domingo, 17 de julho de 2011

Vamos saber o significado de alguns símbolos?

MandalaMystica-Significado-esoterico-das-mandalas
Ao analisar algumas Mandalas Artesanais, é possível verificar a presença de muitos símbolos conhecidos e que juntos criam uma vibração própria, mas que, individualmente estão inseridos em uma simboligia universal.
A seguir, a simbolgia esotérica de algumas formas muito utilizadas:

Círculo

Mandala-692-Luiza-Senna-circulosArquétipo da totalidade e da eternidade. Representa a perfeição divina e perpetuidade de Deus. O círculo ou disco é emblema de tipo solar. Junto à roda e à esfera, simboliza também o dinamismo psíquico, o mundo manifestado, a unidade interna da matéria, tudo que é preciso e regular; a harmonia universal. Simples: o infinito, o universo, a totalidade; com ponto no cento: a primeira manifestação do princípio criativo divino; dividido (por uma reta horizontal): a primeira divisão do Princípio Divino em duas polaridades opostas e complementares (masculina e feminina); com cruz no interior: o momento da criação, quando o princípio masculino impregna o feminino; com triângulo no interior: o princípio espiritual ou ternário dentro da totalidade; com quadrado no interior: o princípio material ou quaternário dentro da totalidade.

Coração

Um dos mais importantes e universais símbolos esotéricos. Verdadeira sede da inteligência, já que a ele corresponde o cálido e luminoso Sol (ao cérebro corresponde a luz fria e refletida da Lua). Por outro lado, a importância do amor, na mística, reside no fato de que ele se expressa por meio do coração. Amar é acionar a força de um centro (o coração), o qual estimula e impulsiona os outros centros. Dessa forma, o coração é o símbolo magno do amor, iluminação espiritual e felicidade.mandala cruz 300x300 Significado esotérico dos símbolos nas Mandalas

Cruz

Em todas as culturas, seu significado arquetípico é o da união dos opostos: o eixo vertical (masculino) e o eixo horizontal (feminino). No cristianismo, é o emblema máximo. Para a teosofia, traz a idéia do homem regenerado, aquele que conseguiu integrar harmoniosamente suas duas partes e que, “crucificado” como mortal, renasce como imortal. Na simbologia rosa-cruz, evoca os quaro reinos da natureza. Como símbolo da “Árvore da Vida”, representa o “eixo do mundo”: a ponte ou escada através da qual a alma pode chegar a Deus.

Luiza-Senna-Mandala 649-Labirinto-Espiral

Espiral

Um dos mais importantes símbolos universais, a espiral representa o arquétipo do cosmos, e simboliza o processo evolutivo do universo. No sistema hieroglífico egípcio, a espiral denota as formas cósmicas em movimento, ou a relação entre a unidade e a multiplicidade, entre o centro e o círculo.

Pentagrama

principles Significado esotérico dos símbolos nas Mandalas
imagem extraída do site Teoria da Conspiração
Símbolo de Vênus, rege o feminino. (Observando o céu e anotando a posição da “Estrela Matutina” durante 8 anos, o traçado do chamado “período sinódico” de Vênus forma um Pentagrama [período sinódico é o tempo que um planeta leva para retornar a uma mesma posição em relação ao sol por um observador na Terra – observe o desenho ao lado]).
Também é símbolo do microcosmo, revelando a sua analogia e identidade com o universo ou macrocosmo. Suas cinco pontas representam: a superior, a cabeça, as laterais, os dois braços; as inferiores, as duas pernas. Esta é uma postura que procura refletir, em termos de estado de consciência, um equilíbrio ativo e a capacidade de compreensão que deve possuir cada homem para transformar a si mesmo num centro irradiante de vida “como uma estrela no firmamento”. Esta figura geométrica pentagonal representa também um cânone estético arquetipal denominado “divina proporção”. Como fonte de luz e inspiração celestial, a estrela de cinco pontas é considerada, esotericamente, emblema do princípio inspirador do bem, do verdadeiro e do belo, tanto no mundo como no homem.
Denis Santos Mandala Mystica Pentagrama1 300x300 Significado esotérico dos símbolos nas MandalasLuiza Senna - Mandala 292 - Margaridas

Flor

Em muitas escolas esotéricas a flor simboliza a fugacidade das coisas, a beleza e a primavera. No Oriente, pela sua forma mais comum, a flor representa também os “centros energéticos espirituais”, os chacras. O conceito da “flor de ouro”, na mística chinesa, é um símbolo transcendental taoísta que alude à vitória espiritual.

Labirinto

O centro do labirinto representa a consciência superior, a realidade absoluta, a imortalidade, a divindade; os caminhos tortuosos que vedam quase completamente o seu acesso simbolizam as provas e dificuldades pelas quais deve passar todo aquele que pretende chegar até o “centro de si mesmo”, ou seja, a consciência superior. O simbolismo do labirinto está ligado ao simbolismo da espiral. Nesse sentido, o centro, ou ponto inicial interno da espiral, representa o princípio único, imóvel. As curvas da espiral simbolizam o universo manifestado em constante movimento.

Hexagrama

Denis Santos Mandala Mystica Hexagrama 300x297 Significado esotérico dos símbolos nas Mandalas

Símbolo universal do espírito. Esotericamente, a aparição de uma estrela simboliza o aparecimento de uma possibilidade de realização espiritual.

Números

O número de ordem pelo qual o mundo existe. O número implica forma, som e vibração, e subjaz na raiz do universo manifestado. Junto com as proporções harmônicas, dirige as primeiras diferenciações da substância homogênea em elementos heterogêneos e põe limite à mão formativa da natureza. Os números representam “idéias-forças”, cada um com forma, sentido, individualidade e caráter próprios, e a numerologia (ciência dos números) contém a chave de todo o sistema esotérico. Esta chave é aplicável a todo o universo, tanto às hierarquias criadoras como ao homem e ao mundo.
O significado simbólico dos números está ligado à seqüência numérica:
Zero – a eternidade, o “não ser”; oposto e reflexo da unidade, representa tudo que existe em estado latente e potencial.
Um – o princípio ativo, o Sol ou a primeira manifestação da energia criadora. Representa também a unidade espiritual.
Dois – o pólo feminino (a Divina Mãe) em contraste com o número um (o Divino Pai).
Três – a síntese espiritual, representando a tríade divina no processo de sua manifestação.
Quatro – símbolo da terra, da situação humana, dos quatro elementos da natureza, das quatro estações do ano e dos quatro pontos cardeais.
Cinco – o número do homem, o quinto elemento agindo sobre os quatro elementos da matéria.
Seis – o equilíbrio, a união do espírito e da matéria; a união dos triângulos positivo e negativo, formando a estrela de seis pontas.
Sete – o número da ordem perfeita, resultado da união do ternário (espiritual) e do quaternário (material).
Oito – símbolo do Logos ou do poder criativo universal e do equilíbrio dinâmico entre as duas forças opostas (masculina e feminina).
Nove – o número simbólico da humanidade e o número-raiz do presente estado de evolução humana.
Dez – o retorno à unidade e, ao mesmo tempo, a união final e o recomeço. É a totalidade do universo.
Onze – símbolo da transição, de excesso e de perigo.
Doze – símbolo da ordem cósmica e da salvação.
Treze – morte e renascimento, mudança e retomada após o final.om 2 Significado esotérico dos símbolos nas Mandalas

Om

Sílaba sânscrita, hinduísta, de invocação, afirmação e bênção solene. É composta de três letras: a-u-m, que simbolizam os três vedas principais e os três níveis de consciência, de acordo com a concepção hindu. É também símbolo monossilábico da Trimurti (a tríade hinduísta, composta de Brahma, Shiva e Vishnu). O om é considerado o mais importante de todos os mantras (palavras ou sons que contêm
poder mágico ou espiritual), e seu valor está contido tanto na própria idéia que representa como no seu poder fonético ou vibracional.Denis-Santos-Mandala-Mystica-Luas-Gemeas b

Ouroboros

Importantíssimo símbolo esotérico, cuja origem se perde no tempo, e que é representado por uma serpente que morde a própria cauda, significando que “todo começo contém em si o fim, e todo fim contém em si o começo”. No seu sentido mais geral, o ouroboros é símbolo do tempo e da continuidade da vida. Pela sua forma circular, representa também o movimento perpétuo e de trajetória circular ou curva que caracteriza toda manifestação no universo. É emblema ainda do caráter cíclico de toda manifestação.

