domingo, 17 de julho de 2011

17/07/2011
Vamos tentar entender um pouco o que a ser a Ordem RosaCruz.

ROSACRUZ
A Rosacruz é uma Fraternidade que foi publicamente conhecida no século XVII através de três manifestos e insere-se na tradição esotérica ocidental. Esta Fraternidade hermética é vista por muitos Rosacrucianistas antigos e modernos como um "Colégio de Invisíveis" nos mundos internos, formado por grandes Adeptos, com o intuito de prestar auxílio à evolução espiritual da humanidade.
Por um lado, alguns metafísicos consideram que a Fraternidade Rosacruz pode ser compreendida, de um ponto de vista mais amplo, como parte, ou inclusive a fonte, da corrente de pensamento hermético-cristã patente no período dos tratados ocidentais de alquimia que se segue à publicação de A Divina Comédia de Dante (1308-1321).
Por outro lado, alguns historiadores sugerem a sua origem num grupo de protestantes alemães, entre os anos de 1607 e 1616, quando três textos anónimos foram elaborados e lançados na Europa: Fama Fraternitatis R.C., Confessio Fraternitatis Rosae Crucis e Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz Ano 1459. A influência desses textos foi tão grande que a historiadora Frances Yates denominou este período do século XVII como o período do Iluminismo Rosacruz.

Lenda e história

Segundo a lenda, exposta no documento "Fama Fraternitatis" (1614), essa fraternidade teria suas origens em Christian Rosenkreuz (de início apenas designado por "Irmão C.R.C."), nascido em 1378 na Alemanha, junto ao rio Reno. Os seus pais teriam sido pessoas ilustres, mas sem grandes posses materiais. Sua educação começou aos quatro anos numa abadia onde aprendeu grego, latim, hebraico e magia. Em 1393, acompanhado de um monge, visitou Damasco, Egito e Marrocos, onde estudou com mestres das artes ocultas, depois do falecimento de seu mestre, em Chipre. Após seu retorno a Alemanha, em 1407, teria fundado a "Fraternidade da Rosa Cruz", de acordo com os ensinamentos obtidos pelos seus mestres árabes, que o teriam curado de uma doença e iniciado no conhecimento de práticas do ocultismo. Teria passado, ainda, cinco anos na Espanha onde três discípulos redigiram os textos que teriam sido os iniciadores da sociedade. Depois, teriam formado a "Casa Sancti Spiritus" (a Casa do Espírito Santo) onde, através da cura de doenças e do amparo daqueles que necessitavam de ajuda, foram desenvolvendo os trabalhos da fraternidade, que pretendia, no futuro, guiar os monarcas na boa condução dos destinos da humanidade. Segundo o texto "Fama Fraternitatis", C.R.C. morreu em 1484, e a localização da sua tumba permaneceu desconhecida durante 120 anos até 1604, quando teria sido, secretamente, redescoberta.
Segundo a lenda constante nos referidos manifestos, a Ordem teria sido fundada por Christian Rosenkreuz, peregrino do século XV; no entanto, a assunção desta datação é discutível devido ao simbolismo e hermetismo do conteúdo dos manifestos, principalmente nos aspectos numéricos e nas concepções geométricas apresentadas.
Porém, Christian Rosenkreuz é apenas um nome simbólico, que guarda alguns segredos, mistérios em sua etimologia. Seu nome tem paralelo com Cristo ou Christos ou Khrestos, Rosen ou Rosa, e Kreuz, ou Cruz. De fato, em textos de outras grandes religiões, seu nome é um enigma, um mistério, um segredo que apenas "quem tem olhos para ver e ouvidos para entender" é capaz de captar.
Uma outra lenda menos conhecida, veiculada na literatura maçónica — e originada por uma sociedade secreta e altamente hierarquizada do século dezoito na europa central e de leste, ao contrário dos ideais da Fraternidade que se encontra exposta nos manifestos originais, denominada "Gold und Rosenkreuzer" (Rosacruz de Ouro), que tentou realizar, sem sucesso, a submissão da Maçonaria ao seu poder — dispõe que a Ordem Rosa-cruz teria sido criada no ano 46, quando um sábio gnóstico de Alexandria, de nome Ormus e seis discípulos seus foram convertidos por Marcos, o evangelista. A Ordem teria nascido, portanto, da fusão do cristianismo primitivo com os mistérios da mitologia egípcia. Rosenkreuz teria sido, segundo esta ordem de ideias, apenas um Iniciado e, depois, Grande Mestre - não o fundador.
De acordo com Maurice Magre (1877–1941) no seu livro Magicians, Seers, and Mystics Rosenkreutz terá sido o último descendente da família Germelschausen, uma família alemã do século XIII. O seu castelo encontrava-se na Floresta Turíngia na fronteira de Hesse, e eles abraçavam as doutrinas Albigenses. Toda a família teria sido condenada à morte pelo Landgrave Conrad de Turingia, excepto o filho mais novo, com cinco anos de idade. Ele teria sido levado secretamente por um monge, um adepto Albigense de Languedoc e colocado num mosteiro sob influência dos Albigences, onde teria sido educado e onde viria a conhecer os quatro Irmãos que mais tarde estariam a ele associados na fundação da Irmandade Rosacruz. A história de Magre deriva supostamente da tradição oral local.
A existência real de Christian Rosenkreuz divide certos grupos de Rosacrucianos, alguns dos que se intitulam de Rosacruzes. Alguns a aceitam, outros o vêem como um pseudónimo usado por personagens realmente históricos (Francis Bacon, por exemplo).
A primeira informação conhecida publicamente, acerca desta Fraternidade, encontra-se nos três documentos denominados "Manifestos Rosacruz", o primeiro dos quais (Fama Fraternitatis R. C., ou "Chamado da Fraternidade da Rosacruz") foi publicado em Kassel (Alemanha) em 1614 -- ainda que cópias manuscritas do mesmo já circulassem desde 1611. Os outros dois documentos foram: Confessio Fraternitatis ("Confissões da Fraternidade Rosacruz") (1615), publicado também em Cassel, e Chymische Hockeit Christiani Rosenkreuz ("Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz") (1616), publicado na então cidade independente de Estrasburgo (posteriormente anexada por França, em 1681).
O Sermão da Montanha que contém os fundamentos do discipulado Cristão, também realçados no manifesto Rosacruz Confessio Fraternitatis: "… nós nos reconhecemos como professando verdadeira e sinceramente Cristo (…) viciamo-nos na verdadeira Filosofia, levamos uma vida Cristã".
Deve-se notar que no segundo manifesto, Confessio Fraternitatis em 1615, é feita a defesa da Fraternidade, exposta no primeiro manifesto em 1614, contra vozes que se levantavam da sociedade colocando em causa a autenticidade e os reais motivos da Ordem Rosacruz. Neste manifesto pode-se encontrar as seguintes passagens que demonstram a linha condutora do pensamento da Fraternidade: que o requisito fundamental para alcançar o conhecimento secreto, de que a Ordem se faz conhecer possuidora, é que "sejamos honestos para obter a compreensão e conhecimento da filosofia"; descrevendo-se simultaneamente como Cristãos, "Que pensam vocês, queridas pessoas, e como parecem afetados, vendo que agora compreendem e sabem, que nós nos reconhecemos como professando verdadeira e sinceramente Cristo", não de um modo exotérico, "condenamos o Papa", e sim no verdadero sentido esotérico do Cristianismo: "viciamo-nos na verdadeira Filosofia, levamos uma vida Cristã". O modo como são expostos os temas nos manifestos originais e a descrição dos mesmos aponta para grande similaridade com o que é conhecido atualmente acerca da filosofia Pitagórica, principalmente na transmissão de conhecimentos e idéias através de aspectos numéricos e concepções geométricas.
A publicação destes textos provocou imensa excitação por toda a Europa, provocando inúmeras reedições e a circulação de diversos panfletos relacionados com os textos, embora os divulgadores de tais panfletos pouco ou nada soubessem sobre as reais intenções do(s) autor(es) original(ais) dos textos, cuja identidade foi desconhecida durante muito tempo. Na sua biografia no final de sua vida, o teólogo Johannes Valentinus Andreae, ou Johann Valentin Andreae (1586-1654), insere o terceiro manifesto Rosacruz publicado anonimamente, "Núpcias Químicas", no rol de escritos de sua autoria. É convicção de alguns autores que Andreae o teria escrito como se fosse o contraponto da Companhia de Jesus. No entanto, esta teoria foi posteriormente contestada por historiadores, principalmente pelos Católicos, que consideravam os documentos como simples propaganda ocultista, de inspiração protestante, contra a influência do bispo de Roma.
Os textos mostravam a necessidade de reforma da sociedade humana, a nível religioso e sócio-cultural, e sobre a forma de atingir esse objetivo através de uma sociedade secreta que promoveria essa mudança no mundo. O texto "Núpcias Químicas de Christian Rosenkreutz", contudo, foi escrito em forma de um romance pleno de simbolismo, e descreve um episódio iniciático na vida de Christian Rosenkreuz, quando já tinha 81 anos.
Em Paris, em 1622 ou 1623, foram colocados posters misteriosos nas paredes, mas não se sabe ao certo quem foram os responsáveis por esse feito. Estes posters incluiam o texto: "Nós, os Deputados do Alto Colégio da Rosa-Cruz, fazemos a nossa estada, visível e invisível, nesta cidade (…)" e "Os pensamentos ligados ao desejo real daquele que busca irá guiar-nos a ele e ele a nós".
A sociedade européia da época, dilacerada por guerras, tantas vezes originadas por causa da religião, favoreceu a propagação destas idéias que chegaram, em pouco tempo, até a Inglaterra e a Itália

