terça-feira, 12 de julho de 2011

"Modelo GG explica por que
os homens preferem as gordinhas."
Chamada de “a Gisele Bündchen tamanho 48?, ela trabalhou como babá, faxineira e garçonete nos Estados Unidos antes de se tornar uma das modelos de publicidade mais bem pagas do segmento plus size, especializado em moda para gordinhas. A carioca Fluvia, 28 anos, falou por telefone ao repórter Kalleo Coura de Nova Jersey, onde vive com o marido, australiano, e a filha de 8 anos
• Uma modelo plus size pode comer chocolate sempre que quiser?
Se eu tiver vontade, como uma barra de chocolate. Mas ser modelo plus size não significa que você pode ficar sentada no sofá e comer o dia inteiro. O mercado exige que a gente esteja com os músculos durinhos, sem um barrigão flácido. Eu ando de bicicleta em Manhattan e malho de três a cinco vezes por semana. No fim de uma aula de spinning, saio cansada como quem foi para a guerra. Mas me sinto ótima.
Como é a sua alimentação?
Sou meio natureba, preocupada com aditivos químicos. Então, tento comprar só comida orgânica. Não como hambúrguer nem batata frita e fujo de todos os alimentos industrializados. Também evito comida gordurosa e bebo no mínimo 2 litros de água para manter a pele saudável.
• Já quis ser magra?
Honestamente, isso nunca passou pela minha cabeça. Não acho que magreza esteja nem de longe relacionada a beleza ou felicidade. Minhas tias e primas são todas obcecadas por cirurgia plástica - elas me diziam que, se eu emagrecesse, ficaria linda. Mas nunca fiz dieta. Quem consegue viver à base de alface e uvas tendo de trabalhar e cuidar dos filhos? Quando morava em Natal, ia de biquíni à praia sem nenhum problema. Modéstia à parte, sempre me achei bonita e saudável.
• Dizem que você é “a Gisele Bündchen gordinha“. O que acha da comparação?
Fazem essa brincadeira pelo fato de eu ser brasileira e mostrar um lado sexy nas fotos. Os clientes me comparam não apenas a Gisele, mas também a Adriana Lima. Acho engraçado e me sinto muito honrada porque as duas são lindas. A mulher brasileira tem esse jeito mais sexy mesmo, seja ela gordinha ou não, e isso já abriu muitas portas para mim aqui.
• Você se acha sexy?
No dia-a-dia, me vejo como mãe e esposa. Até porque não saio por aí toda maquiada e fazendo biquinho. Quando sou fotografada, é diferente. É o meu momento: trago para a fotografia aquilo que o cliente deseja. Autoconfiança e amor-próprio são atributos essenciais para ser atraente.
• Que tipo de roupa valoriza as gordinhas?
Algumas gordinhas estão sempre de preto da cabeça aos pés. Usar uma peça diferente para complementar o pretinho básico não mata. Eu, por exemplo, adoro parecer feminina, usar um vestido estampado ou de cor mais viva.
• E que roupas uma gordinha deve evitar?
Qualquer roupa de tamanho menor. Muitas mulheres tentam entrar numa calça número 40 quando vestem 46. Não sei se é porque não encontram o tamanho certo ou porque querem se encaixar num padrão ao qual não pertencem. Roupa apertada é muito feio e deselegante.