Pirâmide

O estudioso Cirlot informa que existe uma aparente contradição no simbolismo da pirâmide. Em primeiro lugar, nas culturas megalíticas e no primitivo folclore europeu, a pirâmide simboliza a terra em seu aspecto maternal. As próprias modernas árvores de Natal, herdeiras de uma antiqüíssima tradição, expressam, com sua forma piramidal, a dupla idéia de morte e imortalidade (ambas associadas ao conceito da Grande Mãe, a Terra). Por outro lado, a pirâmide de pedra, arquitetada com uma regular exata forma geométrica, corresponde ao elemento fogo, masculino, em todas as culturas antigas do Oriente. A interpretação mais completa a respeito do simbolismo da pirâmide foi dada por um outro estudioso, Marc Saunier. Ele sugeriu que a pirâmide é uma síntese de diferentes formas, cada uma delas com uma significação própria. A base da pirâmide é quadrada e representa a Terra (os quatro elementos da natureza). O ápice é “o ponto final” e o “ponto inicial” de todas as coisas, o “centro místico”, a divindade. Estabelecendo a ligação entre a base e o ápice, estão as faces triangulares da pirâmide, simbolizando o fogo como revelação divina e como princípio da criação. Conseqüentemente, a pirâmide é interpretada como um símbolo que expressa a totalidade do trabalho em seus três aspectos essenciais.

Mandala Tibetan 300x300 Significado esotérico dos símbolos nas MandalasQuadrado

Símbolo da matéria e da passividade. Seus lados representam os elementos da natureza (água, fogo, terra e ar) ou os quatro pilares da sabedoria humana (ciência, religião, filosofia e arte).

Roda

Símbolo universal, complexo, e de origem tão antiga quanto o próprio homem. Seu sentido mais arquetipal está relacionado com os fenômenos das forças cósmicas em movimento. O símbolo taoísta chinês do Yin-Yang está relacionado com o significado da roda e a doutrina do Tao exprime que “o sábio perfeito é aquele que alcançou o ponto central da roda e permanece assim unido ao centro invariável”.

Roda da Vida

Um dos mais freqüentes símbolos do budismo tibetano, onde é usado em pinturas e em diagramas desenhados ou gravados. Representa a série de nascimentos, mortes e renascimentos do homem, mostrando, no círculo exterior, as fases da vida humana, causas do renascimento (lei do carma).

Mandala-Paul Heussenstamm-fireblossomRosa

Possivelmente a mais importante das flores simbólicas para o homem ocidental. Exprime o desenvolvimento do espírito, e está identificada com todas as expressões que denotam tal significado. A rosa está associada à idéia de regeneração, fecundidade e pureza.

Selo de Salomão

Duplo triângulo eqüilátero entrelaçado, ou então a estrela de seis pontas. Este símbolo é freqüentemente representado com um triângulo de cor branca e outro de cor negra.
Trata-se de um diagrama de profunda significação oculta, simbolizando, entre outras coisas, a união do espírito com a matéria.

sunshine1 300x300 Significado esotérico dos símbolos nas MandalasSol

Ponto focal de nosso sistema planetário, o Sol é símbolo material-espiritual por excelência da divindade. Sua luz pode ser considerada como a manifestação visível do Deus criador, sustentador e conservador de todas as formas de vida. O Sol é também emblema do Ser Real Interno de cada homem, da vitalidade, da vontade e dos sentimentos nobres como a lealdade.

Traço

Um dos símbolos gráficos básicos. Vertical: o princípio ativo (masculino) ou dinâmico; horizontal: o princípio passivo (feminino) ou estático.

Denis Santos Mandala Mystica Trina 300x269 Significado esotérico dos símbolos nas Mandalas

Triângulo

Esta figura geométrica tem importante valor simbólico em muitas religiões e escolas esotéricas, representando a Trindade divina: a harmonia, a perfeição e a sabedoria. Eqüilátero: as tríades divinas ou o perfeito equilíbrio entre os três aspectos da Divindade; isósceles positivo (ápice para cima): o ternário evolutivo ou anseio do espírito em se libertar da matéria; isósceles negativo (ápice para baixo): o ternário involutivo ou o princípio espiritual que penetra e vivifica a matéria.

poza23 8 Significado esotérico dos símbolos nas MandalasYin-Yang

Símbolo chinês da distribuição dual das forças universais, compreendendo o princípio ativo ou masculino (Yang) e o feminino ou passivo (Yin). Este símbolo tem a forma de um círculo dividido por uma linha sigmóide, e as duas partes assim formadas possuem, quando observadas, uma tendência dinâmica, o que não seria possível se o círculo fosse dividido por uma linha reta (diâmetro). Na representação gráfica desse símbolo, a metade clara representa o Yang, e a escura, o Yin. Contudo, a primeira apresenta em seu interior um ponto negro, e a segunda, um ponto branco, significando que ambas possuem, em si mesmas, o germe do princípio contrário.

Fonte: Cigana Analií 

Simbolos Rosa-Cruz




Fonte: Imagens Astrais
 
 
Coloco aqui alguns testos e imagens de Seitas e Religiões, para que se conheçam um pouco, não para discutir, criticar ou fazer debates.
Conforme logo no início do Blog deixei claro que, vivemos em um País Laico, ou seja, onde respeitamos todoas asreligiões, onde o clulto e as crenças são livres, um País, o qual não é governado por religiosos e nem por Leis Religiosas.

Vamos ver agora um pouco da Maçonaria.


















































Fonte: Imagens Astrais.

A Maçonaria      

 
Esta pergunta é feita diariamente por milhares de pessoas espalhadas pelos quatro cantos do mundo, quer sejam maçom, ou não. Na verdade pouco se sabe sobre a origem da maçonaria que se perde na origem da história ocidental. O grande marco conhecido, que formatou a maçonaria como ela é hoje, foi o humanismo Francês. Nos primórdios da humanidade o conhecimento era restrito a grupos de pessoas que dominavam as artes, as técnicas construtivas, a escrita, as leis humanas e divinas. Estas pessoas, com o intuito de aprimorar e compartilhar seus conhecimentos, se agruparam em torno de corporações voltadas para a arte da construção. Alias o termo maçom é uma palavra que significa pedreiro. Na antiguidade os maçons foram os construtores do mundo. A partir do iluminismo Francês e em contra ponto ao obscurantismo da idade média, com o objetivo de manter vivo e efervescente o conhecimento, os filósofos e pensadores se aproveitaram das corporações de construtores para criar o que denominaram de maçonaria especulativa. Seriam os construtores não mais de obras, mas sim do homem e, por conseguinte da humanidade.