Tradições e influências

Os primeiros seguidores são, geralmente, identificados como médicos, alquimistas, naturalistas, boticários, adivinhos, filósofos e homens das artes acusados muitas vezes de charlatanice e heresia pelos seus opositores.
Aparentemente sem um corpo dirigente central, assumem-se como um grupo de "Irmãos" (Fraternidade).
Tradicionalmente, os Rosacruzes se dizem herdeiros de tradições antigas que remontam à alquimia medieval, ao gnosticismo, ao ocultismo, ao hermetismo no antigo Egito, à cabala e ao neoplatonismo.
'Poço da Iniciação' (9 estratos): arquitectura baseada em simbolismo Templário, Rosacruz e Maçónico na Quinta da Regaleira (1892-1910), Sintra, Portugal.
Em The Muses' Threnodies por H. Adamson (Perth, 1638) encontram-se as linhas "Pois o que pressagiamos são tumultos em grande, pois nós somos irmandade da Rosa Cruz; Nós temos a Palavra Maçónica e a segunda visão, Coisas por acontecer nós podemos prever acertadamente.". O texto se refere ao conhecimento esotérico que é tradicionalmente atribuído aos rosacruzes.
A Fraternidade Rosacruz pode ser compreendida, de um ponto de vista mais amplo, como parte da corrente de pensamento hermético-cristã. Nesse contexto, é clara a influência do Corpus Hermeticum que, após 1000 anos de esquecimento, foi traduzido por Marcílio Ficino, a figura central da Academia Platónica de Florença, em 1460, por encomenda de Cosimo de Médici. Nas Núpcias Químicas de Christian Rozenkreuz, é dito que "Hermes é a fonte primordial".
Verifica-se também a influência do pensamento de Paracelsus, citado na Fama Fraternitatis RC: "Teofrasto (Paracelso), por vocação, foi também um desses heróis. Apesar de não haver entrado em nossa Fraternidade, não obstante, ele leu diligentemente o Livro M."
A grande maioria dos personagens relacionados com o lançamento dos "Manifestos Rosacruzes" se originaram do meio luterano alemão. É de se notar que o próprio Lutero foi um dos primeiros a utilizar uma "rosa-cruz" (o "selo de Lutero", ou "rosa de Lutero") como símbolo de sua teologia. Abaixo de muitas rosas de Lutero está a frase: “O coração do cristão permanece em rosas, quando ele permanece sob a cruz.”
É amplamente discutível se os chamados "reformadores radicais" teriam exercido uma forte influência sobre os rosacruzes, ou, como algumas evidências parecem sugerir, se teriam sido os Rosacruzes a influenciar esses reformadores. Esses pensadores e teólogos luteranos acreditavam que a Reforma de Lutero deveria ser ampliada, que a doutrina ortodoxa não era suficiente e que o Cristão devia realizar a comunhão mística com Deus. Entre outros, é possível citar os nomes de Caspar Schwenckfeld, Sebastian Franck e Valentin Weigel. Johann Arndt, teólogo luterano alemão cujos escritos místicos circularam amplamente na Europa no século XVII, amigo e mentor espiritual de Johann Valentinus Andreae e amigo muito próximo de Christoph Besold, também é uma influência conhecida. Arndt foi muito influenciado pelas idéias de Valentin Weigel, e é considerado o “pai” do movimento pietista alemão.
Representação do terceiro olho e sua conexão com os "mundos superiores" pelo Alquimista rosacruciano Robert Fludd. (Rosacruzes .[século XVII]: "Nós temos a Palavra Maçónica e a segunda visão, Coisas por acontecer nós podemos prever acertadamente.")
O místico e teósofo luterano alemão Jacob Boehme e o educador Jan Amos Comenius foram contemporâneos do movimento rosacruz original do século XVII e também davam testemunho de uma mesma sabedoria. Comenius chegou a denominar a Unidade dos Irmãos da Boêmia-Morávia, da qual ele foi um dos líderes principais antes de seu desaparecimento, como "Fraternitas Rosae Crucis". Além disso, ele tinha em Johann Valentin Andreae sua primeira fonte de inspiração, considerando-o “um homem de espírito ígneo e de inteligência pura”, tendo-o contactado e recebido deste o archote para dar continuidade à tarefa iniciada. Muitos dos que responderam ao chamado dos manifestos rosacruzes, como Michael Meier e Robert Fludd, também se ligavam à mesma fonte de força espiritual.
O historiador francês Paul Arnold foi o primeiro a considerar os três manifestos como a obra comum do "Círculo de Tübingen", ou seja, o grupo que se reuniu ao redor do (futuro) teólogo Johann Valentinus Andreae e dos juristas Tobias Hess e Christoph Besold, na Universidade de Tübingen (Alemanha). Frances Yates, no entanto, relacionou o rosacrucianismo "clássico" do século XVII unicamente a Frederico do Palatinado e sua corte inglesa em Heidelberg.
Apesar do sucesso da tese de Yates, os historiadores Richard van Dülmen, Martin Brecht e Roland Edighoffer reconstituíam os fatos graças a uma pesquisa histórica aprofundada, que aconteceu a partir de 1977. Brecht e Edighoffer estudaram, ao mesmo tempo e independentemente um do outro, e finalmente provaram a autoria dos manifestos. Andreae se fez conhecer como o autor dos textos (sua “obra pessoal”) e Tobias Hess, defensor do milenarismo e partidário de Paracelso (que, como afirma o historiador Carlos Gilly, "Andreae honrou e defendeu após sua morte, como pai, irmão, mestre, amigo e companheiro"), teria sido o mestre e iniciador do grupo de onde saíram os manifestos da Rosa-Cruz.
Muitos procuraram responder ao "chamado" emitido pelos rosacruzes no século XVII, não apenas naquele séculos, mas também nos seguintes, quando várias organizações com o nome Rosacruz surgiram. Também no século XX surgiram muitas organizações com este nome, todas elas de certa forma co-herdeiras do tesouro espiritual da Rosacruz do século XVII.

Princípios e objetivos

De um modo geral os rosacrucianos defendem a fraternidade universal entre todos os homens. Para os rosacrucianos, os homens podem desenvolver suas potencialidades para tornarem-se melhores, mais sadios e felizes. O rosacrucianismo tem por objetivo primordial levar o homem ao autoconhecimento e à manifestação de sua real natureza espiritual, a fim de contribuir para a evolução de toda a humanidade.
Estes objetivos, segundo os rosacrucianos, podem ser atingidos por meio de uma mudança pessoal, de hábitos, pensamentos e sentimentos. Segundo eles, isto só é possível ao dissipar o véu de ignorância que cobre os olhos dos homens.
A recompensa daqueles que atingem este objetivo, que é de natureza espiritual, é uma paz profunda consigo próprio; estado este que se irradia do indivíduo e atinge todos em volta, produzindo em todos um reflexo positivo.
Um dos emblemas associados à Ordem Rosa-Cruz
O que os rosacruzes querem de fato é a libertação da humanidade do mundo onde hoje ela se encontra, onde pode ser de fato apontado o gnosticismo que significa a crença em outra natureza. O rosacruz tem a consciência de que o homem tem outra proveniência, por isso é necessário que tenhamos fraternidade como base, pois a humanidade faz parte da mesma coisa, no pensamento da rosa cruz.
O processo em si, creêm os rosacruzes, que passa pelas etapas internas às externas, se resume em uma mudança de hábitos e é regido pela trindade, sentir pensar e agir. O processo é considerado de faculdades internas pois começa, segundo os rosacruzes, no coração ao contrario de qualquer outro movimento.

Simbolismo

Jóia do 18° Grau "Cavaleiro da Rosa-Cruz" (REAA)
O Emblema Rosacruz, embora com variações, apresenta-se sempre como uma cruz envolvida por uma coroa de rosas, ou com uma rosa ao centro. A rosa representa a espiritualidade, enquanto a cruz representa a matéria.
Outra faceta da Rosa-cruz mais conhecida é o 18º Grau (representando simbolicamente a 9ª Iniciação Menor), o grau de "Cavaleiro Rosa-Cruz", do "Capítulo da Rosa-Cruz" do "Rito Escocês Antigo e Aceito" da Franco-Maçonaria, que tem como símbolos principais o Pelicano, a Rosa e a Cruz.
Diversos livres pensadores defendem que o Rosacrucianismo não é mais do que uma Ordem constituída mas, uma corrente de pensamento, cuja filiação ocorre pela adoção de certas posturas de vida.