De bem com o seu corpo!
Agradeça a Deus pelos seios pequenos, comemore o tamanho do seu quadril, aceite as coxas grossas. Está mais do que na hora de parar com as exigências sufocantes, fora da sua realidade, e começar a amar o seu corpo do jeitinho que ele é. A gente dedica estas páginas à celebração das belezas imperfeitas. Inspire-se!
Você acordou cedo para malhar, conseguiu (quase sempre!) dizer não aos doces, investiu uma grana em cremes poderosos. Tudo para chegar com um corpo nota 10. Conseguiu? Parabéns! Ainda falta? Muito? Pouco? Parabéns, também! Sim, cuidar das curvas é supersaudável e querer melhorar cada vez mais a sua imagem merece aplausos. Mas, que isso não signifique viver em guerra com o espelho, lutando para mudar o tipo físico que Deus lhe deu. Na ânsia de se enquadrar num modelo de beleza, muitas de nós passamos a vida insatisfeitas ou, então, corremos atrás de fórmulas mágicas (e, muitas vezes, perigosas e ineficientes) que demandam altas doses de sacrifício para atingir uma perfeição que foge da nossa realidade. Numa pesquisa realizada pela Unilever, empresa detentora da marca Dove, apenas 1% das brasileiras se descreveram como belas. O número, assustador, se deve principalmente à comparação que nós, tachadas de simples mortais, fazemos com a garota estereótipo de beleza -¬ aquela que faz sucesso nos comerciais, nas novelas, nas passarelas da moda e até na capa desta revista. “É imprescindível desmitificar a crença que beleza traz felicidade. Se assim fosse, top models não teriam motivos para o sofrimento, o que não corresponde de forma alguma à realidade. Não tente ser bela para tornar-se feliz, mas seja feliz para ficar bela”, propõe Marco Antonio de Tommaso, psicólogo das agências de modelo Elite e L’Equipe e consultor do nosso Clube da Gordinha.
Existem 3 bilhões de mulheres no mundo que não se parecem com supermodelos e somente oito que sim, campanha de 1997 da loja de cosméticos inglesa The Body Shop baseada na boneca Ruby, que tem corpo de mulher de verdade.
Cada ser humano tem um tipo de beleza. A questão é saber encontrá-la.
Alberto Goldin, psicanalista e colunista do jornal O Globo.
Todo mundo tem que entender que antes das duas horas fazendo o cabelo e a maquiagem nem eu me pareço com a Cindy Crawford.
Cindy Crawford, em depoimento à revista norte-americana Self.
Abaixem os batons e aceitem o que é diferente de si mesma! Só a sofisticação da tolerância não vai obrigar a bela espanhola, morena de sobrancelhas grossas, a se transformar na (igualmente bonita) sueca, loura de traços finos.
Lígia Kogos, dermatologista, de São Paulo.
Não dependo de grife da moda para ser feliz! Visto manequim 48, mas gosto de usar blusinha justa e não fujo da praia para evitar a exposição do meu corpo. Sempre priorizei a intelectualidade ou a simpatia, mas, depois do concurso e de virar modelo (por que não?), descobri que as pessoas me olham, sim, por causa da minha beleza!
Andréa Boschim, 26 anos, 1,70 metro e 92 quilos, primeira colocada no concurso Miss Gordinha Virtual, do site www.criaturagg.com.br.
Por muito tempo, a beleza tem sido definida por estereótipos limitados e sufocantes. Nós concordamos, porque acreditamos que a real beleza está em diversas formas, tamanhos e idades. Bem-vinda à campanha pela real beleza.
texto do site www.campanhapelareal.beleza.com.br, dos cosméticos Dove.
A padronização tira a beleza das diferenças. O seu corpo é um álbum de fotografia e possui uma história única, exclusiva, só sua. Em vez de cultuar a garota-padrão, por que não agradar a si própria? É como se adiássemos a decisão de ser feliz por causa desse modelo inatingível.
Daniela Zanuncini, psicóloga, de Curitiba.
As mulheres já se livraram do espartilho (que causava deformações no corpo), mas, em pleno século 21, ainda são escravas da boa forma, do silicone, da lipoaspiração. Sedução é atração, fascínio, encanto. Precisamos, sim, de uma boa dose de beleza, mas está na hora de refletir e determinar um preço justo a pagar.
Denise Mattar, curadora da exposição O Preço da Sedução do Espartilho ao Silicone, que aconteceu entre março e maio deste ano no Itaúcultural, em São Paulo.
Corpo ideal não é corpo real, portanto, é um corpo inatingível.
Marco Antonio de Tommaso, psicólogo, de São Paulo. 

Gordinhas têm "Dia de Princesa"
e levantam bandeira da real beleza!

