, ambas importantes, a parte estritamente armário, com duas portas unidas e lisas como espelhos (ver armário de Saint-Malo) não representa mais do que dois-terços da altura total. Pelo contrário, os acessórios metálicos, em ferro, são discretos. Duas fechaduras e na gaveta dois puxadores pendentes batendo em placas de abertos e fechados e algo recortadas. Este armário de cidade portuária, dos inícios do séc. XVIII serviu de modelo aos armários rústicos, mais tardios e em madeira da região – cerejeira na sua maior parte – e que se podem encontrar em Aunis e Saintonge, províncias próximas de La Rochelle.
QUANDO A MADEIRA SE TORNA MEDICINAL.
O mais espantoso era o pau-santo, madeira sagrada pela sua resina que possuía virtudes milagrosas, em particular, na cura de doenças venérias. De uma grande dureza, era excelente para os torneados, Além disso, conservava-se bem dentro de água, ou melhor, «autolubrifica-se» espontaneamente, o que a torna impermeável. Atendendo porém ao inconveniente de crescer muito lentamente, apenas se produziam pequenos objectos nesta madeira. Milagre: os mestres marceneiros de La Rochelle souberam produzir em pau-santo algumas peças muito procuradas, como cômodas, consolas e, sobretudo, cadeiras e mesas de estilo Louis XIII com pés torneados.
QUANDO A MADEIRA SE TORNA MEDICINAL.
O mais espantoso era o pau-santo, madeira sagrada pela sua resina que possuía virtudes milagrosas, em particular, na cura de doenças venérias. De uma grande dureza, era excelente para os torneados, Além disso, conservava-se bem dentro de água, ou melhor, «autolubrifica-se» espontaneamente, o que a torna impermeável. Atendendo porém ao inconveniente de crescer muito lentamente, apenas se produziam pequenos objectos nesta madeira. Milagre: os mestres marceneiros de La Rochelle souberam produzir em pau-santo algumas peças muito procuradas, como cômodas, consolas e, sobretudo, cadeiras e mesas de estilo Louis XIII com pés torneados.
Fonte: Decoração de Interiores
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