Organizações modernas

A Fraternidade Rosacruz passou a ser conhecida pelo público no século XVII, mas no séculos passados surgiram organizações inspiradas na Tradição da Rosacruz. Existem atualmente diversas e distintas ramificações Rosacrucianas. Apresenta-se de seguida uma breve descrição acerca das mais divulgadas:
  • A Fraternidade Rosacruz, no Brasil e em Portugal (inglês, The Rosicrucian Fellowship), foi fundada por Max Heindel entre 1909 e 1911, nos Estados Unidos. Não reivindica o título de "Ordem Rosacruz", considerando-se apenas uma escola de exposição de suas doutrinas e de preparação para o indivíduo para ingresso em caminhos mais profundos na Ordem espiritual. Segundo eles, a verdadeira Ordem Rosacruz funciona apenas nos planos espirituais. Ao contrário da maioria das demais organizações rosacruzes, as escolas de Max Heindel se consideram indissociáveis do Cristianismo. Outras organizações rosacruzes também se consideram cristãs, mas não com esta ênfase.
  • Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (AMORC), com sede mundial em São José na Califórnia, EUA, diz ter sido fundada no Antigo Egito, e organizada pelo Faraó Amenhotep IV (também conhecido como Akhenaton), por volta de 1500 a.C.. O que se confirma historicamente é que a Ordem foi fundada em 1915 por Harvey Spencer Lewis, nos Estados Unidos. Tal como está expresso no site oficial da Ordem: "A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico, que tem por missão despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz.". A Antiga e Mística Ordem Rosacruz (sem hífen) é hoje a maior fraternidade rosacruz no mundo, abrangendo dezenas de países, em diversos idiomas, além de acolher a Tradicional Ordem Martinista (T.O.M.), uma ordem martinista fundada pelo renomado médico e ocultista francês Papus (Dr. Gerard Anaclet Vincent Encausse). A sede para os falantes da língua portuguesa localiza-se na na cidade de Curitiba.
  • Fraternitas Rosae Crucis (FRC), também com sede mundial nos EUA, que se reivindica a autêntica Ordem Rosa-Cruz fundada em 1614 na Alemanha, mas na verdade foi fundada por Reuben Swinburne Clymer por volta de 1920 e se diz representante de um movimento originalmente fundado por Pascal Beverly Randolph em 1856.
  • Fraternitas Rosicruciana Antiqua (FRA) foi fundada pelo esoterista alemão Arnold Krumm-Heller por volta de 1927, e tem sede no Rio de Janeiro (está presente também nos países de língua hispânica).
  • Lectorium Rosicrucianum (ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea) é uma organização rosacruz que começou a se estruturar em Haarlem, Holanda, em 1924, através do trabalho de J. van Rijckenborgh (pseudónimo de Jan Leene) e Z.W. Leene, quando esses dois irmãos entraram para a Sociedade Rosacruz (Het Rozekruisers Genootschap), divisão holandesa do grupo americano Rosicrucian Fellowship. Este grupo se tornaria independente da Rosicrucian Fellowship em 1935 e, com o final da guerra em 1945 (quando seu trabalho foi proibido pelas forças de ocupação nazista), o trabalho exterior foi retomado e passou a adotar o nome Lectorium Rosicrucianum, ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea, apresentando-se cada vez mais como uma escola gnóstica, "Gnosis" significando aqui o conhecimento direto de Deus, resultado de um caminho de desenvolvimento espiritual. Desde 1945, o grupo se expandiu por vários países da Europa, América, Oceania e África, além de publicar inúmeros livros, muitos dos quais com comentários sobre antigos textos da sabedoria universal, como os Manifestos Rosacruzes do Século XVII, o Corpus Hermeticum (textos atribuídos a Hermes Trismegistus), o Evangelho Gnóstico da Pistis Sophia, o Tao Te Ching, entre outros.
  • Confraternidade da Rosa+Cruz (CR+C) preserva e perpetua a Tradição Rosacruz sob a linhagem e autoridade espiritual do Imperator Gary L. Stewart, oferecendo os Ensinamentos Rosacruzes originais preparados nas décadas de 1920 e 1930 por Harvey Spencer Lewis. Preservando a Tradição conforme especificamente estabelecida no início do século XX e também conforme o Movimento Rosacruz em geral dos séculos passados. Para executar essa tarefa com êxito, há necessidade de se manter sempre o equilíbrio entre a Tradição e o Movimento com adesão estrita às leis que governam a sua operação e a sua existência. A manutenção desse equilíbrio é confiada a um Imperator do Movimento, que, sob muitos aspectos, serve como um guardião do mesmo.
  • OKRC (Ordem Kabbalística da Rosa-Cruz) - A OKRC foi fundada em 1888, pelo Marquês Stanislas de Guaita (seu primeiro Grão-Mestre). Ela agrega em si de uma forma equilibrada a herança do Martinismo da Rosa-Cruz, da Kabbala e do Hermetismo. Ela tem uma estrutura internacional mista. Longe de não ser apenas uma escola filosófica ou simbólica, ela tem por objetivo desde sua criação formar e iniciar os Seres de Desejo. Presente hoje como outrora, a sua herança conservou este vigor e esta riqueza, que sempre lhe permitiu adaptar-se à sua época, fazendo irradiar a chama da sua iniciação. Tendo ressurgido no século XIX, as correntes Rosa+Cruzes do Sudoeste da França permitiram o reencontro entre a tradição mística e simbólica alemã e suas correntes herméticas mediterrâneas. Por este intercâmbio, a Rosa+Cruz da qual falamos concentrou seus trabalhos sob o ritual, a alquimia, a astrologia e uma certa forma de teurgia.
Fonte: Wikipédia


A Ordem Rosacruz - AMORC


ORDEM ROSA CRUZ - AMORC

A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico, com sede mundial em São José na Califórnia, EUA, fundada em 1915 por Harvey Spencer Lewis. A AMORC tem por missão despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz. O nome AMORC, siginifica: Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz e foi adotado para diferenciá-la de outras ordens filosóficas com nomes semelhantes, mas diferentes em essência.

ORIGENS

Segundo seus adeptos, as origens da Ordem Rosacruz AMORC, remontam às antigas escolas egípcias de mistérios, há 3.360 anos. E o faraó Tutmés III, da XVIII dinastia, é tido como seu fundador por volta de 1350 a.C. Teria o faraó fundado uma fraternidade secreta, com o objetivo de estudar os mistérios da vida. A Fraternidade Rosacruz ainda não se auto denominava assim, sendo oficialmente estabelecida em El Amarna pelo faraó Amenófis IV, conhecido também como Akhenaton, porém essas informações não podem ser comprovadas históricamente. A primeira menção histórica da ordem data de 1614, quando surgiu o famoso documento intitulado "Fama Fraternitatis", onde são contadas as viagens de Christian Rosenkreuz pela Arábia, Egito e Marrocos, locais onde teria adquirido sua sabedoria secreta, que só seria revelada aos iniciados.

A LENDA DE CHRISTIAN ROSENKREUZ

Segundo a lenda, exposta no documento "Fama Fraternitatis" (1614), essa fraternidade teria suas origens em Christian Rosenkreuz (de início apenas designado por "Irmão C.R.C."), nascido em 1378 na Alemanha, junto ao rio Reno. Os seus pais teriam sido pessoas ilustres, mas sem grandes posses materiais. Sua educação começou aos quatro anos numa abadia onde aprendeu grego, latim, hebraico e magia. Em 1393, acompanhado de um monge, visitou Damasco, Egito e Marrocos, onde estudou com mestres das artes ocultas, depois do falecimento de seu mestre, em Chipre. Após seu retorno a Alemanha, em 1407, teria fundado a "Fraternidade da Rosa Cruz", de acordo com os ensinamentos obtidos pelos seus mestres árabes, que o teriam curado de uma doença e iniciado no conhecimento de práticas do ocultismo. Teria passado, ainda, cinco anos na Espanha onde três discípulos redigiram os textos que teriam sido os iniciadores da sociedade. Depois, teriam formado a "Casa Sancti Spiritus" (a Casa do Espírito Santo) onde, através da cura de doenças e do amparo daqueles que necessitavam de ajuda, foram desenvolvendo os trabalhos da fraternidade, que pretendia, no futuro, guiar os monarcas na boa condução dos destinos da humanidade. Segundo o texto "Fama Fraternitatis", C.R.C. morreu em 1484, e a localização da sua tumba permaneceu desconhecida durante 120 anos até 1604, quando teria sido, secretamente, redescoberta.

Uma outra lenda menos conhecida, veiculada na literatura maçônica, originada por uma sociedade secreta altamente hierarquizada do século dezoito na Europa central e do leste, ao contrário dos ideais da Fraternidade que se encontra exposta nos manifestos originais, denominada "Gold und Rosenkreuzer" (Rosacruz de Ouro), que tentou realizar, sem sucesso, a submissão da Maçonaria ao seu poder, dispõe que a Ordem Rosa-cruz teria sido criada no ano 46, quando um sábio gnóstico de Alexandria, de nome Ormus e seis discípulos seus foram convertidos por Marcos, o evangelista. A Ordem teria nascido, portanto, da fusão do cristianismo primitivo com os mistérios da mitologia egípcia. Segundo este relato, Rosenkreuz teria sido, apenas um Iniciado e, posteriormente Grão Mestre da Ordem e não seu fundador.

Assim como ocorre com o Mestre Hiram Abif da lenda maçônica, a existência real de Christian Rosenkreuz divide a opinião dos grupos que se intitulam Rosacruzes. Alguns a aceitam, outros o vêem apenas como um pseudônimo usado por personagens realmente históricos como, Francis Bacon, por exemplo.

A ORDEM ROSA CRUZ E A MAÇONARIA

O Rosacrucianismo, assim como a Maçonaria, é um sincretismo de diversas correntes filosóficas-religiosas: hermetismo egípcio, cabalismo judaico, gnosticismo cristão e alquimia. Existe ligação entre a Maçonaria e os rosacruzes e essa ligação começou já na Idade Média. No fim do período medieval e começo da Idade Moderna, com inicio da decadência das corporações operativas (englobadas sob rótulo de maçonaria de Ofício ou operativa), estas começaram, paulatinamente, a aceitar elementos estranhos à arte de construir, admitindo, inicialmente, filósofos, hermetistas e alquimistas, cuja linguagem simbólica assemelhava-se à dos francos-maçons.

Como a Ordem Rosa-cruz estava impregnada pelos alquimistas, deu-se a ligação do rosacrucianismo e da alquimia com a Maçonaria. Leve-se em consideração, também, que durante o governo de José II, imperador da Alemanha de 1765 a 1790, e co-regente dos domínios hereditários da Casa d'Áustria, houve um grande incremento da Ordem Rosa-cruz e sua comunidade, atingindo até a Corte e fazendo com que o imperador proibisse todas as sociedades secretas, abrindo exceção , apenas aos maçons, o que fez com que muitos rosacruzes procurassem as lojas maçônicas para alí poder continuar com os seus trabalhos.