Mulheres acima do peso fazem Dia de Modelo Pluz Size
"Só no carão, gente! Poderosas, que arraso!" Palmas e depois um abraço forte na amiga ao lado. Foi no melhor clima "eu me amo", que um grupo de 12 mulheres acima do peso - do manequim 44 ao 54 - encerrou uma sessão de fotos durante um dia inteiro. Detalhe: o figurino, comum entre elas, era uma camisola sexy que evidenciava bem a silhueta.
As lingeries fizeram parte de apenas um pedaço da sessão. Durante sete horas, o fotógrafo Hilton Costa, usou toda a sua bagagem em clicar modelos profissionais, e tirou o melhor de 12 mulheres aparentemente tímidas. Depois dos primeiros cliques, algumas já mostraram total desprendimento. "Quero uma foto deitada. Mas veja o melhor ângulo, hein?", disse Neilane Silva. Com peças íntimas ou looks sensuais, a proposta era ousar na atitude e provar que toda mulher tem seu lado fatal, independente do número do manequim.
O encontro, batizado de Dia da Modelo Plus Size, foi uma iniciativa do blog Mulherão da jornalista Renata Poskus, que por um ano, divide sonhos e experiências e alavanca a auto-estima de mulheres nem um pouco esquálidas ou insatisfeitas com suas curvas. Aliás, tipos Bündchen, não são exemplos a serem seguidos ou corpos a serem copiados. "Quis mostrar que também somos capazes de ficarmos sensuais, bonitas, mesmo com quilinhos a mais", disse Renata, que não parece desagradar à balança depois de perder oito quilos.
Depois de uma farta vaquinha, mulheres de São Paulo, Rio de Janeiro, Sorocaba e São Bernardo do Campo bancaram o "Dia de Princesa", que aconteceu essa semana, na capital paulista. Às nove da manhã, elas já ganharam make e penteados dignos de um verdadeiro editorial de moda para ninguém botar defeito. Três marcas especializadas emprestaram peças e acessórios para a tão esperada sessão de fotos. Interessada na proposta das meninas, a direção da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) cedeu o estúdio fotográfico, uma de suas salas e acompanhou todo o processo para o vídeo documentário Ditadura da Magreza.
Teve até modelo profissional "plus size" para auxiliar nas produções e a fazer olhar 43. "Foi um encontro muito bacana e fiz questão de estar aqui para mostrar que não é preciso se esconder atrás de roupas escuras ou largas. O que conta mesmo é a atitude", disse Andrea Boschim, que já atua como modelo há seis anos.
Um espectador bastante interessado no movimento destoava da composição feminina. O gerente de marketing Rafael Steinhoff, de 27 anos, não só acompanhava o vai e vêm das moças como ajudava em particular uma delas, Rebecca Steinhoff. Casados há três anos, Rafael esteve com a mulher o dia todo e a auxiliava na hora de compor os looks. "Acho essa ideia ótima. Não existe mulher mais linda do que aquela que gosta dela mesma", disse, parabenizando a ação da mulher. "Eu estou me achando linda. Não me maquiava desde o dia do meu casamento há três anos, agora vou adotar essa prática", disse a mulher.
"Eu mesma desencanei. Sou a mais velha da turma, com 42 anos, e acho que a gente tem mais é que brincar, se divertir e se amar. A gente amaciou bastante o ego com toda essa produção e sessão de fotos", disse Roberta Bittencourt. O culto às reais formas chamou a atenção de programas como Domingo Espetacular, da Record, e A Noite É uma Criança, da Band, a revista feminina AnaMaria e o site Terra (o único portal a cobrir o encontro). A proposta agora é dar continuidade aos encontros e levantar sempre a bandeira da real beleza. "Essa foi uma oportunidade de fortalecermos os laços e discutirmos sobre problemas como a diferença de numeração dos manequins, que oscilam muito de uma marca para outra. Não achei que essa iniciativa tomaria proporções tão importantes e estou muito feliz com o resultado", disse Renata.

Gordura é uma questão feminista!
VGordura não tem a ver com comida. Gordura tem a ver com proteção, sexo, carinho, força, autoconfiança e amor... este é o texto de chamada do livro escrito por Susie Orbach.
E continua. Jogue fora o seu programa de dieta, para de passar fome e mesmo assim perca peso.
Estas palavras podem parecer um sonho impossível para milhões de mulheres presas na armadilha das dietas. Mas é precisamente a mensagem do livro “Gordura é uma questão feminista”.
A Laçarote disponibiliza a você o link para acesso via internet ao livro completo.

Fonte: LAÇAROTE
 


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