No Brasil a história da maçonaria se confunde com a própria história do país. Ao defender e difundir os conceitos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade a maçonaria plantou nos Brasileiros e nos povos da América conceitos de democracia e da coisa pública definidos na antiga civilização Grega. Estes conceitos criaram as repúblicas ocidentais, os sistemas econômicos, a teoria evolucionista, a filosofia cartesiana, a democracia, enfim as bases estruturais da cultura e do desenvolvimento ocidental. Por indução da maçonaria e iniciativa de maçons, ocorreram a inconfidência mineira, a independência, a revolução farroupilha, a lei do ventre livre, a libertação dos escravos e a criação da republica. Foram maçons, Álvares Maciel, Padre Feijó, José Bonifácio de Andrada, Dom Pedro I, Duque de Caxias, Bento Gonçalves, Garibaldi, Barão de Mauá, Marechal Deodoro, Gonçalves Ledo, Joaquim Nabuco, frei Caneca, Quintino Bocaiúva, dentre tantos outros.

Em uma maneira simplista podemos dizer que a maçonaria é um país dentro de outro país. Um país onde não há analfabetos, não há fome e onde se cultua a liberdade de expressão, o livre arbítrio, o conhecimento, a fraternidade e a igualdade de todos perante a lei. Um país que busca constantemente a verdade na sua forma direta e objetiva, sem paixões políticas, religiosas ou pré-concebidas. É à busca do homem em si mesmo. O grande segredo da maçonaria não existe e, pela lógica cartesiana, não há como divulga-lo. Ao nos irmanamos em busca da verdade e da liberdade temos como ponto de partida o conhecimento de nós mesmos e obviamente, este conhecimento próprio é restrito ao indivíduo. Existe um antiqüíssimo mito no Nilo em que Osíris, que representa a vida universal, morre e sua irmã Lis o faz engolir o olho do gavião e, mal o olho penetra no cadáver, Osíris renasce porque nele entra a visão. Viver é, antes de nada, ver-se a si mesmo. Em síntese ninguém, a não ser nós mesmos e o criador, nos conhecem. Para se ter uma noção de nossos princípios, Péricles em 431 anos antes de Cristo disse:

" Somos amantes da beleza sem extravagâncias e amantes da filosofia sem indolência. Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como motivo de vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o possível para evita-la. Ver-se-á em uma pessoa ao mesmo tempo o interesse em atividades públicas e privadas, e em outros entre nós que dão atenção principalmente aos negócios não se verá falta de discernimento em assuntos políticos, pois olhamos o homem alheio as atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; ..... decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelos menos nos esforçamos por compreendê-las claramente, na crença de que não é o debate que é empecilho á ação, e sim o fato de não estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação. Consideramo-nos ainda superiores aos outros homens em outro ponto: somos ousados para agir, mas ao mesmo tempo gostamos de refletir sobre os riscos que pretendemos correr; para outros homens, ao contrário, ousadia significa ignorância e reflexão traz a hesitação. Deveriam ser justamente considerados mais corajosos aqueles que, percebendo claramente tanto os sofrimentos quanto ás satisfações inerentes a uma ação, nem por isso recuam diante do perigo. Mais ainda em nobreza de espírito contrastamos com a maioria, pois não é por receber favores, mas por faze-los, que adquirimos amigos. . . .Enfim, somente nos ajudamos aos outros sem temer as conseqüências, não por mero cálculo de vantagens que obteríamos, mas pela confiança inerente á liberdade."

Neste sentido a maçonaria sempre constante e presente na luta para fortalecer o conhecimento individual de tal sorte que ele produza um conhecimento e uma mobilização coletiva, tem estado presente em todos os rincões do país e do mundo fazendo prevalecer a máxima do homem como símbolo de pensamento e bem estar, como obra do Grande Arquiteto do Universo.

Hoje continuamos reféns das encruzilhadas da vida que nos fazem prisioneiros do nosso próprio desenvolvimento pois, crescemos nos descuidando dos conceitos de justiça social, de liberdade e de igualdade de oportunidades. Como disse Marx, na célebre Carta ao Povo: "O domínio do homem sobre a natureza é cada vez maior; mas, ao mesmo tempo, o homem se transforma em escravo de outros homens ou de sua própria infâmia. Até a pura luz da ciência parece só poder brilhar sobre o fundo da tenebrosa ignorância. Todos os nossos inventos e progressos parecem dotar de vida intelectual as forças materiais, enquanto reduzem o ser humano ao nível de uma força material bruta".

Se o comunismo não prosperou por não criar um mecanismo eficiente de produção de riquezas, o capitalismo encontra-se em xeque por não conseguir criar um eficiente mecanismo de distribuição das riquezas produzidas. É perversa a nossa posição de bem sucedidos em contraponto dos milhares de marginalizados. Chega a ser uma afronta á nossa inteligência e é absolutamente irracional.

Neste sentido começamos a perceber que isto não conduzirá a humanidade a um bom lugar. O nosso desafio se consiste em inserirmos todos nas riquezas que as tecnologias eficientemente conseguem produzir. Hoje já podemos dizer que temos tecnologia para produzir de modo sustentável riquezas suficientes para saciar todos. O que nos falta é entendermos que nisto se apoiará á paz, a harmonia e a felicidade tão necessárias aos indivíduos, quanto imprescindíveis para a humanidade.

Neste momento histórico está sendo lançada a Ação Maçônica Internacional aqui, em Belo Horizonte e, pela primeira vez o Grande Oriente do Brasil transfere o Poder Central da Maçonaria Gobiana para, irmanado com as Grandes Lojas Maçônicas e o Conselho Maçônico Brasileiro, discutirem uma proposta, e uma ação da maçonaria no intuído formar uma nova e necessária consciência dos ricos em relação aos pobres, quer como paises, quer como indivíduos.

Temos a convicção de que não se trata apenas de um problema dos governantes mas sim de um problema daqueles que detêm o conhecimento e as fórmulas econômicas e tecnológicas para aplica-lo e distribuí-lo a todo o planeta. Em suma é um problema de toda a sociedade organizada, é um problema nosso.

Hoje já podemos, dentro do seio da maçonaria, falar em organização da sociedade civil de interesse público, em parcerias público privadas, em organizações não governamentais como uma clara vontade dos cidaos em auxiliar o estado numa tarefa que transpõe suas fronteiras e sua capacidade administrativa.

Se nós maçons, privilegiados que somos, nos furtarmos a tal empreitada, com certeza estaríamos traindo nossos príncípíos basilares.