Ambas as Ordens são medievais, se for considerado o maior incremento da Maçonaria de Ofício durante a Idade Média e o início de sua transformação em "Maçonaria dos Aceitos" (também chamada, indevidamente, de "Especulativa"). Se, todavia, considerarmos o início das corporações operativas, em Roma, no século VI antes de Cristo, históricamente a maçonaria é mais antiga. Isso, é claro, levando em consideração apenas, as evidências históricas autênticas e não as "lendas", que faz remontar a origem de ambas as instituições ao Antigo Egito.

A maçonaria é uma ordem totalmente templária, ou seja, os ensinamentos só ocorrem dentro das lojas. Seus graus vão do 1 ao 3 nas "Lojas Base" e do 4 ao 33 nas "Lojas de Graus Filosóficos". Já a Antiga e Mística Ordem Rosa-cruz dá ao estudante o livre arbítrio de estudar em casa ou em um templo Rosa-cruz. O estudo em casa é acompanhado à distância, e assim como na maçonaria, é composto de vários graus, que vão do neófito (iniciante) ao 12º grau, conhecido como grau do ARTESÃO.

O estudo no templo, mesmo não sendo obrigatório, proporciona ao estudante além do contato social como os demais integrantes, a possibilidade de participar de experimentos místicos em grupo, e poder discutir com os presentes os resultados, e por último, a reunião templária fortalece a egrégora da organização, o que também ocorre na maçonaria.

A maior evidência de uma ligação histórica entre a Ordem Rosa-Cruz e a Maçonaria é a existência do "Capítulo Rosa-Cruz" que é o 18º Grau do "Rito Escocês Antigo e Aceito" da Franco-Maçonaria, (representando simbolicamente a 9ª Iniciação Menor no grau de "Cavaleiro Rosa-Cruz"), que tem como símbolos principais o Pelicano, a Rosa e a Cruz.

AS INICIAÇÕES

Uma singularidade entre a AMORC e a Maçonaria, são as iniciações nos seus respectivos graus, sendo que para ambas, a primeira é a mais marcante. No caso da Maçonaria a iniciação é no grau de Aprendiz, na AMORC, a admissão se dá no Primeiro Grau de Templo. As iniciações têm o mesmo objetivo, impressionar o iniciante, levá-lo à reflexão, para que ele decida naquele momento se deve ou não seguir adiante, e se o fizer, assumir o compromisso de manter velado todos os símbolos, usos e costumes da instituição de que fará parte.

O SIMBOLISMO

Vários são os símbolos comuns às duas instituições, a começar pela disposição dos mestres com cargos, lembrando os pontos cardeais, e a passagem do Sol pela Terra, do Oriente ao Ocidente.

Cada ponto cardeal é ocupado por um membro. A figura do venerável mestre na maçonaria, ocupando sua posição no Oriente, encontra similar na Ordem Rosa-cruz, na figura de um mestre instalado, que ocupa seu lugar no leste. A linha imaginária que vai do altar dos juramentos ao Painel do Grau, e a caminhada somente no sentido horário, também é similar. Em ambos os casos o templo é pintado na cor azul celeste, e a entrada dos membros ocorre pelo Ocidente.

O altar dos juramentos encontra semelhança no Shekinah na ordem Rosa Cruz, sendo que neste último não se usa a bíblia ou outro livro, mas sim 3 velas dispostas de forma triangular, que são acesas no início do ritual e apagadas ao final deste, simbolizando a luz, a Vida e o Amor.

Outra semelhança é o uso de avental por todos os membros iniciados ao adentrarem o templo, enquanto que os oficiais, (equivalente aos mestres com cargo), usam paramentos especiais, cada qual simbolizando o cargo que ocupa no ritual.

O avental usado pelos membros não diferencia o grau de estudo.

Algumas das diferenças ficam por conta da condução do ritual, onde na rosa cruz tem caráter místico-filosófico.

Os iniciantes na Ordem Rosa Cruz recebem seus estudos em um templo separado, anexo ao templo principal, enquanto que os aprendizes maçons recebem suas instruções juntamente com os demais irmãos e, finalmente, o formato físico da loja maçônica lembra as construções greco-romanas, enquanto que a Ordem Rosa Cruz (AMORC) lembra as construções egípcias.

ROSACRUZES FAMOSOS

Ramon Llull, Dinis de Portugal (o Rei-Poeta), Rainha Santa Isabel (alquimia das Rosas), Leonardo da Vinci, Paracelso, Nostradamus, Michael Servetus, Luís Vaz de Camões, John Dee, Giordano Bruno, Heinrich Khunrath, Lutero, Caspar Schwenckfeld, Sebastian Franck, Valentin Weigel, Johann Arndt, Francis Bacon, William Shakespeare, Michael Maier, Robert Fludd, Coménio (Jan Amos Komenský), René Descartes, Elias Ashmole, Isaac Newton, Gottfried Wilhelm Leibniz, Alessandro Cagliostro, Johann Wolfgang von Goethe, Conde de St. Germain, Johann Sebastian Bach, Vitor Hugo, Paschal Beverly Randolph, Edward Bulwer-Lytton, Franz Hartmann, William Wynn Westcott, Samuel Liddell MacGregor Mathers, Richard Wagner, Rudolf Steiner, Max Heindel, Arnold Krumm-Heller, Reuben Swinburne Clymer, Harvey Spencer Lewis, George Alexander Sullivan, Hermann Hesse, J. van Rijckenborgh,Corinne Heline, Manly Palmer Hall, Elsa M. Glover

A ROSA CRUZ NA ATUALIDADE

Além da AMORC, existem atualmente diversas Organizações Rosacrucianas. Apresentamos à seguir uma breve descrição das mais conhecidas:

FRATERNIDADE ROSACRUZ
No Brasil e em Portugal (em inglês, The Rosicrucian Fellowship), foi fundada por Max Heindel entre 1909 e 1911, nos Estados Unidos, e não reivindica o título de "Ordem Rosacruz". Considera-se apenas uma uma escola de exposição de suas doutrinas e de preparação para o indivíduo para ingresso em caminhos mais profundos na Ordem espiritual, sendo que a verdadeira Ordem Rosacruz funciona apenas nos mundos espirituais. Ao contrário da maioria das demais organizações rosacruzes, as escolas de Max Heindel se consideram indissociáveis do Cristianismo considerando-o como a única verdadeira religião universal e Cristo como o único salvador, daí ser mais propriamente chamada de Cristianismo Rosacruz, ou, por vezes, Cristianismo Esotérico. Outras organizações rosacruzes também consideram-se cristãs, mas não com este ênfase.

FRATERNITAS ROSAE CRUCIS - FRC
Também com sede mundial nos EUA, que se reinvindica a autêntica Ordem Rosa-Cruz fundada em 1614 na Alemanha, mas na verdade foi fundada por Reuben Swinburne Clymer por volta de 1920 e se diz representante de um movimento originalmente fundado por Pascal Beverly Randolph em 1856.

FRATERNITAS ROSICRUCIANA ANTIQUA - FRA
Foi fundada pelo esoterista alemão Arnoldo Krumm-Heller por volta de 1927, e tem sede no Rio de Janeiro (está presente também nos países de língua hispânica).

LECTORIUM ROSICRUCIANUM
Ou "Escola Internacional da Rosacruz Áurea", é uma organização rosacruz que começou a se estruturar em Haarlem, Holanda, em 1924, através do trabalho de J. van Rijckenborgh (pseudônimo de Jan Leene) e Z.W. Leene, quando esses dois irmãos entraram para a Sociedade Rosacruz (Het Rozekruisers Genootschap), divisão holandesa do grupo americano Rosicrucian Fellowship. Este grupo se tornaria independente da Rosicrucian Fellowship em 1935 e, com o final da guerra em 1945 (quando seu trabalho foi proibido pelas forças de ocupação nazista), o trabalho exterior foi retomado e passou a adotar o nome Lectorium Rosicrucianum, ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea, apresentando-se cada vez mais como uma escola gnóstica, "Gnosis" significando aqui o conhecimento direto de Deus, resultado de um caminho de desenvolvimento espiritual. Desde 1945, o grupo se expandiu por vários países da Europa, América, Oceania e África, além de publicar inúmeros livros, muitos dos quais com comentários sobre antigos textos da sabedoria universal, como os Manifestos Rosacruzes do Século XVII, o Corpus Hermeticum (textos atribuídos a Hermes Trismegistus), o Evangelho Gnóstico da Pistis Sophia, o Tao Te Ching, entre outros.
Fonte: Realidade Beulta
 
A ORDEM ROSACRUZ
A nível dos mundos suprafísicos, existem sete Escolas de Mistérios Menores e cinco Escolas de Mistérios Maiores, agrupadas em torno do Libertador. Cada escola iniciática emite a sua própria nota-chave e quando o aspirante à vida superior encontra aquela com a qual está em uníssono, as suas portas abrirem-se, quaisquer que sejam as dificuldades e obstáculos que possam haver.
A Ordem Rosacruz é uma das escolas de Mistérios Menores, de índole ocidentalista, e é simbolicamente referida como sendo constituída por doze mais um Irmãos, todos eles detentores da mais elevada Iniciação. A sua missão é elevar espiritualmente o ser humano através do desenvolvimento harmonioso da via ocultista e da via mística, para o que exerce a sua acção quer nos planos espirituais, quer no físico.
Sete Irmãos vêm ao mundo material sempre que as circunstâncias o requeiram, aparecendo como pessoas vulgares, exercendo profissões ou actividades vulgares, nada havendo que os distinga dos outros homens a não ser um comportamento exemplar e uma inteligência e cultura acima do normal. Actuam nos seus corpos visíveis e invisíveis, mas nunca influenciam quem quer que seja contra a sua vontade ou os seus desejos; limitam-se a fortalecer o Bem onde o encontram.
Cinco Irmãos nunca abandonam o Templo da Rosa Cruz, uma construção etérica, invisível, portanto, e que envolve uma casa física, tipo senhorial, situada numa região da Boémia. Estes Irmãos, embora possuam corpos físicos, executam o seu trabalho nos mundos espirituais.
O Décimo Terceiro está oculto do mundo externo pelos Doze Irmãos, tal como doze esferas são as necessárias para cobrir e ocultar uma décima terceira. É o Chefe da Ordem e adoptou o nome simbólico de Cristão Rosacruz, ou, como é mais vulgarmente citado, Christian Rosenkreuz. É o elo de ligação com o Conselho Superior Central, constituído pelos Hierofantes dos Mistérios Maiores.
Estão ligados à Ordem Rosacruz diversos homens e mulheres que levam uma vida normal mas que foram iniciados num grau mais ou menos elevado por um dos Irmãos, e que continuam a ser por ele instruídos; são os Irmãos Leigos, assim chamados para os distinguir dos outros que, por esta razão, se denominam  Irmãos Maiores.

Christian Rosenkreuz
Uma breve história
Representação alegórica do Pai C.R.C. por JAKnapp
 "Muitos esforços tem sido feitos para interpretar o simbolismo da alegorica história do Pai C.R.C. contada na segunda parte da Fama Fraternitatis. Seu caracter insofismavelmente mítico guarda os mais profundos mistérios dos Rosacruzes. O Pai C.R.C. não deve ser considerado apenas como uma personalidade, mas também como a personificação de um poder ou princípio da natureza. Tal prática de utilização de um indivíduo para personificar os trabalhos do poder divino era frequentemente utilizada pelos antigos. A lenda Maçonica de Hiram Abiff, o mito Caldaico de Ishtar, a alegoria Grega de Bacus, e a lenda Egípcia de Osiris são todos exemplos deste tipo de simbolismo. Todo o mistério do Rosacrucianismo pode ser esclarecido pela alegoria do Pai C.R.C. quando propriamente interpretado.Os Rosacruzes são uma organização de iniciados e adeptos, cujos membros - os antigos livros declaram - habitam os subúrbios do Céu."                                                                                                                                                 
- Manly P. Hall in The Secret Teachings of All Ages.
Christian Rosenkreuz, nome simbólico do fundador da Ordem Rosacruz, nasceu em 1378, na Turíngia, Alemanha, no seio da família aristocrata Von Roesgen Germelshausen.
A Europa conhecia, então, os horrores das perseguições religiosas que se seguiram à sangrenta cruzada contra os Albigenses. Em 1382, as tropas papais cercaram a residência senhorial dos Germelshausen, considerados hereges por se constar terem sido iniciados nos antigos mistérios germânicos. A resistência oferecida não foi suficiente para deter os sitiantes, que acabaram por conquistar o castelo, massacrar, com requintes de crueldade, todos os seus habitantes, mesmo os servos mais humildes, e destruir todas as construções, não deixando pedra sobre pedra.
Porém, o jovem Christian  conseguiu escapar, graças ao seu preceptor, um monge que pertencia a um mosteiro situado nas proximidades e onde havia alguns religiosos que, em segredo, seguiam os ideais cátaros; profundo conhecedor da região, o monge iludiu a vigilância dos sitiantes e pôde levar o seu pequeno pupilo para o mosteiro, onde ficou em seguraa.
Foi, pois, num ambiente monástico, austero e duro, que Christian foi criado e pôde desenvolver as suas extraordinárias faculdades, alcaando uma cultura brilhante em todos os domínios, nomeadamente no da filosofia, religião, línguas e literatura clássicas e ciências da natureza. À sua volta formou-se um pequeno grupo de quatro monges, incluindo o seu mestre, que prometeram fazer uma peregrinação ao Santo Sepulcro.
Assim, em 1393, Christian e os seus companheiros partiram para a Terra Santa, viajando separadamente para não despertar a curiosidade dos atentos e desconfiados agentes da poderosa Inquisição. Em Chipre, o companheiro de Christian faleceu e o jovem, apesar dos seus quinze anos, prosseguiu a viagem sozinho em direcção a Damasco, de onde tencionava partir para Jerusalém. O cansaço, porém, obrigou-o a prolongar a sua estadia nesta cidade, onde conquistou o favor dos turcos com os seus conhecimentos médicos. Tendo ouvido falar dos sábios de Damcar, optou por se dirigir a esta cidade, onde foi acolhido, não como um estrangeiro, mas como alguém há muito esperado e de quem se sabia o nome. Aqui, onde permaneceu de 1394 a 1397, Christian aperfeiçoou o seu conhecimento da língua árabe, tendo traduzido para latim o Livro M , e estudou física e matemática.
Atravessando o golfo Arábico, chegou ao Egipto e daqui prosseguiu para Fez, onde contactou os elementais, ou espíritos da natureza, que lhe confiaram muitos dos seus segredos. Dois anos depois partiu para Espanha, onde contactou os Alumbrados, ou Iluminados, os quais, embora perfilhassem a mesma ideologia dos primitivos cristãos, acharam os seus pontos de vista excessivamente avaados, pelo que se escusaram a prestar-lhe o apoio necessário ao cumprimento da sua missão.
Christian decidiu, então, regressar ao seu velho mosteiro da Turíngia, onde encontrou os outros três monges que tinham iniciado a peregrinação à Terra Santa, com os quais estabeleceu o primeiro núcleo da futura Ordem Rosacruz O trabalho, porém, era excessivo, nomeadamente o da cura de doentes, pelo que houve que escolher novos membros até serem 13, número  que jamais poderia ser ultrapassado. Entretanto, Christian e os seus companheiros erigiram o Templo do Espírito Santo, uma construção etérea, acessível, apenas, aos iniciados, situado não muito longe do velho castelo onde nascera.
Em 1459 Christian atingiu a cristificação, e em 1484 faleceu.
Abrindo o Túmulo de Christian Rosenkreutz, J. Augustus Knapp
                                                                
O seu túmulo, descoberto, apenas, em 1604, era uma estranha construção abobadada, com sete lados, cada um com oito pés de altura e sete de comprimento, iluminada por um sol feito segundo o verdadeiro astro. O acesso fazia-se por uma porta secreta, em cujo topo, curiosamente, se lia "Eu me abrirei dentro de 120 anos". No centro erguia-se um altar cilíndrico com um círculo a servir de bordadura.
O centro luminoso do teto era divido em triângulos, as paredes subdivididas em dez campos quadrangulares e o chão subdividido em triângulos. Cada parede ocultava uma porta que escondia um cofre onde se encontravam diversos objectos, nomeadamente os livros, espelhos de múltiplas propriedades, campainhas, lâmpadas acesas , etc.
O altar escondia uma espessa placa de cobre; ao ser levantada, revelou o corpo de Christian Rosenkreuz perfeitamente intacto e sem o menor vestígio de decomposição, repousando sobre um leito e segurando na mão um pequeno livro, em pergaminho e letras de ouro, o livro T, depois da Bíblia, o nosso tesouro mais precioso..
As suas encarnações
O Cavaleiro Polonês. ( Pintura de Reembrandt, 1655. Esse é o retrato do Grande Mestre Rosacruz, o Conde de St. German,
que segundo Max Heindel foi uma das últimas encarnações de Christian Rosenkreutz, fundador da Escola de Mistérios do Ocidente, A Verdadeira, Eterna e Invisível Ordem Rosacruz.


A primeira encarnação conhecida foi como Hiram Abiff, o célebre artífice do Templo de Salomão e que a lenda      maçónica diz      ter sido o seu verdadeiro construtor; a segunda  foi como Lázaro, o homem de Betânia que Cristo ressuscitou.
Tendo em vista a sua missão, esteve reencarnado no século XIII durante um curto espaço de tempo, a fim de ser     preparado      pelo Colégio dos Doze Sábios, um misterioso repositório de toda a sabedoria do passado e de toda a     ciência do seu tempo, a      que Goethe faz uma velada alusão em "Die Geheimnisse".
Depois da criação da Ordem Rosacruz, esteve encarnado algumas vezes, a última das quais nos meados do século     XIX,      princípios do XX, como um Rákóczy, da velha família aristocrata da Hungria.