Fraternalmente,


Origem da Maçonaria      
Os primórdios da Maçonaria o obscuros, bem como parte de sua história. Segundo a opinião quase unânime dos historiadores sérios que a estudaram , sua origem é a mais verdadeira e verossímil: ela descende de antigas corporações de mestres-pedreiros construtores de igrejas e catedrais, corporações formadas na idade média.
O vocábulo Maçonaria ( em francês Maçonierie) é derivado do francês maçon, pedreiro. Qual a relação entre o pedreiro e o Maçon atual?
A Maçonarias apresenta duas fases: a primeira, operativa, e a segunda especulativa. Na primeira, os seus componentes operavam materialmente, eram trabalhadores especializados. A segunda fase é denominada especulativa, de vez que os seus adeptos são homens de pensamento.
Desde a antiguidade, os construtores que detinham conhecimentos especiais, constituíam uma espécie de aristrocacia, em meio das demais profissões. Formavam como que colégios sacerdotais. Na idade Média, os construtores de catedrais e palácios eram beneficiados, por parte das autoridades eclesiásticas e seculares com inúmeros privilégios tais como: franquias, isenções, tribunais especiais, etc. Daí a denominação francesa de franc-maçon traduzida como pedreiro-livre. A arquitetura constituía então, a Arte Real, cujos segredos eram transmitidos somente àqueles que se mostrassem dignos de conhecê-los. Havia entre aqueles construtores como que um Ideal, a construção de uma obra suprema, mediante um trabalho constante. Seria o Templo Ideal.
Os pensadores e alquimistas da época, combatidos pelos espíritos menos esclarecidos, perseguidos, buscavam refúgio entre os pedreiros livres, capazes de protegê-los pelos privilégios que tinham. Eram alguns aceitos. Daí a denominação der Maçons Aceitos em contraposição a Maçons Antigos, os construtores.
Claro que nem todos podiam ser aceitos. Faziam sindicâncias e apenas alguns eram admitidos, porém depois de submetidos a uma série de provas que constituíam a iniciação. Os iniciados juravam guardar segredo dos ritos e respeitar as regras.
No séc. XVI, aumentou consideravelmente o número de Maçons Aceitos, com predominância para os Rosa-Cruz ingleses, entre eles, Elias Ashmole, alquimista, que ingressara com um grupo de amigos, teólogos em 1646. A partir daí, por iniciativa dos novos membros, organizou-se uma sociedade, cujo objetivo era a construção do Templo de Saloo, templo ideal das ciências.
Elias Ashmole obteve permissão para que a sociedade realizasse suas reuniões no Templo Maçônico. De pouco em pouco, os elementos precedentes da Fraternidade Rosa Cruz (Instituição secreta que presumidamente dedicava-se ao estudo do esoterismo, alquimia, teosofia e outras ciências ocultas) passaram a preponderar na Maçonaria, introduzindo nela muito de seus símbolos. Alteraram os rituais, sobretudo a parte referente à iniciação.
Primitivamente havia na hierarquia maçônica apenas os graus de aprendiz e companheiro, pois que o Mestre era somente o encarregado da direção de uma construção.
Em 1964, foi criado o grau de Mestre por Elias Ashmole, formando assim a base definitiva das hierarquia maçônica. Posteriormente, a Maçonaria tomou grande impulso na Inglaterra quando operou-se grande transformação orientada por Jacques Anderson, presbítero londrino, diplomado em filosofia, e Desagulliers, de origem francesa, grão mestre inglês, eleito em 1719. A partir de então passou a Maçonaria a desenvolver tendências para instituição filantrópica.
Em 1723 foi aprovado o Livro das Constituições maçônicas, revisto por Jacques Anderson. Sendo chamado de Constituição de Anderson, tornou-se em pouco tempo a Carta da maior parte das lojas. Propagavam uma doutrina sobretudo humanitária, deísta espiritualista, aberta a todos os cristãos, qualquer que fosse a sua seita, e leal aos poderes públicos.
Esta origem, ligada aos construtores da era medieval explica o porque da simbologia maçônica estar toda ela relacionada ao tema construção. Seus símbolos mais conhecidos, até mesmo pelo observador mais desatento, são os instrumentos do pedreiro: o esquadro, o compasso, o prumo, a régua, o nível, etc.
Todo Maçon está imbuído no propósito da construção: construção do templo da virtude e da verdade, construção de si mesmo, de seu caráter e de sua personalidade. Construção de um mundo melhor.



O Que é Maçonaria      

A Maçonaria, em seu conceito intelectual e moral é a filosofia que encerra o mais alto padrão de Bem, para o indivíduo e a Sociedade. É a escola do aprimoramento intelectual, moral e espiritual do indivíduo, para combater os vícios e preconceitos, as superstições e ignorâncias, o fanatismo, o egoísmo, as ambições, o despotismo, já do corpo, já do espírito, em busca da verdade e da justiça, da sabedoria e do dever, do direito e do bem, da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Luta, pois, em prol da felicidade do homem pela edificação do templo da virtude, para a honra do Grande Arquiteto do Universo (Deus).
Trabalha com o aperfeiçoamento moral, intelectual e social da Humanidade, a fim de que seus componentes sejam mais felizes ou menos sofredores, graças a maior compreensão entre eles, pela prática constante da Fraternidade.
Tem por princípio a tolerância mútua, o respeito aos outros e não impondo dogmas, não exigindo subserviência espiritual, concede aos seus componentes, amplo direito de pensar, de discutir livremente. Considera as concepções metafísicas como sendo de domínio exclusivo da apreciação individual dos seus membros, e não admite afirmações dogmáticas que não possam ser debatidas racionalmente.
Tem por divisa "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" e por lema "Justiça, Verdade e Trabalho". Os seus componentes devem esforçar-se para aprimorar-se espiritualmente, devotar-se à prática do Bem, sem ostentação, não por vaidade e sim como imperioso dever de Solidariedade Humana. Auxiliar o próximo não é um favor e sim o cumprimento do dever. O Maçon trai o seu juramento, quando perde uma oportunidade de praticar o Bem. O que para muitos profanos é um ato meritório, para o Maçon é um dever imperioso, sagrado.
O maçon deve solidarizar-se com o seu semelhante, sem buscar investigar a sua procedência ou o seu credo religioso. O essencial é que o homem creia, que acredite em um Ser Supremo, que é Deus.
Os Maçons tem por dever especial, em todas as circunstancias da vida, ajudar, esclarecer e proteger os seus irmãos, defendendo-os contra as injustiças do homens. Considera o trabalho como um dos deveres essenciais do homem honrado, igualmente tanto o manual quanto o intelectual.
Maçonaria pode ainda ser definida como:

l Uma instituição humanitária e sublime que exalta tudo o que une e aspira a fazer da humanidade uma grande família de irmãos, e que se põe sempre a serviço dos movimentos moralizadores.
l Uma instituição de paz e amor, aberta às mais nobres aspirações, onde se realiza a união necessária e fecunda do coração, onde se adquire o equilíbrio interior, onde os caracteres de afirmam e se consolidam.
l Uma instituição em que a fraternidade é uma influencia ou guia espiritual para concepção mais nobre e mais elevada da vida, que não seja contra ninguém, porque é uma força indestrutível, nobre e generosa, porque é a luz da razão.
l Uma instituição que prepara o terreno onde florescerão a justiça e a paz. Sua única arma é a espada da inteligência.

Como podemos observar, são várias as definições que podemos dar à Maçonaria, e que em nada muda sua essência, pois, sempre prega a união, o amor, a solidariedade, a liberdade, a igualdade e a fraternidade.
 
Maçonaria e Religião      
J.E. Ornelas
Uma forma eficaz de se ligar a Deus, ao infinito, ao cosmos, é através da meditação. É preciso um pequeno tempo disponível para estar consigo mesmo durante alguns minutos. A prática da meditação o requer esfoo algum, na verdade somente é atingida sem o uso de qualquer esfoo.
Existem várias técnicas de meditação e cada um deve encontrar a fórmula com a qual melhor se adapte. Meditar é aquietar a mente, expulsando as preocupações do cotidiano, e uma vez relaxado, usar a imaginação, afirmando sua ligação com o infinito, sua natureza de filho de Deus, herdeiro do universo e sal da terra. Assim, reabastecer-se de energias e disposição para enfrentar as pressões do dia dia.
O escritor indiano Deepak Chopra, afirma que para sentirmos a grandeza e a potencialidade do Universo em nós são precisos três coisas: “reservar um tempo de nossa vida para praticar o silencio e simplesmente ser, pois é no silêncio que o universo nos fala; praticar a meditação, e praticar o o-julgamento.” E cita o filósofo e poeta austríaco Franz Kafka: “ Você não precisa sair de seu quarto. Fique sentado diante da mesa e oa. Não precisa nem ouvir, simplesmente espere. Não precisa nem esperar, aprenda somente a ficar quieto, silencioso, solitário. O mundo se oferecerá espontaneamente a você para ser descoberto. Ele não tem outra escolha senão jogar-se em êxtase a seus pés.”
É importante que , em seus momentos de oração e de meditação, não se esqueça jamais de agradecer. Uma alma agradecida mantém sempre aberta seu canal de diálogo com o universo.
Leitura recomendada:
l As Sete leis espirituais do sucesso - Deepak Chopra


Discreta Sim Secreta Não     

A maçonaria foi e continua sendo encarada por muitos como sendo uma sociedade secreta. Dentro da realidade atual entretanto, a instituição não poderá ser considerada senão como sendo uma sociedade discreta. Há realmente, uma grande diferença entre esses dois conceitos. Como secreta dever-se-ia entender que se encobre na Maçonaria algo que não pode ser revelado, quando por discreta, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente aqueles que dela participam.
Em realidade, a Maçonaria não é possuidora nem detentora de nenhum segredo misterioso como tem pretendido alguns. No vocabulário maçônico moderno, a palavra segredo, deve considerar-se como discrição. Assim o ensina a instrução de Grande Mestre, quando diz que o segredo dos Mestres é guardado em um cofre de papel coral, rodeado de marfim - a boca.
Já se foi aquele tempo em que a Maçonaria deveria encobrir toda a sua atividade sob o mais rigoroso sigilo e de tal forma, que esta reserva devia constituir ato secreto e até mesmo misterioso.
Era a instituição perseguida pelos poderosos, por aqueles que escravizavam os povos que não viam com bons olhos a liberdade de consciência, tiranos de todas as épocas, sanguinários e exploradores da humanidade.
Nos dias em que vivemos é quase dispensada a ação liberatória da Maçonaria e ela pode trabalhar livremente, dedicando-se mais à evolução intelectual e à assistência filantrópica.
Conserva porém, como princípio e tradição a sua maneira própria de agir, o uso de iniciação ritualística, a simbologia universal de suas práticas espiritualísticas e o seu caráter de organização restrita a seus membros.
Mantendo como uma de suas qualidades, o respeito e acatamento às leis, aos governos legalmente constituídos, nada tem que ocultar, a não ser as suas fórmulas ritualísticas, seus sinais, toques e palavras, como meio de reconhecimento recíproco de seus filiados, espalhados por todos os recantos do mundo.
Não se reveste mais a Maçonaria de um secretísmo absoluto, de vez que seus rituais são impressos e muitas de suas práticas. Tendo divulgação habitual, são conhecidos e estão ao alcance de muitos estudiosos.
Nesta condição, nada tem a Maçonaria de sociedade secreta. Exigindo reserva de seus seguidores quanto aos seus trabalhos, cultiva e difunde entre os Maçons, a virtude da discrição, segue uma tradição milenária e se e, sempre, em posição, de em qualquer emergência, para se defender de opressores e manter as liberdades nacionais e humanas, volver ao passado e prosseguir em sua luta em defesa da liberdade, da igualdade e da fraternidade.

A Maçonaria tem Segredo?      

A resposta é um sonoro, NÃO. O GRANDE SEGREDO DA MAÇONARIA E NÃO TER SEGREDO.
Sendo uma Sociedade Filosófica e Iniciática, ELA não pode deixar que aquele que ainda não foi iniciado em seus Augustos Mistérios possa alardear ou enganar a outrem se fazendo de Maçom.
Para poder intervir no Destino das Nações, Lutando contra; o Racismo, a Pobreza, a Escravidão em Todas as suas Formas, as Desigualdades Sociais Sejam Quais Forem. Há a necessidade de se resguardar Aqueles que Levantam estas Bandeiras tão Nobres, é por isto que os Maçons se conhecem através de PALAVRAS E TOQUES.
O Maçom para ser iniciado tem que CRER num ser superior, esse ser supremo é DEUS (G.A.D.U).
Tem ainda que:
a) Ser apresentado por um Mestre Maçom.
b) Ter uma família devidamente constituída.
c) Ter mente e corpo que não prejudique a sua iniciação e reconhecimento dentro da Ordem.
d) Ter meios próprios de se sustentar e sua família.
e) Se submeter a pesquisa de toda a sua vida privada, (moral, intelectual, material e espiritual).
f) Ser sabatinado por no mínimo 3 Mestres Maçom, juntamente com a sua esposa se for casado.
g) Ser bem aceito no local de trabalho e por seus vizinhos.
h) Estar participando ativamente de alguma entidade caritativa.
i) Não possuir antecedentes criminais.
j) Ter um bom crédito nos meios comerciais.
k) Ser respeitoso.
l) Ser fiel. Etc.
Para ingressar na maçonaria, um dos princípios fundamentais da Ordem, é que o preposto não se convide, ou seja, tem que ser convidado, afinal, o iniciado deve ser um homem justo e perfeito em toda a sua existência na face do globo terrestre. 
 
 
Os Símbolos Maçônicos      

O ESQUADRO E O COMPASSO
O compasso e o esquadro reunidos tem sido mais antiga bem como a mais comum representação da Instituição Maçônica. Tanto se apresentou este símbolo compasso-esquadro, que ele é prontamente reconhecido, até mesmo pelos profanos (pessoas não iniciadas na Maçonaria). É o sinal distintivo do Venerável Mestre (Presidente da Loja) uma vez que esotericamente representa a "Justa Medida".
A Justa Medida quer dizer em última análise a Retidão. Faz lembrar aos maçons em geral e a cada instante que todo as suas ações deverão ser plantadas com serenidade, bom senso e espírito de justiça. Faz recordar o compromisso solene assumido pelo iniciado, de sempre agir dentro de uma escola de perfeita honestidade e retidão.
O COMPASSO – O Compasso é considerado um Símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como Símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o Livro da Lei varia conforme o Grau. No Grau de Aprendiz, ele está embaixo do esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da matéria sobre o espírito . A abertura indica o nível do conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90º, isto é ¼ do conhecimento. A sua Simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser entendido como Símbolo da justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e ainda pode ser visto como Símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso.
O ESQUADRO – O primeiro instrumento passivo e companheiro por excelência do Compasso é o Esquadro. Seu desenho nos permite traçar o ângulo reto e, por tanto, esquadrejar todas as formas. Deste modo, é visto como Símbolo, por excelência, da retidão. É também a primeira das chamadas Jóias Móveis de uma Loja, constituindo-se na Jóia do Venerável, pois, dentre todos, este deve ser o mais justo e eqüitativo dos Maçons. O Esquadro, ao contrário do Compasso, representa a matéria; por isso é que, em Loja de Aprendiz, ele se apresenta sobre o Compasso. Predominância da Matéria sobre o espírito.
A LETRA "G': É o símbolo de Deus, o Divino Geômetra. Uma das razoes de ser tomada como símbolo sagrado da Divindade, é que, com ela, a palavra Deus, se inicia em vários idiomas. GAS, em Siríaco; GADA, em persa; GUD, em sueco; GOTT, em alemão; GOD, em inglês, etc.


A TROLHA
A TROLHA – Ou colher de pedreiro. Trata-se de uma espécie de pá achatada com a qual os Pedreiros assentam e alisam a argamassa. Sendo um instrumento neutro, deve ser visto como um Símbolo da tolerância, com que o Maçom deve aceitar as possíveis falhas e defeitos dos demais Irmãos. Pode ser vista, também, como um Símbolo do amor fraternal que será, então, o único cimento que uniria toda a Maçonaria. Desta forma, passar a Trolha, significa perdoar, desculpar, esquecer as diferenças. Entendida desta forma, pode ser vista como Símbolo da Paz que deve reinar entre os Irmãos.


O AVENTAL
É o símbolo do trabalho. É a parte principal do vestuário maçônico, constituindo-se um dos símbolos mais importantes da Maçonaria. Tem a forma de um retângulo, encimado por um triângulo; nos dois primeiros graus são simples, sem enfeites ou adornos, e de tecido branco. Os aventais dos demais graus, tem cor e desenhos variados, conforme os graus que representa e conforme o rito adotado. O fundo porém é sempre branco.