Fonte: Centro Rosacruz Max Heindel, (Minde - Portugal )


CENTRO ROSACRUZ MAX HEINDEL
 Minde,  Portugal
Reconhecido por  The Rosicrucian Fellowship desde 1984



 CARTA DE PRINCÍPIOS / De serviços prestados   
1. QUEM SOMOS
            O Centro Rosacruz Max Heindel é uma associação filantrópica de homens e mulheres que se interessam pela Filosofia Rosacruz e procuram viver os seus ensinamentos.
            Por Filosofia Rosacruz entende-se a corrente de pensamento ocidentalista e cristão que visa a elevação espiritual do ser humano através do desenvolvimento harmonioso da via ocultista e da via mística
            Somos, em síntese, uma associação que se esforça por contribuir que o Cristianismo Esotérico seja um verdadeiro factor de evolução, fornecendo respostas satisfatórias do ponto de vista intelectual e místico às grandes interrogações acerca da origem e natureza do homem, do seu destino, do sentido e finalidade da vida, e dos factos que a condicionam.
2. OS NOSSOS PRINCÍPIOS
          Os princípios que nos inspiram são os que Max Heindel, fundador de The Rosicrucian Fellowship, definiu em consonância com as instruções recebidas dos Irmãos Maiores, e que, basicamente, se resumem em divulgar os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, e em auxiliar todos os que sofrem.
3. A NOSSA ACTIVIDADE
            A actividade do Centro Rosacruz Max Heindel pode-se subdividir em três categorias: devocional, didáctica e divulgadora.
Devocional
No primeiro Domingo de cada mês, às 14h :00, celebra-se o Serviço do Templo ou o Serviço de Cura. Uma vez por semana, quando a Lua entra em signo cardeal, o Centro encoraja os seus membros a praticarem, individual ou colectivamente, o Serviço de Cura.
Didáctica
·         Ministram-se cursos de Filosofia (Preliminar e Suplementar), Bíblia e Astrologia (Elementar, Superior e Suplementar) por correspondência postal ou e-mail.
·         Periodicamente efectuam-se Seminários, abertos a todos, para aprofundamento dos Ensinamentos Rosacrucistas.
·         Uma vez por ano realiza-se um Fim-de-Semana Rosacrucista, ao qual todos os amigos e estudantes são bem-vindos, a fim de aprofundar conhecimentos recíprocos, trocar ideias e experiências, etc.
Divulgadora
·         O Centro publica a revista Amizade Rosacruciano com o objectivo de consolidar os contactos e amizades pessoais, de anunciar as actividades e respectivas datas, e de abordar temas que permitam o confronto dos Ensinamentos com a realidade na qual estamos todos inseridos.
·         Publica, também, para os nossos membros e amigos, diversos textos de Max Heindel e de outros autores de índole rosacrucista, cristã, ou esotericista.
·         Mantém um site na Internet para complementar o material de divulgação de que dispõe, e uma mailing-list aberta a todos quantos desejarem trocar opiniões sobre a Filosofia Rosa-cruz e temas de misticismo e ocultismo cristão, dentro da Tradição Espiritual do Ocidente.
·         Participa nos Encontros Internacionais Rosacrucistas que se têm realizado desde 1997, tendo organizado o 5º que teve lugar em Fátima, em 2001.
4. CONDIÇÕES DE ACESSO
            Os conhecimentos e as faculdades espirituais apenas serão utilizados legitimamente quando postas ao serviço amoroso e desinteressado do próximo.
            Nestas condições, apenas podem ser admitidos a este Centro aqueles que não se dediquem, profissional ou remuneradamente, ao hipnotismo, às práticas mediúnicas, à vidência, à quiromancia ou à astrologia.
5. OS RECURSOS
           Por vontade do seu fundador, Max Heindel, toda a actividade de The Rosicrucian Fellowship e dos seus Centros espalhados pelo mundo, é totalmente gratuita, nunca se inviabilizando o estudo e o progresso de um estudante por carência de recursos económicos.
            Consequentemente, os únicos recursos do Centro Rosacruz Max Heindel restringem-se aos donativos voluntários e ao reembolso das despesas feitas com a produção do material de divulgação e envio, via postal, dos cursos por correspondência.







Origem remota, rituais ocultos, superdesenvolvimento mental - são alguns dos assuntos que fascinam os iniciados no rosacrucianismo. Dizem os rosa-cruzes que para entender seus ensinos é preciso recuar à época do Império Egípcio, e assim dão a sua origem ao tempo em que os egípcios ainda transmitiam suas idéias imprimindo sinais herméticos em tijolos de barro, tempo que antecede o uso do papiro como escrita. Afirmam ainda que a primeira Loja Branca teve início no reinado do Faraó Amenófis I. 
Christian Rosenkreuz é conhecido como o fundador do rosacrucianismo. Nascido em 1375, na fronteira da Alemanha com a Áustria, onde se educou e se desenvolveu, Rosenkreuz começou a viajar e após percorrer a Alemanha, Áustria e Itália, encaminhou-se para o Egito, onde foi bem acolhido pelos irmãos da Loja Egípcia. Ali, foi admitido em todos os graus dos mistérios egípcios e fundou a Ordem Rosa-Cruz.

Assim como a Maçonaria se intitula uma sociedade secreta, assim também são os rosa-cruzes. No século 18, deu-se o título de Rosa-Cruz a todas as entidades que afirmam ter relações secretas com o mundo invisível. Da mesma forma como a Maçonaria nega sua condição de entidade religiosa, assim o fazem os rosa-cruzes. Pode-se afirmar, entretanto, que o rosacrucianismo é um tipo de sociedade religiosa eclética ou sincrética, pois admite em seu quadro associativo pessoas de todas as religiões. Tem seu templo, a sua loja do lar. Tem seus sinais de reconhecimento, tem palavras de passe e apertos de mão, tem também diversos graus e há cerimônias especiais para a entrada nesses graus.

Religião ecumênica
Declarações sobre sua condição de seita religiosa são comprometedoras e contraditórias: Já disseram que o trabalho Rosa-Cruz se torna uma religião para alguns de seus membros. Isto é verdade desde que com isto não se queira dizer que a Ordem se transforme em igreja. Aos rosa-cruzes pede-se que freqüentem as suas respectivas igrejas, e que cooperem no bom trabalho que estão realizando; ao mesmo tempo, porém, os ensinamentos... podem se tornar a religião de uma pessoa, seja ela metodista, presbiteriana, protestante episcopal, católica romana ou de qualquer outra seita.

No verbete Religião afirmam que... O conhecimento de Deus e de suas manifestações suscita real devoção religiosa da parte dos rosa-cruzes, e o místico é sempre um sincero estudante de teologia básica. Todavia, além de associar-se a igrejas sectárias a fim de auxiliá-las na importante obra que estão realizando, o rosa-cruz é liberal, é tolerante em sua religião e vê Deus em tudo e em cada uma de suas criaturas. (O destaque é nosso).

Incentivando o estudo de suas monografias dizem mais: Se para o estudante, os ensinamentos rosa-cruzes tiverem se tornado sua religião, deixe que eles permaneçam assim, como coisa pessoal, apenas sua, e não permita que um gesto ou uma palavra de sua parte possa sugerir a alguém que prefere permanecer afastado das igrejas devido aos seus estudos rosa-cruzes. Poderá ser leal a ambos: auxiliar a ambos e, ao mesmo tempo, servir a Deus e prestar maior auxílio à humanidade através desses dois canais. (Monografia do Templo, 12º n.61, p. 4) (O destaque é nosso).

Ademais, os rosa-cruzes afirmam que não constituem uma sociedade religiosa cristã. Se a Ordem Rosa-Cruz fosse uma organização puramente cristã, isto significaria que em todas as terras onde outras religiões fossem aceitas, os rosa-cruzes teriam de ser cristãos. Esta não é a verdade. (Monografia do Templo, 12º n. 102, p. 2).

Como vemos, embora negando e depois afirmando, os rosa-cruzes confessam ser uma religião, mas destacam que não se trata de uma religião cristã. É uma religião eclética. A Bíblia ensina que não existe possibilidade de alguém servir a dois senhores em Mt 6.24 e que não devemos nos colocar debaixo de um jugo desigual com os infiéis, notoriamente uma sociedade ocultista (2 Co 6.14-17). Para muitas pessoas, qualquer tipo de culto é aceitável e não examinam as Escrituras para verificar como Deus vê essa situação de duplicidade religiosa. Nas Escrituras, vamos encontrar que Deus não aceita qualquer tipo de culto. Olhando em Gênesis 4.3-7 encontramos dois irmãos - Abel e Caim - oferecendo culto a Deus. O oferecimento de Caim foi rejeitado e o de Abel foi aceito. Na Bíblia encontramos Deus exigindo adoração exclusiva em Dt 6.5; Êx 20.5. Só existe um meio aceitável de adorar a Deus (Jo 4.23-24) e os demais são inconvenientes e impróprios (Mt 7.13-14).

A Rosa-Cruz se vangloria de ter em seu rol de membros pessoas consideradas ilustres na História, contudo o apóstolo Paulo era um doutor da lei e, quando no judaísmo, havia estudado aos pés do sábio Gamaliel. Agora que era cristão, não se envergonhava do Evangelho de Cristo, ao contrário, (Rm 1.16-17), admitindo até que não eram muitos os poderosos segundo a carne que haviam aceitado a fé cristã. Então, declara em 1 Co 1.18: Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está a escrita? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação (1 Co 1.18,21).

Como vimos, quão diferente é a linguagem de Paulo da empregada pelos rosa-cruzes! Fazem declarações bombásticas de pessoas ilustres para ressaltar o conhecimento secreto revelado a pessoas consideradas ilustres neste mundo por meio dos seus ensinos secretos, quando Cristo, o próprio Evangelho, veio e viveu entre os humildes e sua mensagem é aceita e compreendida por todos os homens sinceros de coração (Mt 11.25).

Símbolos e Misticismo

Utilizam-se de objetos em suas práticas ocultistas tais como: incenso, estátuas, toalhas, aventais, bandeiras, decalques, discos, fitas K-7; publicações como monografias, de vários graus, enviadas pelo Correio para os membros do Sanctum da Grande Loja.

Quando uma pessoa se converte, abandona as práticas ligadas ao ocultismo. Essas práticas são chamadas de artes mágicas e todos os objetos de livros ligados a essas artes devem ser abandonados e se possível até queimados. Esse era o modo como agiam os primitivos cristãos (At 19.18-19).

O símbolo da Ordem é uma cruz negra com uma rosa vermelha no centro. A Cruz representa o corpo humano, com os braços abertos voltados para a luz. No centro, no ponto em que o braço horizontal da cruz se une à madeira vertical, está sobreposta a rosa, representando a personalidade-alma. Essa rosa, parcialmente desabrochada, simboliza a consciência em evolução à medida que recebe a Luz Maior (Manual Rosa-Cruz, p. 235, 7ª edição, 198l).

A saudação rosa-cruz é feita com as seguintes palavras: Floresçam as Rosas na tua Cruz. A resposta à saudação é: E também a tua (O Caos das Seitas, p. 87).