A PEDRA BRUTA


Simboliza a inteligência do aprendiz maçon, ainda rude, porque com os vestígios do Mundo Profano, está apenas iniciando sua aprendizagem nos Mistérios da Maçonaria. As arestas desta Pedra Bruta cabe ao aprendiz desbastar disciplinando, educando instruindo sua personalidade, objetivando vencer suas paixões e subordinar sua vontade à prática do bem. Assim a tarefa principal do Aprendiz consiste em trabalhar e estudar para adquirir o conhecimento do simbolismo do seu grau e a sua interpretação filosófica.



O MALHO E O CINZEL

Estas duas ferramentas servem para desbastar a pedra bruta.
A primeira representa nossas resoluções espirituais: éo cinzel de aço, que se aplica sobre a pedra com a mão esquerda lado passivo, e corresponde à receptividade, ao discernimento especulativo
A segunda é a vontade executiva, o malho, insígnia do mando, vibrado com a mão direita, lado ativo, relacionada coma energia atuante e a determinação moral donde dinama a realização prática.


A PEDRA CÚBICA
Havendo o Aprendiz trabalhado na Pedra Bruta como Malho e o Cinzel, transformando-a num cubo imperfeito, caber ao Companheiro (Grau 2), polir este cubo com o auxílio do esquadro, do Nível e do Prumo, tornando-a finalmente em pedra cúbica. Desbastadas as rudes arestas da personalidade, ainda como Aprendiz, cabe agora, ao Companheiro disciplinar suas ações através do conhecimento adquirido realizando contornos e nuances delicadas em seus psiquismos, fazendo então, do seu "eu", um cubo perfeito, a pedra polida que assim esta apta a ser utilizada na construção do edifico do Templo, isto é, a humanidade Perfeita.


O MALHETE
É o instrumento de trabalho do Venerável Mestre e dos Vigilantes (na hierarquia os dois cargos logo abaixo do Venerável Mestre e que juntamente com ele dirige os trabalhos da loja) Nada mais é que uma espécie de malho, e como tal é símbolo da vontade, da força, do trabalho e da determinação. Um aspecto fundamental na utilização deste instrumento é o do discernimento e lógica que devem conduzir a vontade. Utilizando ao caso, com força apenas, ele passa a ser um instrumento de destruição, incompatível com a Maçonaria.


O DELTA LUMINOSO
Também chamado de Triângulo Fulgurante, representa na Maçonaria o Supremo Criador de todas as coisas, cujo olho luminoso é o Olho da Sabedoria e da Providência, que observa tudo que vê e provê. Ele simboliza também, os atributos da Divindade: Onipresença, Onividência e Onisciência, que o verdadeiro maçon tem como lembrete divino de sua suprema relevância para sua vida.
Não sendo efetivamente uma religião, a Maçonaria compreende e reverencia todas as crenças e cada crente maçom pode ter no Delta Luminoso a representação de todos os sentimentos de religiosidade.
Ele é como uma lembraa para uma advertência permanente e solene, traduzida pela compreensão fraternal, que não procura sobrepor a importância de qualquer religião em particular, as demais profissões de fé.
Espiritualistas por princípio, sabem os maçons, na interpretação do Triangulo Fulgurante, que há um Deus que tudo vê e por esta razão entendem que uma oportunidade de fazer o bem que deixam escapar , é uma eternidade que se lhes espera.



OBS
: Há muitos outros símbolos na Maçonaria. Apresentamos aqui somente os mais difundidos e conhecidos do povo em geral
 
 A Maçonaria e a História do Brasil      

"Há um capítulo em branco na História do Brasil, e esse capítulo é o que se refere à Maçonaria, presente em todos os momentos decisivos e importantes de nossa pátria. Em torno da excepcional contribuição da Maçonaria para a formação de nossa nacionalidade, é inadmissível qualquer dúvida. De nenhum importante acontecimento histórico do Brasil, os maçons estiveram ausentes. Da maioria deles, foram os elementos da Maçonaria os promotores. Não há como honestamente negar que o Fico, A Proclamação da Independência, a Libertação dos escravos, A Proclamação da República, os maiores eventos de nossa pátria foram fatos organizados dentro de suas lojas. Antes de tudo isso, já na Inconfidência Mineira, a Maçonaria empreendia luta renhida em favor da libertação de nossa pátria. Todos os conjurados, sem exceção, pertenciam à Maçonaria: Tiradentes, Thomas Antonio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto, e até mesmo o Judas, o traidor Joaquim Silvério dos Reis, infelizmente também pertencia à ordem.
Há que se ressaltar também a grande contribuição de um maçon ilustre Francisco Antonio Lisboa, o Aleijadinho. Este grande gênio da humanidade. Maçom do grau 18, Aleijadinho, autor de obras sacras, fez questão de secretamente homenagear a Maçonaria em suas esculturas. Ao bom observador e conhecedor da maçonaria, não passará despercebido, ao conhecer a obra do grande mestre, detalhes, pequenos que sejam que lembram a instituição maçônica. Os três anjinhos formando um triangulo, o triangulo maçônico, tornaram-se sua marca registrada.
A própria bandeira do estado de Minas Gerais foi inspirada na Maçonaria: o triangulo no centro da bandeira mineira é o mesmo do delta luminoso, o Olho da Sabedoria.
A independência do Brasil foi proclamada em 22 de agosto de 1822, no Grande Oriente do Brasil. O grito de independência foi mera confirmação. Ninguém ignora também que o Brasil já estava praticamente desligado de Portugal, desde 9 de janeiro de 1822, o dia do Fico. E o Fico foi um grande empreendimento Maçônico, dirigido por José Joaquim da Rocha, que com um grupo de maçons patriotas, fundou o Clube da Resistência, o verdadeiro organizador dos episódios de que resultou a ficada.
A libertação dos escravos no Brasil foi, não há como negar, uma iniciativa de maçons, um empreendimento da Maçonaria. A Maçonaria, cumprindo sua elevada missão de lutar pela reivindicação dos direitos do homem, de batalhar pela liberdade, apanágio sagrado do Homem, empenhou-se sem desfalecimento, sem temor, indefessamente pela emancipação dos escravos.
Para confirmar estes fatos basta verificar a predominância extraordinária de maçons entre os líderes abolicionistas. Dentre muitos destacaram-se Visconde de Rio Branco, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Eusébio de Queiroz, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Cristiano Otoni, Castro Alves, e muitos outros.
A proclamação da República, não há dúvidas de que também foi um notável empreendimento maçônico. O primeiro Ministério da República, sem exceção de um só ministro, foi constituído de maçons. Mera casualidade? Não. Ele foi organizado por Quintino Bocaiúva, que havia sido grão-mestre.
Assim foi e tem sido a atuação da Maçonaria com relação ao Brasil, sempre apoiando e lutando para a concretização dos ideais mais nobres da pátria, comprometendo-se em favor da liberdade e condenando as injustiças.
 
A Maçonaria e a Pátria      

A Maçonaria prega e defende o patriotismo. Seus membros devem envidar esforços para o engrandecimento e dignidade da Pátria. Ao ingressar-se na Maçonaria o indivíduo se compromete a trabalhar pelo crescimento do Brasil, dignificando-o, e respeitando suas leis. Nas sessões magnas, é entoado o Hino Nacional. A Bandeira Nacional tem posição de destaque nas lojas maçônicas. Sua entrada em loja é feita com grande pompa e reverência, e seu hino é também entoado.
A seguir, transcrevemos o texto Saudação ao Pavilhão Nacional, que muito bem retrata o patriotismo difundido na Maçonaria. Esta saudação é feita nas lojas do Grande Oriente de Minas Gerais, sempre que se finda uma sessão. É sem dúvida um dos mais belos textos da literatura Maçônica, dotado de grande inspiração poética.



SAUDAÇÃO AO PAVILHÃO NACIONAL
"Bandeira do Brasil! Auriflama de um País, Grande pelo trabalho e pelo amor se seus filhos; Admirável pelas maravilhas de sua natureza; Opulento pela exuberância de sua flora e riqueza do seu solo; Hospitaleiro pela simplicidade e bondade do seu povo. Promissor pelo brilhante futuro que assegura a todos os que produzem.
És emblema de uma Nação, mas também maçônico poderias ser, pois tens a forma retangular do avental que usamos como símbolo do trabalho, porque seu losango amarelo lembra o olho da sabedoria dominando o poder do ouro; a tua esfera central indica-nos a universalidade da Caridade Maçônica; o teu Cruzeiro representa a doutrina rosacruciana do bem-fazer. Estas estrelas em campo azul rememoram a grandeza do Grande Arquiteto do Universo.
Bandeira do Brasil, que acabastes de assistir aos nossos augustos trabalhos, como prova de respeito à tradicional regra que nos impõe o dever de amar e defender o teu solo, inspira-nos com tua divisa de Ordem e Progresso a disciplina que assegura a Fraternidade e a Evolução, como lei básica da perfectibilidade; lábaro deste Brasil fecundo e prodigioso; símbolo deste Brasil que sentimos como parte de nosso ser e de nossa vida. Auriverde Pendão desta grande Pátria - nós de saudamos, nós de veneramos e nós te defenderemos!
A ordem maçônica te glorifica! Os maçons do Grande Oriente de Minas Gerais te saúdam."


Por seus Frutos      



É comum no meio maçônico dizer que determinada pessoa sempre fora Maçom, mesmo antes de ter-se iniciado. Isto porque tal indivíduo é detentor de qualidades e virtudes características de um verdadeiro maçom. Mas quais são essas marcas que levam alguém a ser considerado um maçom nato? Como se pode afirmar tal coisa sem risco de se enganar?

O livro sagrado nos dá o caminho. Nele está escrito: "conhece-se a árvore pelos frutos que produz. É impossível que uma boa árvore produza maus frutos, assim como é impossível á árvore ruim produzir bons frutos". Assim é o homem: se dele advém boas coisas, atitudes corretas, gestos edificantes, ele é como uma boa árvore que produz bons frutos. Se for o contrário, se seu caráter for falho, por mais que tente mascarar sua personalidade, não conseguirá: é uma árvore ruim, que produz frutos ruins. O poeta e filósofo Emerson disse: "o que a pessoa é na realidade paira sobre sua cabeça, e brada tão alto que é impossível ouvir sua voz dizendo o contrário numa vã tentativa de ludibriar os outros".

Quando o neófito encontra-se à porta do templo e é anunciado , como um candidato a conhecer os Augustos Mistérios Maçônicos, é perguntado como pode ele conceber tal propósito. A resposta dada constitui-se na primeira característica necessária a um Maçom nato: "Porque ele é livre e de bons costumes".

O homem livre é aquele capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos, atitudes e ações, por não estar submetido a poderes externos que o forcem e o constranjam a sentir, a fazer e a querer o que quer que seja. A liberdade não é tanto o poder para escolher entre várias possibilidades, mas o poder para auto determinar-se, dando a sí mesmo regras de condutas. Portanto, somente é de fato livre, aquele que é senhor de sí mesmo. O verdadeiro maçom, sabe respeitar a liberdade alheia , conhece os limites entre o certo e o errado e não se rende às paixões ignóbeis. Ele tem consciência de que, como afirmou o filósofo Nietszche: "A ação mais alta da vida livre, é nosso poder para avaliar os valores".

Ser de bons costumes equivale a dizer que ele um homem íntegro, que tem sua conduta pautada em sólidos princípios éticos e morais, que é um cidadão exemplar, cumpridor de seus deveres, reto em seus compromissos, honesto em seus negócios, um bom pai de família, respeitador e correto em todos os sentidos.

Na continuidade do processo de iniciação é perguntado se o neófito encontra-se preparado para ingressar na Sublime Ordem. Eis a resposta: "Sim, pois seu coração é sensível ao bem". Temos aí a segunda marca de um legítimo Obreiro da Humanidade: possuir um coração sensível ao bem.

O coração de um maçom não aceita as injustiças e não compactua com o erro e a maldade. E mais do que isso, ele se inquieta, se revolta e luta contra todo tipo de injustiça e opressão. Ao longo de toda história da humanidade a Maçonaria tem-se empenhado em duras batalhas contra a tirania o despotismo e o obscurantismo, sofrendo com isso conseqüências dolorosas, perseguições implacáveis que resultaram no flagelo e na morte de vários irmãos. Ela porém jamais se curvou, jamais abriu mão de seus nobres ideais, nunca se omitiu em sua missão altruística, em sua luta inglória em favor da Liberdade, da Igualdade, e da Fraternidade.

Igualmente hoje quando o futuro da raça humana aponta para rumos incertos, a influencia benéfica e restauradora da Maçonaria se faz necessária. Num momento em que nossa pátria no olho de uma crise mundial passa por momentos difíceis devido ao estado fragilizado de sua economia, o que leva a muitos passarem apertos financeiros, está em voga a prática do salve-se quem puder e do cada um por si. Muitos são os adeptos da famigerada Lei de Gerson, onde o importante é levar vantagem em tudo. Quando testemunhamos a importância e a natureza sagrada da família sendo relegada a segundo plano por motivos fúteis, quando vemos as drogas, a violência e todo tipo de criminalidade assolando a sociedade, nós, os pedreiros livres, não podemos nos omitir.
Batalhas, embora não sangrentas como as da Antigüidade, mas igualmente árduas, esperam por nossa ação. Não mais a espada, mas nossa determinação, nosso exemplo, nossos propósitos de aperfeiçoamento são nossas armas.

O juramento sagrado proferido pelo maçon com a mão direita sobre o Livro da Lei (Bíblia Sagrada), é um compromisso assumido com Deus , com os irmãos, mas sobretudo consigo mesmo, compromisso este de, através do auto aperfeiçoamento, contribuir significativamente para o aprimoramento de toda a humanidade.

Se ali se encontra um incauto, um dissimilado que equivocadamente foi levado ao processo de iniciação, lamentavelmente tal pessoa não passará de uma grande decepção. Com certeza, as exigências das práticas maçônicas, pesadas ao fraco de caráter, se encarregará com o tempo de excluí-lo da Maçonaria.

Mas se ao contrário, o homem postado diante do Altar dos Juramentos, for da estirpe dos grandes homens, se trouxer consigo as marcas indeléveis que caracterizam os verdadeiros maçons, estará o mundo ganhando um lutador valioso, um guerreiro do Bem e da Justiça.

Quisera todos os homens livres e de bons costumes do planeta tivessem a mesma oportunidade, para que no ambiente propício de uma oficina maçônica, recebendo a inspiração da Filosofia ali difundida, pudessem direcionar seus esforços de forma efetiva em prol da construção de um mundo melhor.

O verdadeiro maçom sabe que não há melhor argumento que sua própria vivência . Ele se impõe no seu ambiente influenciando-o positivamente, não de forma arrogante ou arbitrária, mas por sua conduta exemplar e inquestionável. Ele é enérgico porém bondoso. Firme, porém humilde. Sua bondade e humildade residem no fato de saber que, a despeito de num dado momento de sua vida maçônica ser simbolicamente denominado mestre, na prática será sempre aprendiz. Aprende-se a todo instante e de todas as formas. O Maçom é o pedreiro de sí mesmo, e por mais que a obra esteja adiantada, sempre faltará um retoque, pequeno que seja. E depois outro, outro, e mais outro, assim infinitamente. Por mais que se saiba, por mais evoluído que seja, sempre resta algo a aprender, novas lições a assimilar. Na escola da vida não há formandos, ou formados, apenas eternos alunos em busca do aperfeiçoamento.