Sendo uma entidade religiosa com práticas ocultistas, propaga curas por meio de poderes extra-sensoriais conhecidos pela sigla PES. Promete desenvolver o poder da vontade; manter a saúde; superar hábitos maus, atingir uma conscientização cósmica; mudar o ambiente; superar o complexo de inferioridade; decifrar antigos símbolos. Essa condição de práticas ocultistas não é negada pelos rosa-cruzes. Dizem que seu estudo é o mais completo, integral, minucioso e maravilhoso curso de alta instrução em metafísica, ocultismo, magia natural, psicologia e desenvolvimento mental, que o homem jamais teve.


Palavras mágicas

Afirmam os rosa-cruzes que existem certas palavras mágicas que, quando pronunciadas, trazem proteção contra circunstâncias adversas. Os membros dos graus inferiores quando se confrontaram com situações graves e ameaçadoras, ao repetir, imediata, silente ou suavemente a palavra Mathrem, ou a palavra Mathra, trouxe-lhes proteção imediata para o corpo e paz para a mente. Por exemplo, os membros que se confrontaram com colisões quase certas foram protegidos quando rápida e mentalmente repetiram a palavra Mathrem ou Mathra. (Monografia do Templo, 12º, número 206, p. 3). Outras palavras são... RA-MA. Pronunciar essa palavra sagrada e fazer com que ambas soem como o A. (Monografia do nono Grau, número sete, p. 4). A palavra RAMA deve ser pronunciada alongadamente da seguinte forma: RAAAAAAAAA-AAAA-MAAAAA-AAAAAAAA.

Um dos rituais mais praticados é assim descrito:

"PREPARAÇÃO"
"Selecione qualquer ocasião do dia ou da noite, e qualquer período da semana que seja mais conveniente para realizar este ritual. Requererá o isolamento de uma convocação de Sanctum."

Velas: Acenda duas velas (archote) no altar de seu Sanctum, colocando-as cerca de 20 cm de distância uma da outra, no mesmo plano. Se tiver a Cruz do Sanctum, coloque-a ligeiramente por trás das duas velas e no centro entre as mesmas.

Incenso: Na ocasião em que preparar as velas, acenda também o incenso no Incensório. O Incensório deve ser colocado cerca de 10 cm em frente à Cruz do Sanctum.

Avental: Se tiver o seu avental ritualístico, deverá usá-lo, atando-o da maneira usual.

Luzes: Todas as luzes devem ser apagadas, em seu Sanctum, com exceção das velas e a lâmpada próxima à cadeira em que estiver sentado, para a leitura. Evite, se possível, ter luzes brilhantes acesas no teto (Ádito número Um, p. 6).

Ensinos que entram em conflito com a Palavra de Deus - A divindade do homem.

Essa pretendida evolução do homem indicada pela rosa desabrochada é elevar o homem à divindade, como afirmam: O (uso do) símbolo da Rosa-Cruz, não como símbolo religioso, mas como símbolo divino, representa a verdadeira divindade do homem e de toda a natureza (Manual Rosa-Cruz, p. 89). Esse ensino panteísta (Tudo é Deus) é antibíblico. O homem foi criado por Deus (Gn 1.1), à sua imagem e semelhança. É criatura e não um deus (Gn 1.26-27). O homem é homem e Deus é Deus, não podem ser confundidos (Is 31.3; Ez 28.2,9).

Para criarem a consciência da sua divindade os rosa-cruzes são aconselhados a repetir continuamente as seguintes palavras: Eu sou puro! Eu sou puro! Eu sou puro! Minha pureza é a pureza da divindade do templo Sagrado (Cro-Maat! - Monografia Semanal, segundo Grau, número Um, p. 6). Deus é distinto da sua criação, embora não esteja distante dela. Entende-se com isso a transcendência e a imanência de Deus. A transcendência de Deus é a característica de Ele ser distinto da criação e a imanência de Deus indica que Ele não abandonou a criação como ensina o deísmo. Paulo abordando o assunto no seu discurso no areópago de Atenas disse: O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens, nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas. E de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação (At 17.24-26).

Reencarnação

A doutrina da reencarnação é uma das principais doutrinas dos rosa-cruzes e eles não fazem segredo disso. De acordo com a lei de encarnação, cada ser humano renasce no plano terreno a cada 144 anos, em média. Em outras palavras, se pudéssemos acompanhar as reencarnações de uma pessoa em um período de mil anos atrás, verificaríamos a ocorrência de um renascimento em um novo corpo a cada 144 anos, em média. Se uma pessoa vive somente 80 anos neste plano terrestre e, em seguida, eleva-se a uma vida mais alta pela transição, a alma e a personalidade da referida pessoa permanecem no plano cósmico psíquico cerca de 64 anos antes de se reencarnar, a fim de completar o ciclo de 144 anos... A criança que passa para o plano cósmico aos quatro anos de idade teria de permanecer no mesmo 140 anos aguardando a reencarnação. (Monografia de Neófito, segundo grau, número doze, pp. 4-6).

A Bíblia enfatiza que o homem só passa uma vez pela terra em Hebreus 9.27, "aos homens está ordenado morrerem uma só vez vindo depois disso o juízo". Se morrem uma só vez é porque só podem nascer uma só vez. Depois da morte... juízo e não retorno a este "plano terrestre".

O ensino de Jesus em Lc 16.22-26 mostra o seguinte: a) a unicidade da vida terrestre; b) a existência de um lugar de felicidade após a morte (2 Co 5.6-8; Fp 1.21-23); um estado consciente de tormento para os que o rejeitaram como Salvador e Senhor (Lc 16.22-24); c) a futura ressurreição do corpo: glorificado para os cristãos e de vergonha para os não-cristãos (Jo 5.28-29). Pela doutrina da reencarnação ninguém se salvaria, seria um vai e vem sem fim, pois quem viesse pagar uma dívida iria contrair outra para futuras reencarnações.

Deturpação da Bíblia

a) As últimas palavras proferidas pelo Mestre Jesus, na Cruz, foram RA-MA.
Se examinassem um pouco melhor a Bíblia encontrariam que as últimas palavras de Jesus na cruz foram Tudo está consumado (Jo 19.30).

b) Sobre o Jardim do Éden:

...no alvorecer da evolução do Homem, encontramos o homem e a mulher em lugar alegoricamente chamado Éden - o Jardim... Devemos, portanto, considerar o Jardim do Éden como uma condição e não um lugar... (Monografia do Templo, nono Grau, número Um, p. 4).
Consideramos o relato bíblico do Jardim do Éden realmente um lugar, uma realidade histórica, e não um relato alegórico. Jesus se reportou, em seus ensinos, sobre a criação de Adão e Eva como verdades históricas da criação do primeiro homem e da primeira mulher (Mt 19.4-6). O mesmo fez o apóstolo Paulo falando da queda dos nossos primeiros pais (Rm 5.12).

c) EU SOU O CAMINHO

E, naturalmente, temos esta outra maravilhosa e iluminadora declaração do Grande Mestre, falando desta vez como CRISTO RESSUSCITADO... Ele não pronunciou esta frase no sentido pessoal, e que Ele não estava falando como Jesus, o Homem, ou como um Líder Divino... Naqueles dias o CAMINHO era uma escola mística esotérica e secreta que aqueles que guiavam aos outros n'O CAMINHO eram perseguidos. (Monografia do Templo 9º, número 29, p. 3).
Ora, lendo Jo 14.6 e o contexto vemos que Tomé perguntou a Jesus sobre o caminho para a casa do Pai (Jo 14.2-3) e Jesus responde dizendo ser Ele o caminho, e a verdade e a vida. "Ninguém vem ao Pai, senão por mim." Jesus é esse caminho e não uma escola mística esotérica. É um ensino esdrúxulo (Hb 13.9).

Trindade

Falando sobre a Trindade, assim se manifestam os rosa-cruzes: Os místicos compreendiam muito bem o que Jesus quis dizer por Sagrada Trindade ou por 'Pai, Filho e Espírito Santo'. Eles conheciam a lei do triângulo e como a divindade pode ser representada pelo símbolo do triângulo ou pelos três. Eles não puderam compreender, contudo, outras características da religião cristã adicionadas a ela séculos depois. (Monografia do Templo, 12º, número 102, p. três).

A doutrina da Trindade é usualmente declarada nos seguintes termos: Na natureza do único e eterno Deus há três pessoas eternamente distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Todas as três pessoas são o mesmo Deus, embora o Pai não seja nem o Filho nem o Espírito; o Filho não seja nem o Pai nem o Espírito; e o Espírito não seja o Pai nem o Filho. Isto pode ser visto nas referências de Mt 3.16-17; Jo 14.16,26; 2 Co 13.13.

A identificação da ordem batismal de Jesus na fórmula trinitária de Mt 28.19, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo em nada se relaciona com essa lei do triângulo mencionada pelos rosa-cruzes.

O que pensam sobre Jesus

As opiniões dos rosa-cruzes sobre Jesus são estranhas e extravagantes. Os conceitos emitidos sobre Jesus são até blasfemos. Nós que podemos ver o futuro, compreendemos que o próximo grande salvador mundial, o próximo Cristo do homem, e o filho de Deus, nascerá livre de qualquer relação com qualquer organização, com qualquer seita ou religião, com qualquer movimento que seja limitado a certas pessoas ou crenças. (Monografia do Templo, 10º, número 30, p. 6).

Os rosa-cruzes falam de outro Cristo que ainda vai nascer para se tornar o salvador do mundo. Estão falando do anticristo (1 Jo 2.18). Seria Lord Maitreya da Nova Era? Jesus falou da vinda de falsos cristos e esse anunciado não deixa de ser um deles (Mt 24.5, 23-25).

SER EVOLUÍDO

Jesus foi, inquestionavelmente, a culminação da evolução de centenas dos grandes místicos e seres inspirados dos séculos anteriores. (Monografia do Templo, 11º, número 34, p. 4).

O Jesus bíblico é imutável. Duas declarações nesse sentido são encontradas em Jo 8.58 e Hb 13.8, contestando assim a declaração rosa-cruz de ser Jesus uma suposta evolução de centenas de grandes místicos.

NÃO MORREU NA CRUZ

Os antigos registros da Grande Fraternidade Branca e outros documentos que constam dos arquivos rosa-cruzes demonstram claramente que, depois que Jesus retirou-se para o mosteiro do Carmelo, viveu por muitos anos, realizando reuniões secretas com seus Apóstolos e devotando-se, pela meditação e pela prece, à formulação de doutrinas e ensinamentos para serem divulgados pelos apóstolos (A Vida Mística de Jesus, p. 266). Refutando as declarações rosa-cruzes afirmamos que Jesus não pode ser comparado a qualquer outro líder religioso. Ele fez declarações tão fantásticas que causaram protestos dos seus contemporâneos. Quando contestado nas suas reivindicações, comprovava sua autoridade realizando milagres. Quando curou o coxo que fora levado à sua presença por quatro amigos, declarou: Filho, perdoados estão os teus pecados. Contestado pelos presentes sobre sua autoridade para perdoar pecados, deu ordem ao paralítico que tomasse sua cama e se levantasse, o que foi feito de imediato. Sua autoridade fora comprovada (Mc 2.1-11).

O Evangelho pregado por Paulo, declarado por ele ser o poder de Deus, (Rm 1.16-17) trazia a seguinte mensagem: Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (1 Co 15.3-4). Negar a morte de Jesus implica negar sua ressurreição e negar sua ressurreição é estar sem esperança, destituído de salvação! (1 Co 15.14-17).

O rosacrucianismo não apenas nega a morte física de Jesus na cruz, como nega que essa morte tivesse efeito salvífico.

A doutrina da Expiação, ensinada pela Igreja, consiste em que o Cristo expiou todos os pecados da humanidade, morrendo na cruz... A doutrina da Expiação é misticamente verdadeira, mas somente no sentido de que o próprio homem, alcançando o estado de consciência cósmica, pode expiar seu estado pecaminoso (Discurso 24, série III, p. 4).

A morte de Jesus foi comprovada historicamente (Jo 19.30-42). Ora, considerando que o rosacrucianismo nega a morte de Cristo na cruz, afirmando que Ele sobreviveu à morte de cruz, e que viveu muitos anos como mestre no monte Carmelo, está transmitindo um ensino falso, fraudulento e apontado por Paulo em Gl 1.8 como devendo ser anatematizado. Pior ainda quando nega o significado de sua morte vicária, expiatória na cruz (1 Pe 2.24). Realmente, é outro evangelho que deve ser rejeitado. Um cristão orientado pela Bíblia jamais poderia tornar-se um rosa-cruz (Ap 18.4).

No Brasil existem várias organizações que seguem a ideologia ocultista:

Antiga Mística Ordem Rosa-Cruz (AMORC) - fundada em 1915 pelo ocultista H. Spencer Lewis, em Nova Iorque (EUA).

Fraternidade Rosa-Cruz - fundada por Max Heindel, em 1907, Oceanside, na Califórnia (EUA.).

Fraternitas Rosae Crucis - P. B. Randolph, em 1868, R. S. Clymer, Quakerstown, PA (EUA).

Lectorium Rosincrucianum/Áurea - fundada em 1971 por J. Van Rijckborgh, em Haarlem, na Holanda.

Igreja Expectante - fundada em 1919, por A. R. Costet de Mascheville, em Guarapari, no Estado do Espírito Santo.

Cerimônias e Práticas
São as seguintes as cerimônias e práticas celebradas regularmente que identificam os rosa-cruzes como uma seita religiosa:

Ritual de Aposição de Nome, que deve ser realizado até os 18 meses da data do nascimento, numa cerimônia parecida com o batismo de crianças praticadas em igrejas católicas. Ritual de Matrimônio, um tipo de cerimônia religiosa de casamento. Esta cerimônia pode realizar-se até após uma semana depois do casamento no civil. Ritual Fúnebre, cerimônia realizada só quando o morto tiver pertencido à Ordem. Ordem Juvenil dos Portadores do Archote, cerimônia realizada com crianças e adolescentes entre os 5 a 17 anos, com três classes por idades. Ritos anuais: festa sagrada do Ano Novo, com refeição simbólica (março) e a Festa da Pirâmide (setembro) em comemoração à construção da grande Pirâmide de Quéops. 
Fonte: Ministério  CACP
É possível detectar a presença da cruz, seja de forma religiosa, mística ou esotérica, na história de povos distintos (e distantes) como os egípcios, celtas, persas, romanos, fenícios e índios americanos.
Seu modelo básico traz sempre a intersecção de dois eixos opostos, um vertical e outro horizontal, que representam lados diferentes como o Sol e a Lua, o masculino e o feminino e a vida e a morte, por exemplo.
É a união dessas forças antagônicas que exprime um dos principais significado da cruz, que é o do choque de universos diferentes e seu crescimento a partir de então, traduzindo-a como um símbolo de expansão.
De acordo com o estudioso Juan Eduardo Cirlot, ao situar-se no centro místico do cosmos, a cruz assume o papel de ponte através da qual a alma pode chegar a Deus. Dessa maneira, ela liga o mundo celestial ao terreno através da experiência da crucificação, onde as vivencias opostas encontram um ponto de intersecção e atingem a iluminação.


Cruz simples: Em sua forma básica a cruz é o símbolo perfeito da união dos opostos, mantendo seus quatro "braços" com proporções iguais. Alguns estudiosos denominam esta como Cruz Grega.
Cruz de Santo André: Símbolo da humildade e do sofrimento, recebe esse nome por causa de Santo André, que implorou a seus algozes para não ser crucificado como seu Senhor por considerar-se indigno. Acredita-se que o santo foi martirizado em uma cruz com essa forma.
Cruz de Santo Antonio (Tau): Recebeu esse nome por reproduzir a letra grega Tau. É considerada por muitos, como a cruz da profecia e do Antigo Testamento. Dentre suas muitas representações estão o martelo de duas cabeças, como sinal daquele que faz cumprir a lei divina, encontrado na cultura egípcia, e a representação da haste utilizada por Moisés para levantar a serpente no deserto.
Cruz Cristã: Definitivamente o mais conhecido símbolo cristão, que também recebe o nome de Cruz Latina. Os romanos a utilizavam para executar criminosos. Por conta disso, ela nos remete ao sacrifício que Jesus Cristo ofereceu pelos pecados das pessoas. Além da crucificação, ela representa a ressurreição e a vida eterna.
Cruz de Anu: Utilizada tanto por assírios como caldeus para representar seu deus Anu, esse símbolo sugere a irradiação da divindade em todas as direções do espaço.
Cruz Ansata: Um dos mais importantes símbolos da cultura egípcia. A Cruz Ansata consistia em um hieróglifo representando a regeneração e a vida eterna. A idéia expressa em sua simbologia é a do círculo da vida sobre a superfície da matéria inerte. Existe também a interpretação que faz uma analogia de seu formato ao homem, onde o círculo representa sua cabeça, o eixo horizontal os braços e o vertical o resto do corpo.
Cruz Gamada (Suástica): A suástica representa a energia do cosmo em movimento, o que lhe confere dois sentidos distintos: o destrógiro, onde seus "braços" movem-se para a direita e representam o movimento evolutivo do universo, e o sinistrógiro, onde ao mover-se para a esquerda nos remete a uma dinâmica involutiva. No século passado, essa cruz adquiriu má reputação ao ser associada ao movimento político-ideológico do nazismo.
Cruz Patriarcal: Também conhecida como Cruz de Lorena e Cruz de Caravaca possui um "braço" menor que representa a inscrição colocada pelos romanos na cruz de Jesus. Foi muito utilizada por bispos e príncipes da igreja cristã antiga e por jesuítas nas missões no sul do Brasil.
Cruz de Jerusalém: Formada por um conjunto de cruzes, possui uma cruz principal ao centro, representando a lei do Antigo Testamento, e quatro menores dispostas em cantos distintos, representando o cumprimento desta lei no evangelho de Cristo. Tal cruz foi adotada pelos cruzados graças a Godofredo de Bulhão, primeiro rei cristão a pisar em Jerusalém, representando a expansão do evangelho pelos quatro cantos da terra.
Cruz da Páscoa: Chamada por alguns de Cruz Eslava, possui um "braço" superior representando a inscrição INRI, colocada durante a crucificação de Cristo, e outro inferior e inclinado, que traz um significado dúbio, dos quais se destaca a crença de que um terremoto ocorrido durante a crucificação causou sua inclinação.
Cruz do Calvário: Firmada sobre três degraus que representam a subida de Jesus ao calvário, essa cruz exalta a fé, a esperança e o amor em sua simbologia.
Cruz Rosa-Cruz: Os membros da Rosa Cruz costumam explicar seu significado interpretando-a como o corpo de um homem, que com os braços abertos saúda o Sol e com a rosa em seu peito permite que a luz ajude seu espírito a desenvolver-se e florescer. Quando colocada no centro da cruz a rosa representa um ponto de unidade.
Cruz de Malta: Emblema dos Cavaleiros de São João, que foram levados pelos turcos para a ilha de Malta. A força de seu significado vem de suas oito pontas, que expressam as forças centrípetas do espírito e a regeneração. Até hoje a Cruz de Malta é muito utilizada em condecorações militares.
 Fonte: Spectrum

 

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