Fixemo-nos pois, nas principais características que distinguem o verdadeiro Maçom e não nos desvirtuemos de nosso objetivo maior. Mantenhamo-nos livres e firmes na prática dos bons costumes, e que com o auxilio do "Grande Arquiteto do Universo" nossos corações sejam cada vez mais sensíveis ao bem.

E lembremo-nos sempre: " o que para o profano é um gesto meritório, para o Maçom é um dever sagrado."

 

A Maçonaria no Brasil

INTRODUÇÃO

Desde a crise do Antigo Sistema Colonial, a maçonaria está presente em nossa história, destacando-se inicialmente, entre alguns revolucionários da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana no final do século XVIII. Nesse peodo que antecede a Independência, a maçonaria assumiu uma posição avaada, representando um importante centro de atividade política, para difusão dos ideais do liberalismo anticolonialista.
Sua influência cresceu consideravelmente durante o processo de formação do Estado Brasileiro, onde apareceu como uma das mais importantes instituições de apoio à independência, permanecendo atuante ao longo de todo peodo monárquico no século XIX. Nesse processo, a história do Brasil Império é também a história da maçonaria, que vem atuando na política nacional desde os primeiros movimentos de independência, passando pelos irmãos Andradas no Primeiro Reinado, até as mais importantes lideraas do Segundo Império, no final do século XIX.


Monumento à Maçonaria na cidade de Sorocaba



O QUE É A MAÇONARIA ?

Trata-se de uma associação semi-secreta, difundida no mundo todo, que adota os princípios de fraternidade e da filantropia entre seus membros. A maçonaria discrimina as mulheres, sendo composta principalmente por profissionais liberais, que se iniciam através de rituais incluindo juramentos de fidelidade e uma série de simbolismos, onde a moral, a fraternidade e a retidão o representadas pelo livro sagrado, pelo compasso e pelo quadrado. No cotidiano os maçons se comunicam através de sinais secretos, senhas e cumprimentos especiais.
A maçonaria o é uma seita religiosa, embora o único obstáculo para aceitação de um novo membro seja o ateísmo, já que os maçons professam a crea em um ser supremo. Ela é supra-religiosa, pois são aceitos cristãos, judeus, muçulmanos, budistas e qualquer homem de fé.

HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS
Em meados do século XV na Inglaterra as lojas medievais de free masons ("pedreiros livres"), inicialmente reservadas somente a profissionais ligados a esse ofício (arquitetos e engenheiros), abriram-se para membros da nobreza, da burguesia e do clero. Durante os séculos XVI e XVII, crescia cada vez mais o número desses maçons aceitos que conservaram os ritos e os símbolos da maçonaria tradicional de pedreiros, arquitetos e engenheiros, apegando-se contudo às suas próprias interpretações no tocante a questões filosóficas, científicas e espirituais.
No início do século XVIII aparece a franco-maçonaria moderna, com orientação interna baseada no Livro das Constituições publicado em 1723 por James Anderson, que exerceu influência internacional no pensamento das sociedades modernas, difundindo-se principalmente, nos países anglo-saxônicos.
A hierarquia para iniciação maçônica possui três níveis (aprendiz, companheiro e mestre), que o desenvolvidos em lojas ou oficinas. Do quarto grau até o décimo quarto o maçom se desenvolve em lojas de perfeição, depois, do décimo quinto ao décimo oitavo, em capítulos, e do décimo nono ao trigésimo em areópagos. A partir do trigésimo grau até o trigésimo terceiro e último, a iniciação é realizada por conselhos que administram os quatro grupos precedentes.
A simbologia da maçonaria é composta por elementos de uma linguagem coerente e complexa. Apesar de o possuir definição político-partidária ou religiosa, a maçonaria sempre atuou no campo político-ideológico.
No Brasil, a maçonaria distanciou-se dos interesses populares, passando a representar a aristocracia rural, estendendo-se no máximo às classes médias emergentes.

A MAÇONARIA NO BRASIL

Apesar da maçonaria estar presente no Brasil desde a Inconfidência Mineira no final do século XVIII, a primeira loja maçônica brasileira surgiu filiada ao Grande Oriente da Fraa, sendo instalada em 1801 no contexto da Conjuração Baiana. A partir de 1809 foram fundadas várias lojas no Rio de Janeiro e Pernambuco e em 1813 foi criado o primeiro Grande Oriente Brasileiro sob a direção de Antonio Carlos Ribeiro de Andrada e Silva.
A lusofobia o presente nos movimentos de emancipação, também caracterizava a maçonaria brasileira, que desde seus primórdios não aceitava se submeter ao Grande Oriente de Lisboa.
Como em toda América Latina, no Brasil a maçonaria também se constituiu num importante veículo de divulgação dos ideais de independência, sendo que em maio de 1822 se instalou no Rio de Janeiro o Grande Oriente Brasiliano ou Grande Oriente do Brasil, que nomeou José Bonifácio de Andrada e Silva o primeiro grão-mestre da maçonaria do país.
Com D. Pedro I no poder, o Grande Oriente do Brasil foi fechado, ressurgindo apenas com a abdicação do imperador em 1831, tendo novamente José Bonifácio como grão-mestre. Nesse mesmo ano ocorre a primeira cisão na maçonaria brasileira, quando o senador Vergueiro funda o Grande Oriente Brasileiro do Passeio, nome referente à rua do Passeio, no Rio de Janeiro.
A divisão enfraqueceu a maçonaria, que começou a perder influência no quadro político do Império brasileiro. Essa situação agravou-se em 1864, quando o papa Pio XI, através da bula Syllabus, proibiu qualquer ligação da Igreja com essa sociedade.
No contexto de crise do Império brasileiro, esse quadro tornou-se mais crítico em 1872, quando durante uma festa em comemoração à lei do Ventre-Livre, o padre Almeida Martins negou-se a abandonar a maçonaria, sendo suspenso de sua atividade religiosa pelo bispo do Rio de Janeiro. Essa punição tinha sido antecedida por um discurso feito pelo padre Almeida Martins na loja maçônica Grande Oriente, no qual o religioso exaltou a figura do visconde do Rio Branco, que, além de primeiro-ministro, era grão-mestre da maçonaria.
Neste processo, o bispo de Olinda, D. Vital e o de Belém, D. Macedo determinam o fechamento de todas irmandades que o quiseram excluir seus associados maçons. A reação do governo foi rápida e enérgica, quando em 1874, o primeiro-ministro, visconde do Rio Branco, determinou a prisão dos bispos seguida de condenação a quatro anos de reclusão com trabalhos foados. Apesar da anistia concedida no ano seguinte pelo novo primeiro-ministro duque de Caxias, a ferida o foi cicatrizada e o Império decadente junto com a maçonaria que o sustentava, perdiam o apoio do clero e da população, constituindo-se num importante fator para queda do obsoleto regime monárquico e para separação do mesmo com a Igreja.



No peodo republicano a maçonaria conseguiu crescer e diversificar suas atividades pelo país, apesar de ter perdido o poder de influência no Estado brasileiro. Nesse final de século, a maçonaria permanece como uma associação, que apesar de defender os princípios de fraternidade e filantropia, exclui, mesmo que de forma o assumida, a participação das camadas sociais menos abastadas entre seus membros. 
Fonte: HistoriaNet
 
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário